Resenha de "A Menina da Neve" (Eowyn Ivey)

Título:  A Menina da Neve
Autor: Eowyn Ivey
Editora: Novo Conceito (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Alasca, 1920: um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem filhos, eles estão se afastando cada vez mais um do outro. Em um dos raros momentos juntos, durante a primeira nevasca da temporada, eles constroem uma criança feita de neve. Na manhã seguinte, a criança de neve some. Dias depois, eles avistam uma criança loira correndo por entre as árvores. Uma menina que parece não ser de verdade, acompanhada de uma raposa vermelha e que, de alguma formam consegue sobreviver sozinha no frio e rigoroso inverno do Alasca. Enquanto Jack e Mabel se esforçam para entender esta criança que parece saída das páginas de um conto de fadas, eles começam a amá-la como se fosse sua própria filha. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como aparentam, e o que eles aprenderão sobre essa misteriosa menina irá transformar a vida de todos.

Fechei esse livro pensando em como ele era triste, e como ao mesmo tempo era tão bom. Gostoso de ler até nos momentos incertos, e dolorido em vários graus por conta do relacionamento dos personagens.

Como diz a sinopse, começamos acompanhando Jack e Mabel, um casal maduro que resolve se mudar para o Alasca, em prol de reconstruir suas vidas depois que seu único filho nasce morto. Mabel acredita que eles só precisam se afastar de tudo da vida anterior para que fiquem bem, cuidando do terreno, da casa, e vivendo um em função do outro. 

As coisas ficam difíceis quando o dinheiro acaba e o inverno chega, adiando o plantio e deixando Jack desesperado, sem saber o que fazer para sustentar a si mesmo e a esposa., a quem anda cada dia mais distante emocionalmente, como se o frio do Alasca também tivesse congelado seus corações. 

Em um dia aparentemente bom, o casal faz uma menina de neve no jardim de casa, com cachecol e luvas. Tornando uma noite gostosa para ambos, como há muito não tinham. Só que no outro dia o cachecol e a luva somem, como também a menina de neve, e rastros de pegadas partem de onde estava a boneca até a floresta. Isso se torna um mistério para o casal, e faz Mabel se lembrar de uma história antiga que ouviu do pai, sobre uma menininha que foi criada da neve, e que volta para ela depois de certo tempo. 

E como um passe de mágica, ambos começam a ver uma menininha arrodeando a residência ao lado de uma raposa. Ela não fala com ninguém, e quando eles vão atrás dela, a garota desaparece na floresta. 

Até o dia em que ela vai cedendo, e tomando espaço na vida do casal de maneira singular. Para as outras pessoas do povoado a garota não existe, e aquilo é uma alucinação provocada pelo frio. Para eles, é um milagre. Jack, mais racional, acredita que a menina é real e vive na floresta, como um Mogli ou Tarzan. Mabel já acha que ela foi de fato criada no dia da menina de neve. 

Acontece que a garotinha nunca dorme com eles, não suporta muito tempo o calor, e costuma sumir nas outras estações do ano que não o inverno. Mas a essa altura o casal já não quer saber de onde ela vem ou para onde vai, e se contentam em ter um pouco dela poucas vezes ao ano. 

Isso é o que vocês que não leram precisam saber para entender o pano de fundo, mas não é a única coisa interessante da história. Provavelmente isso não é nem metade dela, já que temos momentos distintos desse livro, com a menina criança e outro com ela mais velha. 

Não se sabe, nem mesmo quando o livro acaba, se ela é real ou uma menina surgida da vontade de um casal de velhos de ter filhos. Isso foi uma das coisas que mais me angustiou, e que mais me deixou feliz por ter lido esse livro. Não é necessário uma resolução de todos os mistérios para se ter uma boa história, e essa é uma boa história. 

A autora soube aprofundar os relacionamentos dos personagens de maneira poética, e eu realmente me senti ligada a Mabel, Jack, os amigos, e a menininha. A ingenuidade dela juntamente com a inteligência eram singulares e incríveis. O livro tem o clima frio do inverno do Alasca, mas consegue ser aconchegante com o leitor. Como se estivesse sentado em frente a uma lareira, comendo biscoitos com leite e ouvindo histórias da vovó. 

