Dark e porque somos todos um erro na Matrix



E Dark chega ao fim! 

Corações moídos de uma saudade que temporada extra nenhuma poderia dar, porque não foi só o fim de uma série, mas de mundos. 

Não há muito o que se possa falar de Dark sem acontecer de dar spoilers anteriores, ou acabar soltando algo dessa temporada em específico, então se você chegou aqui no escuro sobre a série, sugiro que vá assistir e depois venha conversar comigo. Acredite que ver Dark é uma experiência de vida, e ela vai modificar você. 

Lá na primeira temporada a gente começa vendo um homem se enforcando, e as consequências para a família dele meses depois desse suicídio. Anos depois. Décadas antes e depois. 

Logo em seguida somos apresentados ao que vão ser os núcleos principais da série. As famílias dessa cidade que estão tão enroladas umas nas outras, que talvez elas nem tenham noção disso. Kahnwald, Nielsen, Tiedmann e Doppler, e todos os agregados que se encorporam nessas quatro famílias. 

A primeira temporada tem o foco no desaparecimento de algumas crianças na cidade de Winden, no interior da Alemanha. E não é mistério para ninguém que ela trabalha com viagem no tempo. Então como vamos do desaparecimento dessa gurizada, para a viagem no tempo em si, é a mágica da atmosfera de Dark nesse começo. 

Devo salientar que essa não é uma simples história sobre viagem no tempo. É uma história sobre como a física trabalha ativamente em nossas vidas, e não estou falando apenas de um professor recitando fórmulas por anos na escola. Estamos falando de quem somos, de onde viemos e o que nossa matéria seria capaz (ou não) de fazer com conhecimentos extras. E, além disso, como a física e a filosofia são interligadas em um nó intricado e indissociável.



Pode não parecer que eu esteja falando sobre uma série que deveria distrair nossa cabeça. Acredite, Dark faz muitas coisas, mas a última delas é nos fazer relaxar. A ideia nunca foi essa. Com paradoxos em cima de paradoxos e coisas que nossa mente limitada é incapaz de entender, a série cria uma teia singular e estratégica de embaralhamento de ideias que mesmo que nossa mente não compreenda, elas existem. Não é porque deixamos de entender certas coisas, que elas são impossíveis. E isso é a máxima dessa preciosidade. Quer absorver? Então jamais de limite! Não há ponto final em se tratando do que somos incapazes de compreender. 

A segunda temporada vem como uma ponte para ligar o que conhecemos lá na primeira, os moradores de Winden absurdamente humanos com falhas horríveis, ao final, com as pessoas continuando a cometer as mesmas falhas e erros.

 Se uma coisa eu aprendi com Dark, foi que ainda que vivêssemos em um eterno looping de possibilidades, os erros iriam se reprisar porque somos os mesmos, e repetimos as mesma merdas consecutivamente, já que elas fazem parte de quem somos. 

Não recomendo que desperdice sua sabedoria saltando episódios, achando que eles são maçantes e cansativos. Já disse que a proposta de Dark não é te entreter, mas abrir sua mente e te ensinar a impossibilidade do impossível. Por isso tenha calma, veja com parcimônia e absorva. Pense e reflita sobre cada coisa que você vê aqui. Não é um quebra cabeça difícil, pelo contrário, mas é engraçado como as coisas mais claras, são as que temos tanta dificuldade de compreender. 


Um cenário escuro e depressivo. Um clima tenebroso. Cores sempre frias, tirando o amarelo saturado que acompanha a esperança existente no protagonista. Seja quando ele é Jonas e ainda achava que podia mudar as coisas, ou quando a cor da esperança passa para Martha, ela também achando que isso era capaz. Quando a cor some de ambos, é que eles entendem que não há muito o que se fazer além de seguir com a maré, e é quando a gente também entende que já era. A cor aparece no personagem mais improvável, um relojoeiro que no final das contas era a resposta de tudo o que havia de dark naqueles mundos. 

Devo salientar a primorosidade com que os atores interpretam seus papeis. Como eles tem facilidade de dizer em um olhar simples quando estão com raiva, tristes, felizes, amargurados. Como sentimentos bons são raros aqui e acompanham luzes amareladas, e como os ruins são persistentes e impossíveis de serem isolados. Nenhum psicólogo no mundo daria jeito nessas famílias! 

Não sei se os atores de fato eram bons demais, ou entenderam um roteiro que entregava nos gestos mais do que as palavras, mas eles souberam fazer a coisa funcionar em todos os núcleos, de todos os muitos tempos que eram apresentados, e em todos os mundos existentes. Ou seja, mesmo que a confusão se instale na cabeça quando a gente tenta entender quem é quem e quem fez o que, é indispensável que a gente enxergue que eles entregaram tudo o que podiam. Que os atores passaram a ser os Nielsen, Doppler, Tiedmann e Kahnwald. 




A série cansa. Cansa a cabeça para tentar compreender as tantas associações que o roteiro faz. Cansa porque somos muito limitados a entender conceitos que na maioria das vezes são de fatos só conceitos, e nem todo mundo está preparado para pensar sobre gatos de Schrödinger e como isso é tão filosófico ao mesmo tempo que é físico. Sobre como de "pode ser?" para "pode ser!" é só uma questão de pontuação e semântica. 

