Resenha de "Os Quatro Cavaleiros" (Veronica Rossi)

Título: Os Quatro Cavaleiros
Autor: Veronica Rossi
Editora: Galera Record
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Sinopse: O que você faria se descobrisse que se tornou um dos Cavaleiros do Apocalipse? Da mesma autora da Trilogia Never Sky. Nada além da morte pode impedir Gideon Blake de conquistar seu objetivo de se tornar um soldado americano. Bem, o problema é que ele morreu. Por algum tempo. Enquanto se recupera do acidente que deveria ter sido fatal, Gideon nota que seus ferimentos estão cicatrizando muito rapidamente. É um milagre. Se você considerar um milagre o fato de se tornar um dos quatro cavaleiros do Apocalipse. Gideon é Guerra. E ele precisa se unir aos outros cavaleiros, Fome, Morte e Peste, para, juntos, proteger uma chave que a Ordem quer ter em mãos para abrir as portas de um reino infernal na Terra, ameaçando escravizar todos os humanos.

Quase dois meses. Esse foi o tempo que levei para concluir esse livro. Devo confessar que mais da metade desses meses foi para chegar nos 50% do livro, e que o resto fluiu maravilhosamente. Mas até chegar nele, foi um martírio. 

Os Quatro Cavaleiros vai contar a história de Gideon, que é um soldado que morre depois de um defeito do paraquedas. Só que ele não permanece morto. Volta a vida e com o corpo tão ferrado que os médicos acham que mais nunca ele poderá andar novamente, ou ter os movimentos completos dos braços. Acontece que poucos dias depois de acordar no hospital, com um bracelete estranho no braço, Gideon está curado. Milagrosamente curado. E além disso percebe que toda vez que as pessoas se aproximam dele, elas começam a falar coisas que não deviam e ter reações coléricas. 

Durante um ataque estranho na universidade onde a irmã dele estuda, Gideon descobre que é Guerra, um dos quatro cavaleiros do apocalipse, e que junto de Derryn, a seletora responsável por juntar os quatro, tem que ir atrás dos outros caras e ajudar a proteger uma espécie de tesouro, para que o mundo não entre em um tipo de caos com monstros e anjos.

Ok, a premissa do livro é incrível, não é? Queria dizer que o começo dele também é, mas o achei extremamente enfadonho. Um porre! Para chegar até a página 100 eu praticamente lia duas ou três por dia. Não conseguia mais do que isso, e não sei exatamente o motivo. Só não ia de jeito nenhum. Gosto de Gideon, apesar de alguns comportamentos meio infantis, como gosto dos caras que fazem Peste, Fome e Morte. Elas são incríveis juntos! Mas até que isso venha acontecer, haja chão! 

Adoro a Veronica descrevendo cenas de ação. São - de longe - a melhor parte desse livro. As descrições das passagens de guerra são espetaculares! E ainda tem as armas super legais e os cavalos incríveis para incrementar esse caldo suculento. Então até a metade é aquela chatice de apresentar a ideia, mas depois que ela é apresentada o negócio flui que é uma beleza! Comi as últimas 150 páginas. 

Esse livro é o primeiro de uma série - não sei de quantos. Sei que o segundo já foi publicado lá fora e parece focar em Derryn. As pessoas estão achando que vai ser um livro para cada cavaleiro, mas não acho que seja o caso. Muita coisa na história de Gideon ainda ficou em aberto, e não creio que Veronica vá dar fim a história dele dessa forma. A não ser que vá colocar mais um pouco no livro de Derryn, já que eles dois fazem uma espécie de par romântico bem "cão e gato". 

É um bom livro, depois que pegamos gás nele. Ainda prefiro a série de Never Sky, mas vocês bem sabem que sou uma fraca para distopias, então não teria muita comparação. Vou terminar de ler a série, porque realmente acho que a ideia é boa e que a autora soube trabalhar as nuances de cada cavaleiro dentro da sua própria ideia de vida. Sem contar que imaginar quatro caras bonitos vestidos em armaduras poderosas e montando cavalos místicos dá uma super vontade, né? <3 

Resenha de "Futuros Roubados" (Fernanda Caleffi Barbetta)

Título: Futuros Roubados
Autor: Fernanda Caleffi Barbetta
Editora: Independente
Comprar: Site da Autora

Sinopse: São necessários poucos segundos para que uma atitude leviana seja tomada, para que uma mentira ardilosa seja contada, para que uma transgressão cruel seja ocultada.Mas, as consequências que elas geram duram uma eternidade. Arrasam vidas inteiras, mancham passados, destroem presentes, roubam futuros.
E haja o tempo que houver, não se volta atrás. Porque tempo nenhum desfaz o que já foi feito, conserta o que não tem conserto.