Eu gostei de coração do livro! Tive um ou outro problema com ele, mas nada que apague o quanto foi envolvente e forte para mim. Triste, sim, mas aplicável a tudo que a autora criou. Ele realmente tinha que acabar daquele modo, por mais revoltante que tenha sido para mim. Os sentimentos estavam lá, todos eles, os bons e ruins, e para mim isso bastou. 

Resenha de "Não olhe para trás" (S.B. Hayes)

Título: Não olhe para trás
Autor: S.B. Hayes
Editora: Bertrand Brasil
Skoob: Adicionar

Sinopse: Desde a infância, Sinead é compelida a cumprir uma promessa a seu manipulador irmão Patrick: a de que sempre seguirá os passos dele. Quando ele desaparece misteriosamente, ela então se vê obrigada a procurá-lo. As dicas que Patrick parece deixar sobre o seu paradeiro levam-na à Casa Benedict, um lugar onde o tempo não tem sentido — onde um segundo parece durar uma eternidade.Lá, ela conhece James, que está em busca de respostas sobre o seu passado, e por quem se apaixona. Juntos, os dois descobrirão verdades terríveis que irão testá-los até o limite. Apesar de seu novo amor, Sinead permanece aflita por Patrick e acredita que ele, de alguma forma, seu irmão está por perto e a observa. E ela não conseguirá descansar até encontrá-lo.

Queria ter gostado desse livro. Queria MESMO que ele tivesse funcionado para mim como um sobrenatural jovem adulto que me desse um certo medinho, e que tivesse um desfecho maravilhoso. Mas não foi o caso por muitos motivos.

Nunca li nenhum livro da autora, mas a premissa do livro era típica das histórias que costumo gostar. Algo entre suspense e sobrenatural, como foi com Mara Dyer. E como a autora era conhecida com ótimas críticas justamente por esse gênero, resolvi arriscar. Precisei de mais de mês para concluir essa leitura e entender que não era para mim. Que na verdade estava com muita raiva da autora ter tido uma ideia incrível, mas um desenvolvimento fraco. 

Sinead é uma adolescente cheia de problemas. Mora com a mãe e tem um irmão mais velho, que logo no início da história sabemos que está desaparecido e que deixou pistas para que a irmã pudesse encontrá-lo, como faziam quando eram crianças. Também logo no início entendemos que ela não se dá muito bem com Patrick, o irmão desaparecido, e que a mãe é uma louca psicótica que tem uma fissura por esse irmão, e que parece não dar a mínima para ela. 

Essa é a premissa básica desse livro: irmão desaparecido deixa pistas macabras para que Sinead o encontre. Menina cheia dos problemas sociais que parece viver num mundinho isolado e que se sente na obrigação de ajudar porque ele é seu irmão. 

O que me incomodou desde o início aqui foi justamente a forma com a qual Sinead e a mãe tratam o desaparecimento de Patrick. E o modo como a própria polícia reagiu a isso, sem dar a mínima para um jovem desaparecido. As pistas eram legais e curiosas, e isso foi um ponto positivo, mas Sinead parecia meio doida quando o assunto era Patrick e as loucuras que ele fazia. Parecia que eu estava lendo uma história de uma personagem em um mundo paralelo onde só havia uma mãe que não ligava se a filha passava dias sumida procurando o outro filho, um amigo que gostava de sofrer nas mãos dessa garota, e ela, com as peculiaridades que pessoalmente não consegui entender nem quando foram explicadas na história. 

Uma das pistas de Patrick acaba levando até uma mansão aparentemente abandonada um pouco afastado da cidade. A Casa Benedict. As coisas ficam mais estranhas ainda quando ela passa a trabalhar uns dias por lá em prol de receber uma outra pista de uma freira maluca e sinistra que vive na propriedade. Como diabos uma pessoa aceita um convite desses em um lugar assombroso e feito por uma mulher assombrosa? Isso não entrava na minha cabeça, gente!