Tem uma frase muito conhecida de Hamlet que levo para a vida e replico aos meus filhos. "Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa vã filosofia". Acredito na realidade disso, acredito que tem coisas que sempre estarão no patamar da imaginação durante nossa geração. Mas também acredito que foi da imaginação de pessoas em gerações anteriores as nossas que vieram coisas como aviões e computadores. E que jamais devemos limitar e usar palavras como nunca e impossível


Deixo Dark com saudade, mas não com tristeza. A série fez o que muitas não tiveram coragem de fazer: finalizou em um único raciocínio sem encher linguiça para ganhar dinheiro e agradar os fãs. Ela tinha um propósito, ela cumpriu um propósito. E tudo o que ficou em aberto quando falamos de Dark, deixa de importar com a o ultimo plot que a história deu. Ela se resolveu. Finalizou com louvor e manteve a ideia da viagem no tempo sem quebras ou distúrbios no espectador. Ainda é confuso? Claro, caramba, estamos falando de viagem no tempo e efeitos borboleta e coisas do tipo. Mas ainda assim, ela abriu sua cabeça, e se ela conseguiu isso, dane-se todo o resto! 

O que seria da vida vivendo apenas sobre esteiras de tempo regrado e modo consistente? Temos que pular de pontes. Abrir portas. Conhecer mundos e pensar sempre no "e se..." 

Isso é Dark. E nós, somos todos um erro na Matrix. 

Quero esse livro para já!


Hello, people!

Sabe aquele leitor que olha para a estante e sente vergonha pela quantidade de livros que tem para ler? E sabe quando, mesmo assim, vê um lançamento e fica louco de vontade de comprar? Duas mãos levantadas para mim, e que atire a primeira pedra quem nunca.

Pensando nisso fiz uma listinha mostrando a vocês os lançamentos, ou pré-lançamento, que mais quero no momento. Tentei escolher apenas cinco, mas não consegui. Todos esses eu quero muito!

Vamos lá!


Sinopse: Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo.
Mas, em vez do tradicional "e viveram felizes para sempre", uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre.
Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz.
Pelo menos é o que parece ― até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama
Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.
Além de Taylor Reid ter se tornado uma rainha, nesse livro ela vem com uma premissa que por si só eu já adorei! Amo essa pegada de triângulos! E do jeito que ela é uma narradora tão incrível, acho que podemos esperar uma conclusão nada clichê por aqui. 






Sinopse: O Pânico começou como muitas coisas naquela cidadezinha claustrofóbica: era verão e não havia mais nada para fazer...Heather jamais pensou em competir no Pânico, um jogo perigoso disputado pelos formandos do ensino médio, em que as apostas são altas e a recompensa é ainda maior. Ela nunca se considerou destemida, o tipo de pessoa que lutaria para se destacar. Mas, quando encontra algo ― e alguém ― por que lutar, descobre que é mais corajosa do que imaginava.
Dodge nunca teve medo do Pânico. O segredo que ele guarda vai servir de estímulo e levá-lo até o fim do jogo, ele tem certeza disso. O que Dodge não sabe é que ele não é o único com um segredo. Todo mundo tem um motivo para jogar.
Para Heather e Dodge, o jogo trará novas alianças, revelações inesperadas e a possibilidade do primeiro amor ― e o conhecimento de que, às vezes, aquilo que tememos é o que mais precisamos.
Pânico captura tanto a energia bruta do medo quanto a necessidade dolorosa de encontrar um lugar para pertencer, em uma narrativa envolvente de amizade, coragem e esperança.
Pânico me lembrou muito o livro Nerve, e Deus sabe como sou frustrada com aquele livro! Como ele tinha elementos incríveis e foi muito mais fraco do que poderia. 
Não tenho uma experiência muito feliz com Lauren Oliver. Requien, o ultimo livro da série de Delírio, foi um dos piores que li na vida, mas tenho que admitir que a narrativa dela me chama. Então estou bem curiosa com Pânico. 






Sinopse: Sim, é verdade que Anna Trent é supervisora numa fábrica de chocolate. Mas isso não quer dizer que ela saiba fazer chocolate. Por isso, quando um acidente muda sua vida e Anna tem a chance de ir trabalhar numa tradicional loja em Paris, ela tem certeza de que vão descobrir que é uma fraude.Afinal, existe uma diferença muito grande entre o chocolate industrial da sua cidade natal, no norte da Inglaterra, e as criações feitas à mão, com ingredientes da melhor procedência, pelo grande chocolatier Thierry Girard.
Mas com um pouco de sorte, muita paciência e a ajuda dos novos amigos, o exuberante Sami e o galanteador Frédéric, Anna vai descobrir mais sobre o verdadeiro chocolate – e sobre si mesma – do que jamais sonhou.
Cheio de lições de esperança, engraçado e irresistivelmente viciante, A adorável loja de chocolates de Paris é um romance delicioso que nos lembra que sempre vale a pena lutar pelas coisas mais doces da vida.
Eu sou completamente apaixonada por essa série da Arqueiro dos Romances de hoje! Amo as capas, amo a proposta, amo as histórias! Então é lógico que quero essa lindeza para ontem! Aguardando ansiosamente por ele na minha estante ao lado dos outros. 