Sou o tipo de leitora que sempre venera o tipo de autor que eu também sou. Que vai atrás e que não deixa esquecida numa gaveta uma história, por mais simples que ela seja. Então quando Fernanda me procurou, numa docilidade e carisma memoráveis, eu nem ousei negar ler o livro dela. Na verdade, acho que teria lido mesmo sem ela ter me solicitado, se tivesse tido acesso a ele de outros modos. E eis o grande problema dos autores independentes... Que outras pessoas saibam que eles existem, e que tem livros muito bons, muitas vezes melhores que os que vem de fora, esperando só por uma oportunidade. 

Futuros Roubados vai contar a história de duas irmãs, Claire e Anne, que apesar de terem crescido unidas, levam uma carga de distanciamento interna muito grande, principalmente de Anne para com Claire. Anne sempre achou que tudo de melhor só acontecia com a irmã, e sem muito esforço por parte dela. Inclusive o amor e a dedicação dos pais.  E ainda que isso não seja suficiente para acabar com a amizade das duas, é sempre colocado em perspectiva quando Anne passa por situações complicadas em sua vida. Como se um pouco da culpa fosse de Claire. Ainda assim, a ama, e não vitimiza sua vida em consequência disso por muito tempo.  

Elas crescem, Anne se forma em arquitetura, Claire vira escritora e se casa com um inglês, indo para longe da irmã. E quando a gente entende que Anne vai ter um momento de se mostrar para o mundo, Claire faz de tudo para conseguir um emprego para o marido de Anne, Eric, no mesmo lugar onde trabalha o marido dela, unindo as irmãs novamente. 

Os quatro vão morar junto, até que Eric e Anne se estabeleçam, e é quando essa descobre que está grávida. Não demora muito a irmã também revela uma gravidez. Então ambas vão sonhando, amando e esperando por seus bebés enquanto a vida segue. 

Quando os bebês nascem, algo acontece na vida das duas que vira tudo de cabeça para baixo. Anne toma decisões difíceis, e que faz mudar completamente a vida de todos ao redor. 

Sabe quando você está lendo um livro e fica toda hora pensando... Não amiga, faz isso não! Ou então... Você usou drogas? Que merda de atitude é essa?! Eu fiquei muitos momentos com essas divagações de leitora. Tive raivas homéricas com as atitudes de alguns personagens em determinadas passagens, e me pegava pensando o que eu faria se estivesse no lugar deles. Sou uma pessoa do bem, mas vamos combinar que as vezes o anjo mau que fica em cima do nosso ombro grita mais forte do que nossa razão. 

É um livro que de início vai fazer você ir e voltar com frequência no tempo. Ver um pouco da vida das meninas pequenas, entender o relacionamento dos pais - principalmente pai - com elas. Ver como foi o começo de namoro de Claire e um pouco da vida de Anne. São passagens necessárias para entender a história e as atitudes tomadas por alguns personagens, mas não é o foco do livro. Isso deixo a cargo das escolhas de Anne depois do nascimento das crianças. 

Toda história tem um grande "up", como diz os críticos. Aquele momento alto que vai te deixar ansioso e curioso por mais. Se você está lendo um livro que não tenha, então fecha e pegue outro, porque isso é básico em se tratando de literatura. No caso de Futuros Roubados, é a tal da decisão. Foi depois desse momento que me vi comendo as unhas e xingando os personagens. Fiquei realmente aflita com aquilo, e acho que porque envolve crianças e esse é meu fraco. Teve uma determinada passagem que até pulei porque não tive estômago de encarar. Vamos confessar, sou uma manteiga derretida. 