E quando um outro personagem entra na história, fazendo com que a fria Sinead se apaixone completamente em um espaço ridículo de dez dias, é que o negócio fica pouco lógico e que passou a me dar agonia de ler. O clima do livro lembra bastante o dos livros do Zafón, que considero um autor perfeito em descrições de lugares e pessoas. De fato Hayes descreve bem as locações, mas se afasta absurdamente de Zafón quando força uma situação que não condiz com quem é a personagem. Algumas autoras tem mania de fazer isso. 

E então quando a história acaba revelando o paradeiro de Patrick, o babado fica confuso pra caramba e não me deixou entender o que a autora queria com aquela explicação. Na verdade o livro inteiro é um apanhado confuso do cacete! As ideias eram brilhantes, mas foram trabalhadas de maneira errada na construção das coisas que deveriam ter sido aprofundadas, e mesmo quando ela usa a mitologia com uma boa mistureba de Dante Alighieri, o que deveria agradar bastante o leitor, voltou a confundir as ideias. 

Existe um final, e não tenho como dizer que ele ficou com pontas soltas, só que ficou pouco crível. Daí vocês dizem: mas, Carol, é um sobrenatural e abre brechas para esse tipo de situação. Pois é, concordo, mas onde fica a lógica do que passei 300 páginas lendo? Se Sinead fosse outro tipo de garota eu poderia entender, mas ela não era, e isso fragilizou a narrativa, ao meu ver. É cruel o que fazem com ela, e cruel como ela aceita de boa, sem consequências alguma em sua vida ou na das pessoas (duas?) que a cercam. 

Enfim, queria ter gostado mais pela ideia ser tão boa, mas infelizmente não gostei de como foi escrito esse livro, e das resoluções - em relação a personagem - dele. 

Resenha de "Ligeiramente Escandalosos" (Mary Balogh)

Título: Ligeiramente Escandalosos
Autor: Mary Balogh
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras damas da alta sociedade: impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa – até mesmo do amor.Até que o destino lhe apresenta Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível. Quando ambos se encontram a caminho da pacata cidade de Bath, a química entre os dois é imediata.
Entre encontros e desencontros, conflitos e provocações, Joshua faz uma proposta inusitada: pede que Freyja finja ser sua noiva, para evitar que uma artimanha de sua tia o leve a se casar com a própria prima.
Para uma dupla que acha graça das convenções sociais, esta parece ser a oportunidade perfeita para se divertir. Mas a brincadeira acaba trazendo consequências inesperadas. Aos poucos, suas máscaras vão caindo e ambos se revelam pessoas bem diferentes do que aparentam.
Neste terceiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh se aprofunda ainda mais nos segredos e desejos dessa família incomum e extremamente sensual.

Romances de época são sempre gostosos para serem lidos numa tarde fria de inverno, ou em uma tórrida de verão. Com a praticidade de serem lidos rapidamente, qualquer lugar e qualquer hora é hora para sentar e ler um desses livrinhos. 

Se não me engano esse é o terceiro livro dessa série da Mary que leio. Gostei pouco do primeiro, o segundo já achei uma delicinha, e esse foi um deleite, principalmente por causa de Freyja, que é minha Bedwyn predileta do grupo de irmãos. 

Nesse livro a jovem está de viagem, indo ficar algumas semanas na casa de uma amiga para poder fugir do nascimento do filho do eterno amor de sua vida. Nesse viagem ela acaba esbarrando em Joshua, que é um cínico e um libertino incurável. Claro que de início rola aquela animosidade por parte de Freya, que tem muito orgulho e força de vontade para se dobrar ao charme do jovem, mas ainda assim a forma com a qual ele aparece fica guardado na cabeça dela pela peculiaridade com a qual aconteceu. 

Eles voltam a se encontrar em outro momento constrangedor, e Joshua acha delicioso a forma atrevida com a qual Freya se comporta com o mundo, sem se preocupar com o que os outros vão achar da moral dela por agir de um jeito ou de outro que não seja condizente a uma dama da sociedade da época. 