Sinopse: Os Renegados são um grupo de prodígios – humanos com habilidades extraordinárias – que emergiram das ruínas de uma sociedade em colapso. Foram eles que estabeleceram a paz onde, antes, o caos reinava. Desde então, os Renegados se tornaram um símbolo de esperança e coragem para todos... exceto para os Anarquistas, vilões que também têm superpoderes, mas foram derrotados.
Nova é uma Anarquista e tem um motivo para odiar os Renegados: ela está em uma missão em busca de vingança. Enquanto se aproxima de seu alvo, ela conhece Adrian, um garoto Renegado que acredita na justiça... e em Nova. Ela, no entanto, é leal a um vilão que tem o poder de acabar com eles dois.
Renegados é a nova história de Marissa Meyer, autora bestseller #1 do The New York Times da série Crônicas Lunares, que explora um mundo arriscado de aventura, paixão, periggos e traições.

Esse é um livro que me lembra outro. Nesse caso o Coração de Aço, do Brandon Sanderson. E foi um livro que entrou na minha lista dos desejados há muito! Ele é super bem falado lá fora e é de uma escritora que eu acho muito razoável no que escreve. Ela sempre consegue balancear a história para que fique profunda e divertida. 
Renegados é um livro que já comecei a ler em ebook, e por isso sei que quero ele na minha estante. 




Sinopse: Certas portas não devem ser abertas. E Coraline descobre isso pouco tempo depois de chegar com os pais à sua nova casa, um apartamento em um casarão antigo ocupado por vizinhos excêntricos e envolto por uma névoa insistente, um mundo de estranhezas e magia, o tipo de universo que apenas Neil Gaiman pode criar.Ao abrir uma porta misteriosa na sala de casa, a menina se depara com um lugar macabro e fascinante. Ali, naquele outro mundo, seus outros pais são criaturas muito pálidas, com botões negros no lugar dos olhos, sempre dispostos a lhe dar atenção, fazer suas comidas preferidas e mostrar os brinquedos mais divertidos. Coraline enfim se sente... em casa. Mas essa sensação logo desaparece, quando ela descobre que o lugar guarda mistérios e perigos, e a menina se dá conta de que voltar para sua verdadeira casa vai ser muito mais difícil ― e assustador ― do que imaginava.
Publicado pela primeira vez em 2002, Coraline foi o primeiro livro de Neil Gaiman para o público infantojuvenil e se tornou uma das obras mais emblemáticas do escritor. Repleta de elementos ao mesmo tempo sombrios e lúdicos, a história conquistou crianças e adultos em todo o mundo e, em 2009, ganhou as telas de cinema em uma animação dirigida por Henry Selick, de O estranho mundo de Jack. Nesta edição especial em capa dura, com introdução do autor e projeto gráfico exclusivo, coube ao renomado ilustrador Chris Riddell dar vida ao universo mágico e aterrorizante criado por Neil Gaiman.

Meus filhos, como criaturas bizarras que são, tem uma verdadeira adoração pela história de Coraline. Rafa diz que é a história infantil predileta dele, ainda que minha ideia de história infantil seja bem diferente. Ainda assim, estou super influenciada por eles a comprar essa lindeza que a Intrinseca lançou recentemente. O livro esta com um acabamento perfeito, e preciso concordar com meus filhotes de que é uma história intrigante. 




Sinopse: Contos Inacabados de Númenor e da Terra-média é uma coletânea de narrativas que vão desde os Dias Antigos da Terra-média até o final da Guerra do Anel. Dentre seus contos há um relato de Gandalf sobre como ele enviou os Anãos para Bolsão, uma descrição detalhada sobre a organização militar dos Cavaleiros de Rohan, além de um relato alternativo da lenda dos filhos de Húrin. A obra contém, ainda, a única história que restou sobre as longas eras de Númenor antes de sua queda, e tudo o que se conhece sobre temas como os Cinco Magos, as Palantíri ou a lenda de Amroth. Os contos foram reunidos e editados pelo filho e herdeiro literário do autor, Christopher Tolkien, que fornece um breve comentário sobre cada história, ajudando o leitor a preencher as lacunas e a colocar cada uma no contexto dos demais escritos de seu pai.



Esse aqui não há muito o que se explicar. É Tolkien, e de Tolkien eu compraria até as cuecas, se estivessem a venda. Além de que, olhe que espetáculo esta a ilustração dessa capa!!
Eu tenho uma edição antiga desse livro, mas a Harper esta relançando os livros dele e a editora tem um trabalho melhor de tradução das obras do autor. Então vamos de Contos Inacabados!

O que achei de "Fell the beat"


Hello, people! 

Tem tempo que não venho aqui indicar um filme, não é? Isso porque quase não tenho assistido coisas novas. Fico naquele marasmo de filmes antigos por falta de tempo de parar e me concentrar em algo que nunca vi. Mas esses dias vi a chamada de Feel the beat e achei que poderia ser algo divertido para passar o tempo. E foi. Bom, poderia ter sido mais, porém não fica no limbo dos filmes realmente ruins. 

Fell the beat é um dos mais novos filmes do Netflix e vai contar a história dessa bailarina determinada e meio arrogante que esta tentando um espaço na Broadway, mas que acaba fazendo uma merda e sendo prejudicada de maneira geral no meio. A única maneira dela voltar a cena é convencendo um diretor grandão de que ela é incrível, mas o cara não dá qualquer bola para ela. 