Enquanto leitora, acho que eu queria mais. Não da parte cruel, lógico, mas das reações e opiniões dos personagens acerca de determinadas coisas. Acredito que esteja acostumada a livros em primeira pessoa, onde é fácil se entrosar com o personagem e partir do princípio de que ele te entrega a história pela perspectiva própria de como enxerga uma situação. Como não tive essa visão de Anne, por exemplo, não sei o que merda se passou na cabeça da mulher para fazer o que fez, e sustentar o que fez por anos, enfiando uma mentira dentro de outra mentira, e sem aparentar um mínimo que seja de arrependimento. Não sabia se isso era consequência de ter sido rejeitada  a vida inteira, ou simplesmente uma loucura que deu na hora e ela agiu por impulso e se manteve firme por vergonha. Isso para mim foi um problema. Queria ter visto mais dela. Mais de culpa, talvez? As respostas emocionais pelas coisas que ela fez. 

E não digo isso só por Anne, mas por Ryan - o marido de Claire - também. Talvez ele seja o personagem que mais gostei, e ainda assim o vi se comportando eventualmente como um boboca. Graças a Deus que quando ele resolve reagir, vai com força, ou teria perdido a paciência com o cara. 

Apesar de ser um livro fino, ele tem uma história forte que me lembrou muito as novelas antigas das nove. Sabe aquelas que tinham enredos incríveis? Pois é. Senti falta de algumas explicações maiores sobre determinadas coisas, e não sei se isso foi proposital da autora para deixar o leitor pensar o que quiser, ou não. Seja como for, terminei o livro angustiada. Feliz por ter um livro pequeno e de enredo amarradinho, mas angustiada. 

Realmente desejo que a autora não só seja reconhecida por seu trabalho com Futuros Roubados, como que ela escreva mais. E que o próximo livro seja enorme e cheio de reviravoltas, como as que ela colocou aqui. Sou prolixa, e não há como me mudar. HAHA. Prevejo o nome de Fernanda na boca do povo em breve. Seja como autora independente - e Nanda, sei como isso é difícil - ou com uma editora, mas que seja realmente conhecida pelo o que faz. 

Histórias nascem para serem lidas. São fragmentos de vidas de pessoas em universos paralelos (talvez?) que alguém nos conta em sonhos para que sejamos propagadores dessas existências.  

P.s. Gente, a autora me comunicou por email - passou desapercebido por mim na contracapa do livro - que Futuros Roubados é o primeiro de uma duologia. Então isso explica muita coisa, não? Talvez aquelas indagações sobre "o que faltou" na história se resolvam no livro seguinte. Certamente irão se resolver. 

Resenha de "Boneco de Pano" (Daniel Cole)

Título: Boneco de Pano
Autor: Daniel Cole
Editora: Arqueiro
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Sinopse: VOCÊ ESTÁ NA LISTA DE UM ASSASSINO. E ELA DIZ QUANDO VOCÊ VAI MORRER.
O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de Pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.

Terminei de ler o livro e fiquei pensando... O que merda aconteceu com aquela ideia genial lá do início? Fico revoltada quando estou lendo um livro policial e sinto que o autor perdeu a mão na hora de escrever. Se desviou. Imagino que isso seja culpa de um pulo no espaço tempo no qual se escreveu a história. Ou não... Vai ver não tinha jeito mesmo e fim de papo. Contudo não acredito nisso.

Wolf é um daqueles detetives esquentados, e isso se torna visível logo no início do livro. A primeira cena é realmente uma delícia de se ler. Não é todo dia que você vê um policial atacando um cara em pleno julgamento do homem simplesmente porque não concordou com a decisão do júri.

Daí pulamos para alguns anos depois, quando Wolf é chamado na investigação de um crime sobre um corpo - ou vários corpos - que foram achados costurados em partes formando um único e pendurado de maneira hedionda em frente a casa do detetive. Isso aí já é uma puta chamada do livro, concordam?

Junte isso ao fato de que uma nova lista com nomes dos corpos que formarão o próximo boneco de pano é enviada para os jornalistas, e adivinhem quem é o último nome dela? Claro que o detetive Wolf! Bingo!

Cole joga uma ideia fantástica quando cria esse boneco de pano de corpos costurados e toda a ligação que esse assassino e esses assassinatos tem com o detetive Wolf. Também achei genial a primeira morte que acompanhamos. De alguma forma me fez lembrar bastante o filme Caçadores de Mentes, que morro de amores por ter mortes muito bem feitas no sentido psicológico da coisa. Sério, vocês precisam ver aquele filme.