Despejada e falida, April acaba voltando para perto do pai, em Wisconsin. Um interior fofinho daqueles comuns de filme americano, mas que ela pessoalmente não gosta. É uma garota de cidade grande, de chutou a bunda do lugar onde nasceu quando foi embora dali. 

Quando chega ao lugar, onde todo mundo conhece todo mundo, ela é reconhecida pela ex professora de dança, que implora para April ajudá-la a colocar sua pequena turma de meninas em uma competição de dança famosa, o que April aceita não pela bondade de seu coração, mas porque só assim ela será vista por um dos jurados que é ninguém menos do que o grandão da Broadway a quem ela precisa se provar. 



Basicamente é disso que o filme fala. De uma garota que queria fugir da cidade pequena e acaba voltando para ela por falta de opção e vira professora de dança das crianças do lugar. 

Sabe aquele filme de Sessão da Tarde? Que a gente assiste de fato só para passar o tempo e que tem furos de roteiro que qualquer pessoa que entenda um pouco deles poderia ajeitar? Esse é Fell the Beat. Com potencial de ter sido algo incrível, lapidando algumas problemáticas desnecessárias, como a da menina que queria dançar e o faz escondido da mãe por ela não concordar com aquilo, ou da irmã do crush da protagonista que tem problemas do passado com ela, e um paquerinha a quem não consegue se chegar. 

Acredito que se esse filme tivesse sido uma série, essas problemáticas caberiam e seriam perfeitas com um desenvolvimento adequado. Mas quando o tempo de construção é pouco, sempre opte por tirar problemas e desenvolver bem as coisas que já tem. Sem a irmã do crush paquerando ou a outra guria preocupada com a mãe, sobraria espaço no roteiro para desenvolver melhor relacionamentos de April com as próprias garotas. 

Em Fell the Beat a gente tem essa garota arrogante que não quer depender emocionalmente de ninguém e que acaba mudando por essas crianças, mas a gente não vê onde essas meninas de fato começam a mudá-la. Não vê isso acontecer, entende? A gente percebe só depois que aconteceu, e isso é um baita furo que cenas pequenas poderiam ter resolvido. De interações entre essas pessoas fora do contexto da dança.

E como falar de dança em um filme de dança e não se empolgar? Caramba, tem episódios de "So you think you can dance" que são mais emocionantes do que as cenas de dança desse filme. Não digo a primeira, que é realmente para mostrar que as meninas não sabem dançar, mas as outras deveriam ter sido espetáculos, e sendo bem sincera nenhuma das apresentações me emocionou. Nem mesmo a que deveria ter emocionado por obrigação. 


E nem vou começar a falar do relacionamento mal explicado do retorno de April com o crush. Ele é lindo de morrer! Sério, o ator é um deleite aos olhos, mas fica meio que sambando no meio de tudo o que acontece ou que tenta acontecer. E quando eles se resolvem é um negócio tão rápido e sem graça que me fez revirar os olhos pelo menos cinco vezes. 

Talvez eu esteja sendo exigente demais com um filme despretensioso? Talvez, mas ainda assim acho que ele poderia ter entregue mais. Se metade das problemáticas tivessem sido retiradas, e melhorassem o desenvolvimento das que restaram, ainda seria um filme simples de Sessão da Tarde, mas teria sido um dos bons. A gente pode ser fenomenal na simplicidade, ok? 

Se tivesse que dar um motivo para ver esse filme, diria que são as garotas. Ou melhor, garotos, porque o pivetinho que entra em cena é uma lindeza! Dançando, então, é de fazer babar! 

Acho que a equipe escolheu uma garotada bem diversificada (talvez até forçado demais) e que segura as pontas dos papeis que tem. Poderiam ter um aproveitamento maior, porque realmente tem potencial, mas a gente entende que não dá para fazer tudo em um filme de menos de duas horas. Por isso digo que esse filme daria uma série maravilhosa. 

Enfim, isso foi o que achei de Feel the beat. Agora deixo para vocês decidirem se vale a pena assistir ou não. Confesso que não me arrependi do tempo que passei assistindo, e talvez tenha gostado tanto da ideia que acreditei mesmo que ela merecia algo mais. Bem mais. 

5 Motivos para ler "A Arte da Imperfeição"


Hello, people!!

Pois é, por que estou lendo livros de não ficção, se sempre abominei isso? Bem, eu sou uma pessoa que tenta ler um pouco de tudo (menos hot, não suporto!). Dessa vez estou tentando abrir mão da minha preferência pela fantasia e ficção científica para dar vez a conhecer coisas novas. E também teve um pouco de pesquisa. Ler esse tipo de livro acaba ajudando no nosso lado profissional e pessoal. 

Bom, vamos falar menos lorota e explicar mais? 

Segue abaixo os cinco minutos que eu descobri para ler não só um livro de auto ajuda, mas esse livro em específico: 



1 - Não é só uma coaching emocional

Ao contrário do que sempre penso quando pego um livro desses, a grande maioria deles não é apenas um diário do próprio autor ajudando os fragilizados a melhorar suas vidas baseados em experiências. São livros fundamentados em pesquisas concretas e recolhimento de relatos. O que a autora faz é unir as duas coisas, o que dá muita credibilidade ao trabalho dela. Acredite, a ciência social também pode ser baseada em pesquisas. 


2 - Ela não joga só as problemáticas!