O problema com esse livro é que ele cria muita expectativa e não cumpre com elas ao final de tudo. Não é o que final seja ruim, mas ele decresce muito em relação ao início. Até a primeira morte eu comi as páginas, depois disso me arrastei até ficar impaciente com essa leitura. Isso é simplesmente um saco quando se trata de livros policiais que tem como máxima te manter preso até o fim.

Meu outro grande problema com esse livro foi com a questão do carisma dos personagens. Uma hora Wolf é super badass e está espancando alguém, poucas cenas depois ele aparece fugindo de casa numa birra super infantil, porque não quer encarar uma discussão babaca entre duas mulheres da sua vida. Sério, Wolf? SÉRIO mesmo?

E isso não é só com Wolf, mas com todo o resto do grupo de policiais e jornalistas envolvidos na história. Tudo bem que esse tipo de livro não é comum ter alguém super carismático, mas sei lá... Depois de Bolitar eu estou estragada para o resto dos detetives que aparecerem na minha frente.

Enfim, não é um livro de um todo ruim, mas ele prometia muito e entregou pouco material para isso. A resolução do crime também fica em cima do muro, nada de genial, mas também não é péssima. Aff, estou um tanto confusa em relação a isso. hehe. Esperava mais, só isso. Uma pena, porque a ideia era simplesmente genial.

Resenha de "O Pistoleiro" (Stephen King)

Título: O Pistoleiro
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
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Sinopse: "Este livro é o primeiro dos sete volumes de série A Torre Negra, obra mais ambiciosa do escritor Stephen King. "O Pistoleiro" apresenta ao leitor o fascinante personagem de Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de implacáveis pistoleiros desaparecida desde que o Mundo Médio onde viviam "seguiu adiante". Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e verdadeira obsessão para Roland, seu Cálice Sagrado, sua única razão de viver. O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o homem de preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá- lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso. Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet - ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao seu. Entre eles estão Alice, uma mulher que Roland encontra na desolada cidade de Tull, e Jake Chambers, um menino que foi transportado para o mundo de Roland depois de morrer em circunstâncias trágicas na Nova York de 1977. Mas o pistoleiro não conseguirá chegar sozinho ao fim da jornada que lhe foi predestinada. Na verdade, sua aventura se estenderá para outros mundos muito além do Mundo Médio, levando-o a realidades que ele jamais sonhara existir. Inteiramente revista pelo autor, esta primeira edição brasileira de "O Pistoleiro" traz também prefácio e introdução inéditos de King."

 Não sei bem o que pensar sobre esse livro. Como foi uma leitura muito confusa para mim, resolvi esperar alguns dias depois de lido para ver se eu criava uma opinião sobre ele. E tudo bem, tenho várias coisas para dizer sobre esse livro, mas ainda assim não tenho uma opinião formada. Não que seja ruim, mas também não é bom.

Já vou falando que o melhor desse livro é a apresentação escrita pelo próprio autor. Ele pede desculpas pelos três primeiros livros da série, alegando que era novo demais quando começou. O que achei válido, ou não pensaria em continuar a ler essa série. Ele também diz que se baseou em Tolkien quando pensou em a Torre Negra, só que com aquela pitada faroeste que ele é muito fã. Então quando vocês imaginarem esse livro, pense exatamente nisso... uma fantasia no meio do faroeste.

Tendo em vista esse cenário, entendemos que o protagonista, Roland, é um pistoleiro e que está em busca do Homem de Preto. No meio dessa busca ele vai encontrar personagens que vão fazer toda a diferença nessa busca para ele, incluindo Jake, um garoto que na verdade não é daquele mundo e que tem alguma função na história que até então Roland não faz ideia do que é.

Não há muito o que se explicar sobre esse livro. Ele é confuso e pronto. Você não sabe se está lendo um passado, um futuro ou um universo paralelo (ideia mais provável, apesar de ter inúmeros referências ao nosso próprio universo). Além desse fato de se passar em um tempo estranho, o autor ainda te joga no presente e passado dos próprios personagens, o que torna o babado mais doido ainda.