Uma coisa que achei legal nesse livro, é que a autora não apenas coloca as problemáticas dos tipos de gente. Ela apresenta soluções para cada um deles. Se você é perfeccionista, ela mostra meios de continuar sendo sem que isso, de alguma forma, prejudique você. Acho isso importante porque colocar o dedo na cara do outro sempre é mais fácil do que apresentar meios de solucionar os problemas que ele tem. 


3 - Fácil de entender 

Diferente de muitos livros nessa pegada que já li, A arte da imperfeição tem uma discurso claro e que aproxima a autora dos leitores mais diversos. Não precisa entender de muita teoria para sacar do que ela está falando. É como conversar com uma vizinha tagarela e esperta que sempre te deixa para cima. Há sempre pessoas assim em nossas vidas, né? Aquelas que nos levantam! 


4 - Todo mundo precisa de uma força

Vamos combinar, nem todo mundo consegue lidar com a enxurrada emocional que é viver em comunidade. Ter que lidar com trabalho, filhos, casa, coração, hobbys... Equilibrar isso sem deixar a peteca cair é impossível. Acredite que todo mundo tem uma hora do dia que acha estar enlouquecendo. Isso é ser humano. Então mesmo que a gente negue a importância de livros de auto ajuda como literatura, temos que começar a ver que eles se comportam como terapeutas de pessoas que estão no topo da confusão e não querem ou tem vergonha de buscar ajuda profissional. E nesse sentido vejo a importância que ele tem. Dou valor a qualquer livro que ajude pessoas, e se livros de auto ajuda não ajudassem eles não venderiam tanto. Certo? 


5 - Se enxergar é fundamental. 

Olhar no espelho e enxergar algo a mais além do batom e do cabelo é essencial. Entender o seu interior. A gente vive melhor quando compreende quem é. Garanto que isso é um passo para se aceitar e a aceitação é fundamental para não pirar. Sou desleixada com minha maternidade? Sim, e me aceito dessa forma. Tento mudar? As vezes, mas não fico sem dormir por causa disso. Sou melancólica? Muito! Saca a Tristeza do Divertidamente? Sou eu toda! Isso é péssimo? Talvez, mas também não me puno por esse motivo. Estou tranquila com quem sou. Mudo o que acho que preciso e na medida que consigo. 




Esses foram os motivos que me fizeram considerar trazer esse livro para essa coluna. Penso que fazer uma resenha dele seria difícil, mas consegui sintetizar as ideias por aqui. 

Espero que vocês tenham curtido e que considerem a possibilidade de ler algo de auto ajuda, vez ou outra. Não se limitem, ok?

Confiram o livro AQUI

A Prisioneira do tempo e porque o passado nunca nos abandona

Título: A Prisioneira do tempo
Autor: Kate Morton
Editora: Arqueiro
Skoob: Ler resenhas
Amazon: Checar preços

Sinopse: No verão de 1862, um grupo de jovens artistas liderado pelo talentoso e passional Edward Radcliffe segue para Birchwood Manor, uma bela casa de campo às margens do rio Tâmisa. O plano é passarem um mês isolados em uma aura de inspiração e criatividade. No entanto, ao fim do verão, uma mulher está morta e outra desaparecida, uma herança inestimável se perdeu, e a vida de Edward está arruinada.Mais de 150 anos depois, Elodie Winslow, uma arquivista de Londres, descobre uma bolsa de couro contendo dois itens aparentemente sem conexão: a fotografia de uma mulher de aparência impressionante, vestida em roupas vitorianas, e o caderno de desenho de um artista, que inclui o rascunho de uma grande casa à beira de um rio.
Por que Birchwood Manor parece tão familiar a Elodie? E quem é a linda mulher na fotografia? Será possível, depois de tanto tempo, desvendar seus segredos?
Narrada por diversos personagens ao longo das décadas, A prisioneira do tempo é uma história de assassinato, mistério e roubo, de arte, amor e perda. Entremeando cada página, há a voz de uma mulher que teve seu nome apagado da história, mas que assistiu a tudo de perto e mal pode esperar pela chance de contar sua versão dos fatos.

Ainda que eu seja uma completa apaixonada por livros que mesclem histórias de passado e futuro, vide meu amor eterno por Lucinda Riley, Kate Morton não é uma autora que tenha me conquistado de verdade. E nem posso dizer que o problema foi com um livro, mas com os três que li dela. Algo em mim não se comunica com a autora.  

Prisioneira do tempo tem uma premissa até interessante. Seguindo a linha de trechos contados no passado e outros no presente, a gente logo entende que em algum momento eles vão se cruzar espontaneamente. Seja no artista antigo, ou na arquivista moderna, sabemos que o destino dos dois se entrelaça e é o ponto chave que nos prende na história do começo ao fim. Pura curiosidade de saber como a trama vai concluir. 

Mas já vou dizendo... não é uma história com um ritmo que nos conduza com determinação. Não é ruim, mas passa longe de ser bom. Fica naquela marasmo que faz a leitura de um livro de 400 páginas parecer que tem 800. Vou dizer, foi uma verdadeira novela para mim ler essa história, e olhe que normalmente são livros assim que me tiram da ressaca literária. 

O livro tem muitos personagens. Fato. E de modo geral isso não é algo que me incomode, mas nesse caso incomodou porque os melhores, com mais potencial, pouco apareciam, e os que ganham o protagonismo são chatos de doer. Cruz credo, não havia nada em Elodie que me conquistasse. Ela jamais seria uma das minhas melhores amigas. Chata! 