Sabe o que pensava a todo momento enquanto lia? Que King escreveu ele em meio ao Woodstock movido a muita cerveja ou algum tipo de psicotrópico muito louco. O livro é super pirado e ainda que fino, houveram várias cenas que tive que voltar e repetir a leitura porque não tinha entendido, o que demorou o dobro do tempo para concluir.

Terminei sem entender de fato quem era Roland, o Homem de Preto e qual a ideia de Jake na história. A única coisa que se sabe é que existe essa Torre Negra e que ela é super importante para a história. Funciona como um local onde se concentram portais para os mais diversos tipos de universo. Mas como ela funciona, e porque Roland está ligado a ela, ainda é um mistério para mim. Ou não prestei atenção suficiente.

Um sonho. O sonho alucinógeno de alguém. É o que penso sobre O Pistoleiro. Vou continuar porque muita gente que conhece meu gosto diz que eu vou amar, e que melhora muito lá para frente. Espero mesmo, porque outro livro desses e peço passagem só de ida para o manicômio mais próximo.

Resenha de "Como agarrar uma herdeira" (Julia Quinn)

Título: Como agarrar uma herdeira
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro (Cedido em parceria)
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Sinopse: Quando Caroline Trent é sequestrada por engano por Blake Ravenscroft, não faz o menor esforço para se libertar das garras do agente perigosamente sedutor. Afinal, está mesmo querendo escapar do casamento forçado com um homem que só se interessa pela fortuna que ela herdou.Blake a confundiu com a famosa espiã espanhola Carlotta De Leon, e Caroline não vai se preocupar em esclarecer nada até completar 21 anos, dali a seis semanas, quando passará a controlar a própria herança milionária. Enquanto isso, é muito mais conveniente ficar escondida ao lado desse sequestrador misterioso.
A missão de Blake era levar “Carlotta” à justiça, e não se apaixonar por ela. Depois de anos de intriga e espionagem a serviço da Coroa, o coração dele ficou frio e insensível, mas essa prisioneira se prova uma verdadeira tentação, que o desarma completamente.

Vocês bem sabem que tenho uma certa paixonite pelos livros da Julia Quinn. Ainda que não sinta que são os melhores livros que li na vida, são do tipo leve que pego nos momentos que saiu de leituras tensas ou que estou num bloqueio de leitura. Foi por causa de um desses bloqueios que peguei Como Agarrar uma Herdeira, e posso dizer que sai dele tão rápido quanto entrei. 

Nesse livro vamos conhecer a história de Caroline, que depois da morte dos pais, passa por uma série de péssimos tutores, até acabar com o pior deles. Fugindo da casa do último, ela é confundida com uma espiã chamada Carlotta, e levada até a casa de Blake, um agente da coroa, no campo, para confessar seus crimes. Ele não deveria se encantar pela espiã, mas é o que acaba acontecendo. 

A primeira coisa, e talvez a mais válida, que posso dizer acerca desse livro é que ele é muito divertido. Do tipo de dar gargalhadas nos lugares mais inconvenientes. Então talvez seja o caso de deixar para lê-lo em casa, ou em algum canto que não vão achar estranho você gargalhar feito um maluco, como foi comigo. 

O segundo ponto interessante, é que a protagonista é uma das mais mordazes construídas pela autora. Julia é especialista em criar mocinhas inteligentes, mas Caroline além de inteligente tem uma língua maravilhosa. Ela consegue dar patada sendo cortes, e eu achei isso um máximo. Ela sempre sabia o que responder e como responder para me deixar um tanto orgulhosa por ser mulher. HAHA

Mas, como nem tudo são flores, devo alertar que não gostei muito da química do casal. Na verdade, não vi química alguma. Só um cara que não deveria se comportar como uma criança, se comportando como criança, com umas brigas ridículas e desnecessárias,  e uma forçada de barra da autora com o romance logo no início. Na verdade penso que ela deveria ter deixado a personagem de Caroline se passando por Carlotta por mais tempo, antes da revelação. Acho que isso foi um dos motivos que me fizeram murchar com o livro. 

Em contrapartida, os coadjuvantes são uma delícia! Gosto mais do melhor amigo de Blake do que dele, e os empregados da casa do cara são incríveis de engraçados. 

Quanto as cenas de ação, porque temos aqui altas doses delas, eu as achei divinas. O livro é voltado para esses agentes da coroa, então tem aquele clima de investigação e mistério com romance no meio, o que pessoalmente amei. Então quanto a isso não tenho do que reclamar. 

Apesar de não ter curtido a química do casal, eu realmente gostei do livro. É engraçado e tem uma das melhores mocinhas da Quinn. Mas não curti o cara, e eu prezo muito pelos mocinhos nesses romances de suspirar. Então quanto a um romance de suspiros, eu descarto Como agarrar uma herdeira, mas se quiser ler algo divertido, se joga do décimo andar aqui. 

Trilha Sonora de Improváveis Deslizes


Oie, gente!

Eu sou uma escritora movida a música. Comecei com isso a medida que ia escrevendo A Mais Bela Melodia, que de fato era sobre música, e continuei em Improváveis depois que percebi que penso minhas cenas em cima de canções. 
E como falho muito em disponibilizar para os leitores as músicas que imagino para os livros, e realmente vejo importância nelas, resolvi fazer um post aqui sobre isso.
Daí deixo tanto para quem leu e esta lendo, como para você, leitor usual do blog, que esteja passando por aqui hoje. Vai que vocês se encantem pela seleção e resolvam que querem ler! Esperança jamais deve morrer. 

Link de acesso para ouvir e/ou baixar as músicas


Músicas: 

1 - That I Would Be Good 
2 - All I Have to do is Dream - 
3 - All My Loving
4 - Back to Black
5 - Wuthering Heights
6 - Elephant Gun
7 - Wanted dead or alive
8 - O mundo é um moinho
9 - Cowboy fora da lei
10 - Call me when you're sober
11 - Demons
12 - Jingle Bells Rock
13 - La vie en rose
14 - Numb
15 - Maluco Beleza
16 - Jesus Doesn't Want Me for a Sunbeam
17 - Where Did You Sleep Last Night 
18 - Alive
19 - Nossas Cores Erguei
20 - Elastic Hearts
21- One Fine Day
22 - The Unquiet Grave
23- Mustang Sally


Link do Wattpad: https://goo.gl/2pbS5A
Link da Amazon: https://goo.gl/AD3j5n

Evento Stephen King


Dia 09 de Setembro realizamos aqui em Maceió um evento especial sobre o Stephen King juntamente com a editora Suma de Letras e em parceria com a livraria Leitura.
Eu, Thaisa e Felipe mediamos o evento que aconteceu aqui e ficamos muito felizes com o convite e com o resultado. Foi uma tarde divertida, com uma conversa maravilhosa sobre o autor, muita brincadeira e risada.
O foco eram os livros que renderam adaptações, como é o caso do filme IT e A Torre Negra, além dos especias da Biblioteca King, com capa dura e belíssimos, e os que estão rendendo seriados, e aqui temos o Nevoeiro, baseado em um conto de mesmo novo do autor.
Abaixo seguem algumas fotos para que vocês sintam o clima de tudo o que rolou por aqui.



















Caixa de Correio


Bom dia!
Tinha era tempo que não parava para gravar correio para vocês. E o motivo disso é que cancelei a grande maioria das minhas parcerias. Com poucas editoras me mandando livros, deixo acumular o suficiente para fazer um vídeo recheado.
Então aqui vamos nós.
Não esqueçam de curtir o vídeo e se inscrever no canal, se ainda não forem inscritos.



Leituras de Agosto



Oie, gente!
Passando para trazer o vídeo das leituras que fiz em agosto. Vão lá conferir!
Aproveita e se inscreve no canal para ajudar a coleguinha.


Os desejados que respeito

Olá, pessoal!
Hoje passando para contar a vocês um pouquinho dos meus desejados mais desejados do momento. Claro que isso muda quase todos os dias, mas resolvi colocar aqui aqueles que mais tem coçado meu dedo nos sites de compras.