E vamos combinar que o final da história também não é lá muito bom. Se pudesse escolher um único motivo para desgostar desse livro, seria o final. Muitas pontas soltas, e as pontas que a autora pensa que fechou abrem outras que tampouco são sanadas. É como se ela desse um nó atrás do outro. Muito irritante, isso. Deixou-me extremamente decepcionada com a conclusão, e ela tinha tudo para ser incrível. 

Em resumo, não é o melhor livro nessa pegada que já li. Ainda indico fortemente os de Lucinda. Com os dela 600 páginas passam voando, mesmo nos livros mais fracos. Já Kate Morton realmente não funciona comigo. Esse é o terceiro livro que li dela, e não consegui gostar da narrativa da autora. Cansei! Bora ler os de Lucinda que ainda não li. 

Mas, Carol, se você teve tantos motivos para desgostar da história, por que ainda deu quatro estrelas para ela? Porque eu acho que ela tinha muito potencial, e eu sempre sou sincera com vocês. Quando a autora acerta, ela acerta de verdade. Ela é muito boa com descrições de fatos e detalhes históricos, por exemplo, e esse detalhe é muito importante para mim que amo dramas históricos. Tenho que dar o braço a torcer quanto a isso. 

Se indico esse livro? Bem, realmente não foi para mim, mas somos leitores diferentes com expectativas diferentes. Acho que todo mundo pode se beneficiar com algum livro, mesmo que outra pessoa tenha desgostado dele. 


Entrevista com a autora Karina Heid


Hello, people! 

Admito, não sou uma grande leitora de nacionais, o que é uma bela ironia, heim?

A grande maioria que leio me irrita bastante. Ou tem muitas cenas hot, ou é demasiadamente raso, ou de fato acho os enredos umas porcarias. 

Mas ano passado uma grande amiga me indicou os livros da Karina Heid. E ainda que tenha um pé atrás para autores da nossa terrinha, eu confiava demais nos gostos dessa amiga para ignorar uma indicação dela. Então acabei me jogando na leitura de A Garota da Música, Selvagens e Lady Audácia. E vou dizer, heim... ela de fato se sobressai entre os demais. 

E como coisa boa eu sempre indico por aqui, eis que trago uma entrevista que fiz com Karina. Inicialmente a ideia era postar no Instagram, mas optei por trazer para o blog na intenção de deixar acessível a todo mundo que busca por conteúdo de Karina na internet, e não apenas no Instagram. 

Segue entrevista abaixo: 


1.      Você um dia acordou e pensou “quero ser escritora”, ou isso surgiu meio que por acaso?  

    Não. Foi acontecendo. Quando, em 2014, eu me mudei para um país que não dominava a língua e não pude trabalhar, resolvi escrever e aconteceu.

2.       Qual o primeiro livro que você escreveu, e de onde surgiu a ideia dele?  

    Foi A Jornada das Bruxas. Eu sempre amei o meio ambiente, e na época estava rolando o problema com Belo Monte, e aquilo me angustiava. Então veio essa história de uma bruxinha que precisava entender a terra, e pra isso precisava viajar para a Romênia, e treinar com uma velha bruxa mal humorada. Assim nasceu o meu primeiro livro.

3.       Como você vê a importância do Wattpad para a sua escrita hoje em dia?  

    Hoje em dia, ele serve como um lugar para reunir os amigos, por assim dizer. Uma prévia da Amazon. Mas confesso que quanto mais me profissionalizo, menos gosto da plataforma. Ele dá muitos bugs, tem propagandas super chatinhas e poucas inovações para escritores e leitores.

4.       Como funciona seu tempo de escrever? Senta e escreve todos os dias? Quanto tempo dedica a isso, e como a família te ajuda? 

    Eu sou super organizada com a escrita. A família sabe, eu determino tempo para isso. Na pandemia as coisas mudaram, mas minha determinação permanece a mesma. Eu foco no que preciso fazer, estabeleço metas e mando brasa. Um livro não se escreve sozinho, ele precisa dos meus dedos no teclado. E assim saem livros: determinando regras que eu preciso cumprir.

5.       Você é uma autora que embora escreva romances, caminha por diferentes formas de escrever um romance. Pode sair de uma história sobre um Cowboy para um New Adult sobre um músico com um passado difícil e um romance de época. Isso é proposital? Como você trabalha esse pulo em diferentes assuntos? 

     Não sei bem porque me movo entre subgêneros diferentes. Se vem a história, eu vou atrás. Mas todas começam com uma angústia leve, um anseio de que algo “viva”, surja do nada. Na questão dos livros de época, encarei como desafio e deu super certo. Como Moreira Alemanha um bom tempo, a escolha foi automática. E estou adorando ver como os dramas humanos se repetem independentemente da época.

6.       Qual o livro seu que acha que teve mais sucesso até hoje?  

    O romance de época (Lady Malícia) em números; Sessenta Noites em Trindade em apaixonadas pelos personagens; A Última Peça entre leitores que se tornaram pessoas íntimas minhas (de alguma forma, esse último mexe com o psicológico das pessoas, e elas me procuram)

7.       Como você trabalha o marketing das suas histórias? Direciona para um público específico e abrange a divulgação, ou só usa as suas próprias redes sociais?  

    Estou mais sabida agora do que fui no passado. Faço divulgações de lançamento, aprendi a fazer banners esteticamente bonitos, lido melhor com as midias, posto diariamente, produzo conteúdos interessantes. Para o autor independente, aprender marketing é importante.

8.       Qual o livro que você mais amou escrever?  

       A última Peça

9.       Você tem aquele personagem que julga o seu predileto?

             DIETRICH, de Lady Audácia. Stella, de Sessenta Noites, Gabriel de A Garota da Música.

10.   E, por último, o que você diria a um autor que está no mercado há muitos anos, mas que não consegue ganhar terreno com suas histórias? 

     Não desista, e esqueça as fórmulas mágicas. A única chance de ver retorno no primeiro ano é se você estourar (mas isso acontece com uma pequena porcentagem de autores). Pense na escrita como um negócio a longo prazo. Se você insistir e fizer seu dever de casa, o resultado vem. Mas vem como vem o resultado de qualquer bom trabalho: devagar. 


Link para os livros de Karina: https://amzn.to/3hQijVo


5 Dicas de livros do Realismo Fantástico


Hello, peoples!

Estive conversando com uma amiga sobre livros de realismo fantástico. O assunto surgiu quando ela me mandou o print de uma matéria comentando que Cem anos de Solidão iria virar série, e como ela teve dificuldade de acabar aquele livro.

Falamos sobre a dificuldade que ela tem de se conectar com o gênero e que mesmo eu, que sempre fui muito fã de livros desse tipo, estou me vendo com a mesma dificuldade, coisa que outrora nunca aconteceu. Talvez seja um tipo de cansaço mental com a mescla do realismo com o mágico. Sou uma assídua leitora de fantasia, mas parece que quando ela se mescla com a realidade dá um tipo de estalo no meu cérebro ao ponto de sentir que a leitura não caminha para lugar nenhum.

Mas acho que primeiro de tudo vocês querem saber o que exatamente é o gênero do realismo fantástico, não? Pois bem, realismo fantástico é exatamente o que o nome sugere: uma história que se passa no mundo real, mas que possui elementos mágicos não naturais, e tudo bem para os personagens encararem isso no texto. Soa comum aos olhos. Entenderam isso?

É como se você encarasse com naturalidade abrir a janela de casa e se deparar com um unicórnio botando um ovo no pé de manga do seu jardim.

O gênero ganhou uma força muito pungente na América Latina em meados de 60 e 70. E sabendo o que aconteceu em muitos países naquela época, com regimes ditatoriais severos, incluindo o nosso país, compreendemos que esse tipo de literatura veio como forma de cutucar os governos sem que ficasse visível que aquilo de fato era uma cutucada. É a famosa intertextualidade.

Nesse site tem uma matéria incrível sobre Realismo Fantástico. Sugiro que leiam para entender melhor.

Abaixo eu listo 5 livros de realismo fantástico que pessoalmente eu curto muito, seja a ideia ou o livro em si. No momento estou devendo a leitura de dois.


Cem anos de solidão



Sinopse: O livro mais importante de Gabriel Garcia Márquez. Neste que é um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.
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Não há como você gostar de ler e viver nesse mundo sem conhecer esse livro. 

Publicado em 1977, Cem anos de solidão foi um marco na carreira do Gabo. O livro mais famoso dele é, para mim, possivelmente um dos mais difíceis de ser explicado. Eu nem me atrevo. Basta dizer que quando penso em realismo fantástico, logo me vem a cabeça esse livro e a maneira delicada com que o autor relaciona o real e o fantástico. Esse livro é um verdadeiro primor! 



As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender





Sinopse: O amor nos faz agir como idiotas. Gerações da família Roux aprenderam essa lição da maneira mais difícil. Os amores tolos parecem, de fato, ser transmitidos por herança aos membros da família, o que determina um destino ameaçador para os descendentes mais jovens: os gêmeos Ava e Henry Lavender. Henry passou boa parte de sua mocidade sem falar, enquanto Ava, que em todos os outros aspectos parece ser uma jovem normal, nasceu com asas de pássaro. Tentando compreender sua constituição tão peculiar e, ao mesmo tempo, desejando ardentemente se adaptar aos seus pares, a jovem Ava, aos 16 anos, decide revolver o passado de sua família e se aventura em um universo muito maior, despreparada para o que ela iria descobrir e ingênua diante dos motivos distorcidos das demais pessoas. Pessoas como Nathaniel Sorrows, que confunde Ava com um anjo e cuja obsessão por ela cresce mais e mais até a noite da celebração do solstício de verão. Nessa noite, os céus se abrem, a chuva e as penas enchem o ar, enquanto a jornada de Ava e a saga de sua família caminham para um desenlace sombrio e emocionante.

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Ava Lavender foi um dos primeiros livros de realismo fantástico ao qual tive acesso. Com uma narrativa deliciosa que por muitas vezes me fez lembrar do filme Peixe Grande, ele me cativou do começo ao fim. Existe sempre aquela dificuldade de se conectar com situações estranhas na história, mas nada que fuja do gênero. Acredito que o lance com realismo mágico seja exercitar a mente a quebrar fundamentos e regras. Saca o filme A Origem? A linha é essa ai! Se joga em Ava Lavender! 