“Confiar na pessoa errada pode custar a própria vida.”
Após se safarem milagrosamente de um ousado e perigoso assalto na notória Corte do Gelo, Kaz Brekker e sua equipe se sentem invencíveis. Mas o destino está prestes a dar uma perigosa guinada e, em vez de dividir uma vultosa recompensa, os seis comparsas terão que se munir de forças, de armas e de seus talentos para lutar pelas próprias vidas. Traídos e devastados pelo sequestro de um valioso membro da equipe, o Clube do Corvo agora conta com poucos recursos e aliados, e quase nenhuma esperança. Enquanto isso, forças descomunalmente poderosas se abatem sobre Ketterdam para desenterrar os segredos mais sombrios da potente droga conhecida como jurda parem, ao passo que antigos rivais e novos inimigos surgem para desafiar a perspicácia de Kaz e testar a frágil lealdade de seus parceiros. Agora, todos terão de enfrentar seus próprios demônios, e será preciso muito mais do que sorte para sobreviver à guerra que está se armando nas ruas obscuras e tortuosas desse implacável submundo – uma batalha por vingança e redenção que decidirá o futuro do mundo Grisha.
Segundo volume dessa série - MAGNÍFICA - da Leigh Bardugo. Leiam! Leiam! Leiam! O primeiro livro é maravilhoso!






O livro de Becky Chambers é um marco recente no universo da ficção científica. Lançado originalmente através de financiamento coletivo pela plataforma Kickstarter, ele conquistou a crítica especializada e os ainda mais exigentes fãs do gênero, sendo indicado para prêmios respeitados, como o Arthur C. Clarke Award e o Hugo Award.
Um dos motivos do sucesso de A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil é a abordagem da história. Elementos essenciais em qualquer narrativa sci-fi estão muito bem representados, como a precisão científica e suas possíveis implicações políticas. O gatilho principal é a construção de um túnel espacial que permitirá ao pequeno planeta do título participar de uma aliança galáctica.
Mas o que realmente torna único esse romance on the road futurístico e muito divertido são seus personagens. Instigantes, complexos, tridimensionais. A autora optou por contar a história de gente como a gente — ainda que nem todos sejam terráqueos, ou mesmo humanos. A tripulação da nave espacial Andarilha é composta por indivíduos de planetas, espécies e gêneros diferentes, incluindo uma piloto reptiliana, uma estagiária nascida nas colônias de Marte e um médico de gênero fluido, que transita entre o masculino e o feminino ao longo da vida. Temas como amizade, racismo, poliamor, força feminina e novos conceitos de família fazem parte do universo do livro, assim como cada vez mais fazem parte do nosso mundo.

Olhem essa capa! 
Olharam? Olhem de novo! 
Agora misture ficção científica no espaço e pimba! Carol já quer!







Uma grandiosa história de amor, fantasia e ficção científica
Desde pequenos, Patrícia e Laurence tinham formas diferentes – e às vezes opostas – de enxergar o mundo. Patrícia podia falar com animais e se transformar em pássaros. Laurence construía supercomputadores e máquinas do tempo de dois segundos. Enquanto tentavam sobreviver ao pesadelo interminável da escola, seu isolamento se transformou em uma amizade cautelosa. Até que circunstâncias misteriosas os separam para sempre. Ou assim eles pensavam.
Dez anos depois, ambos se reencontram em São Francisco. O mundo está prestes a implodir. Patrícia é formada em uma secreta escola de magia, e Laurence é um cientista tentando salvar a humanidade. A medida que os dois se reconectam, se veem levados a lados opostos em uma guerra entre ciência e magia. E o destino do mundo depende dos dois. Provavelmente.
Uma profunda, mágica e divertida análise sobre a vida, o amor e o apocalipse.

Aqui é um caso de amor com a editora Morro Branco. Sou simplesmente doida por tudo o que eles lançam. Tornou-se minha próxima Cosac. Amo os títulos, as capas, e todas as sinopses. Essa é minha predileta.

Resenha de "Um Lugar para mim" (Melissa De La Cruz)

Título: Um Lugar para mim
Autor: Melissa de la Cruz
Editora: Harper Collins
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Sinopse: Jasmine de los Santos sempre fez o que era esperado dela. Bonita e popular, ela estudou muito, deixou seus pais imigrantes filipinos orgulhosos e está pronta para colher os frutos do seu esforço na forma de uma bolsa integral para a faculdade.E então tudo se desfaz. Um convite acadêmico força seus pais a revelarem a verdade: seus vistos expiraram há anos. Toda a sua família está no país ilegalmente. Isso significa que não terá bolsa nenhuma, talvez nem faculdade nenhuma e a ameaça muito real da deportação.
Pela primeira vez, Jasmine se rebela, experimentando todos os prazeres adolescentes para os quais ela nunca teve tempo no passado. Logo quando está tentando entender esse novo mundo, ele é virado de ponta-cabeça por Royce Blakely, o filho charmoso de um congressista de alto escalão. Jasmine já não tem mais ideia de onde, nem sequer se se encaixa no sonho americano. Tudo o que sabe é que não vai desistir. Porque quando as regras pelas quais você vivia não se aplicam mais, a única coisa a fazer é inventar suas próprias regras.