Todos os santos malditos




Sinopse: Eis algo que todo mundo quer: um milagre. Eis algo que todo mundo teme: o que é preciso para conseguir um... Qualquer pessoa que visite Bicho Raro, no Colorado, vai encontrar um cenário de santos sombrios, amor proibido, sonhos científicos, corujas loucas por milagres, afetos distantes, um ou dois órfãos e um céu cheio de estrelas vigilantes. No coração desse lugar está a família Soria, cujos membros têm a capacidade de realizar milagres. E no coração dessa família estão três primos que desejam mudar o futuro: Beatriz, a garota sem sentimentos, que quer apenas ser livre para examinar seus pensamentos; Daniel, o santo de Bicho Raro, que faz milagres para todo mundo, menos para si; e Joaquin, que passa suas noites no comando de uma estação de rádio usando o nome Diablo Diablo. Eles estão todos à procura de um milagre. Mas os milagres de Bicho Raro nunca são exatamente o que você espera.
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Maggie Stiefvater é uma das minhas autoras prediletas de todos os tempos. Amo o que ela fez com A Corrida de Escorpião, como amo os Garotos Corvos e Os Lobos de MarcyFalls. Nada do que essa mulher escreveu me decepcionou, então eu vim com muito gás a Todos os Santos Malditos. Não posso dizer com propriedade que o livro é bom ou ruim, porque ainda não consegui passar da página 70 (como disse, ando com dificuldade com esse tipo de história), mas é inegável o poder que ela tem de contar histórias. 




A forma da água


Sinopse: Richard Strickland é um oficial do governo dos Estados Unidos enviado à Amazônia para capturar um ser mítico e misterioso cujos poderes inimagináveis seriam utilizados para aumentar a potência militar do país, em plena Guerra Fria. Dezessete meses depois, o homem enfim retorna à pátria, levando consigo o deus Brânquia, o deus de guelras, um homem-peixe que representa para Strickland a selvageria, a insipidez, o calor — o homem que ele próprio se tornou, e quem detesta ser.Para Elisa Esposito, uma das faxineiras do centro de pesquisas para o qual o deus Brânquia é levado, a criatura representa a esperança, a salvação para sua vida sem graça cercada de silêncio e invisibilidade. Richard e Elisa travam uma batalha tácita e perigosa. Enquanto para um o homem-peixe é só objeto a ser dissecado, subjugado e exterminado, para a outra ele é um amigo, um companheiro que a escuta quando ninguém mais o faz, alguém cuja existência deve ser preservada.
Mistura bem dosada de conto de fadas, terror e suspense, A forma da água traz o estilo inconfundível e marcante de Guillermo del Toro, numa narrativa que se expande nas brilhantes ilustrações de James Jean e no filme homônimo, vencedor do Leão de Ouro em 2017. Uma história cinematográfica e atemporal sobre um homem e seus traumas, uma mulher e sua solidão, e o deus que muda para sempre essas duas vidas.
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Quem não conhece Del Toro? Quem nunca viu O Labirinto do Fauno? Uma fábula ambientada em meio a uma guerra? Então talvez seja a hora de conhecer. Aproveita e arrisca com A Forma da água que é, inegavelmente, um dos filmes mais bem desenhados que já assisti até hoje. Uma mulher se apaixonando por um tipo de ser aquático? I - R - A - D - O!!!!!


Ascensão 



Sinopse: Scott Carey tem muito em que pensar ― o projeto enorme que pegou no trabalho; o casal lésbico que mora na casa ao lado e o cachorro delas, que insiste em fazer as necessidades no seu quintal; e a súbita e inexplicável perda de peso das últimas semanas.
Apesar de não querer ser estudado e examinado, Scott decide compartilhar a questão com seu velho amigo, o dr. Bob Ellis. Afinal, apesar dos números decrescentes na balança, sua aparência continua a mesma ― além disso, seu peso não varia quando está nu ou usando roupas pesadas, quando está de mãos vazias ou carrega algo no colo. Não importa o que ele faça ou coma, Scott está cada vez mais leve ― embora não mais magro ―, e conforme seu peso se aproxima de zero, ele sabe que logo nada vai prendê-lo ao chão.Scott não quer se preocupar com o que vem pela frente; ele ainda tem tempo para resolver todas as suas questões antes do Dia Zero, e por que não começar pelas mais difíceis? Por exemplo, encarando o preconceito que suas vizinhas têm sofrido da comunidade ― e dele ― e fazendo o possível para ajudar.Amizades improváveis, a maratona anual da cidade e a misteriosa condição de Scott são a fórmula para grandes transformações. Incrivelmente alegre e profundamente triste, Ascensão é um verdadeiro antídoto para nossa cultura intolerante.
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Stephen Kinge é aquele tipo de autor versátil que passeia entre temáticas bizarras das mais estranhas as mais leves. As vezes a gente lê ou assiste algo baseado nos livros dele sem nem saber que é baseado em algo dele, de tão incomum ao que estamos acostumados. Esse foi o caso de Ascensão. Um homem que aparentemente não muda de peso, mas que está perdendo quilos todos os dias. Ficando mais leve do que o ar. Sério, ainda consigo me surpreender com o que esse autor consegue fazer. 




E ai, já leram algum desses livros? 
Ando aceitando dicas de mais realismos fantásticos, ok? Passa lá no IG! @caroltelesbispo