Melissa De La Cruz já é figura carimbada por aqui. Não que tenha lido milhões de livros dela, mas já li uns dois em inglês, e um deles é o primeiro da série de Frozen, que é uma distopia que amo de coração. Então quando vi que a Harper ia lançar esse livro, tratei de pedir emprestado e já fui lendo. Porque, né, autor quando a gente gosta, precisa mostrar para o mundo o motivo. 

Jasmine é uma adolescente padrão norte-americana: Linda, líder de torcida, popular e bastante esforçada. Só que ela não é americana. Por ter origens Filipinas, ela acredita que deve ralar mais do que os outros estudantes da escola para alcançar oportunidades semelhantes, e assim o faz. Mora numa casa simples, de um bairro simples com dois irmãos menores e os pais, um motorista e uma servente de hospital. 

Quando ela é aceita numa espécie de bolsa de estudos, Jasmine vê sua oportunidade de fazer a diferença na vida dela e da família. Acontece que o sonho cai por terra quando ela descobre que não tem o Green Card, que é o cartão que libera os imigrantes a terem direitos semelhantes aos americanos. Ou seja, ela está ilegalmente no país, e não pode concorrer a uma bolsa desse jeito. 

Em contrapartida a essa destruição de seus sonhos, ela conhece Royce, que é um lindo menino, filho de um congressista que é totalmente contra  a invasão dos imigrantes no país. Ok, pode não ser uma coisa tão boa, né? Pois é. E agora Jasmine fica em cima de muro, sem saber o que fazer com a eminente possibilidade de ter que virar serviçal, se continuar sendo ilegal no país, ou precisar voltar para seu país de origem para conseguir estudar e fazer tudo o que ela é capaz de fazer. Sem contar qu está apaixonada pelo o que seria o filho do seu inimigo. Já viu o drama, né?

Quando o leitor acaba o livro, se vê com algumas informações da autora sobre o que ela precisou passar para conseguir o próprio Green Card. Achei isso bastante válido, visto a quantidade de pesquisa que Melissa precisou realizar para escrever esse livro, em termos políticos e sociais. Ela realmente tinha segurança quando colocava cenas de tribunal ou sobre as leis americanas quanto aos imigrantes. Em todo momento, durante a leitura, ficava pensando como nós, brasileiros, somos meio largados para esse tipo de coisa. Aqui todo mundo entra e todo mundo faz. É uma coisa positiva? Sinceramente? Não sei se acredito 100% nisso. 

Eu gosto das partes mais sérias que a autora insere nesse texto. Talvez pense que seja um livro grande demais e que bem poderia ter cinquenta páginas a menos, principalmente das brigas inúteis e que não terminavam em lugar nenhum do casal. O que eu gosto dos momentos políticos e familiares desse livro, o detesto em relacionamento Jasmine e Royce. Não que ele não seja fofo, só é meio imbecil demais. Lesado, sabe? Não tenho paciência para personagens assim. 

E daí a autora fica intercalando nossa atenção entre o problema da expulsão de Jasmine do país, e esse amor meio "argh" entre eles dois. Ficaria tranquila sem essa parte, ou teria criado um personagem masculino que fosse um pouco mais firme para contracenar com ela. Ele é chato! 

Já a família dela compensa porque eles são uma delicinha. Curto muito os núcleos familiares bacanas nos livros que leio, ainda que seja uma escritora que tende a destruí-los. É bom ver que nem toda família é ferrada, e a de Jasmine é um amor. 

Enfim, é um livro legal, mas não é a melhor coisa que li da autora. Acho que ela abordou bem as relações de imigração e o sentimento de desespero que isso gera em quem possa ser deportado. Mas falhou um pouco no relacionamento da personagem com o par romântico dela, o que é uma pena. Mas não por isso deixo de recomendar. 

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