Por conta de um casamento com uma prima que estão querendo empurrar para ele, Joshua propõe a Freya que finjam um noivado por um tempo, até que as coisas se acalmem e a pressão pare. Ela é a única mulher que aceitaria um plano maluco desses, o que realmente faz sem pestanejar, até porque para ela também é meio que uma fuga de um outro problema. 

Só que esse noivado de mentirinha acaba virando uma bola de neve quando uma série de fatores passam a unir esses dois. E o que parecia simples no início, fica complicado com o envolvimento das famílias e o relacionamento deles que começa a amadurecer aos poucos. 

Bom, como adoro a protagonista, esse foi um livro fácil para mim. A autora criou um casal que se completa de maneira orgulhosa e birrenta, características típicas de Joshua e Freya. Eles separados eram ótimos de acompanhar, mas eles juntos eram uma graça. Um tinha sempre o que retrucar do outro, mas sempre estavam lá, caso caíssem. Foi um relacionamento que cresceu de forma singela e sem que eles percebessem, até o momento em que estavam completamente ligados um ao outro. 

A autora também insere a problemática da história de modo suave e curioso. O leitor fica a todo momento querendo saber o que aconteceu no passado de Joshua , e como foi exatamente que a situação entre Freya e seu antigo amor chegou naquele ponto insuportável. 

É um romance, e tem todas as características desse tipo de livro, mas tem um diferencial sutil quando se trata do desenvolvimento dos dois protagonistas em relação aos seus problemas individuais e a eles como casal. Achei bem feito e fez com que a leitura acontecesse mais rápido do que planejava que fosse. Eu realmente tive vontade de não largar esse livro, e isso é raro para mim, que não morro de amores por romances tanto assim. 

Enfim, indico demais a leitura! Dá para ser lido individualmente, mas é legal quando se acompanha a linha da história como foi escrita. 


Resenha de "IT - A Coisa" (Stephen King)

Título: IT - A Coisa
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Skoob: Adicionar

Sinopse: Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em 'It - A Coisa', clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.


Melhor e Pior de Outubro


Lógico que dá para saber pela foto quais os livros entraram nesse vídeo, mas é preciso dar uma conferida para saber o motivo que me fez colocar justamente esses dois por aqui.
Então vai lá ver!


[Papo de Mãe Leitora] Ler antes de dormir? Só se o filho deixar


Essa semana cheguei em casa enfadada. Trabalho perto, mas o sol anda tão quente que o caminho de lá para cá passa a ser uma andada no deserto do Saara (sou exagerada mesmo). E essa temperatura está no Brasil em peso, então não tenho muito porque me explicar. Vocês sabem do que estou falando. Vai dizer que nunca sentiu como se tivesse passado a manhã na praia, sem a parte da cervejinha gelada, depois de um tempo andando no sol?  Aquele peso no corpo me mata! 

O fato é que todos os dias quando chego em casa minha rotina é a mesma: olhar se Rafa comeu, se tirou a farda. o que está fazendo e conferir o que tem na agenda da escola. Só depois consigo almoçar e ainda tiro um cochilo de meia hora, dependendo dos meus afazeres do dia, e quando acordo vou ajeitar o que precisa na casa. 

A noite o processo é: Dar banho nele, fazer a tarefa (o que é um martírio), ajeitar a janta, e então sento para ler alguma coisa. Isso perto de nove horas, quando apago a luz do quarto e o coloco para dormir. Ou tento, porque como dormimos no mesmo quarto, não fico completamente no escuro, já que também tenho minhas funções como blogueira e preciso cumprir minha meta de leitura do dia, que costuma ser 150 páginas. Coisa que só faço nesse horário, a não ser em finais de semana. E o fato de ter o mínimo de luz possível faz com que o sono do menino vá para qualquer lugar, menos o corpinho dele. 

É nessa hora que Rafael decide conversar. Passo o dia querendo saber como foi a manhã dele, mas é na hora que deito para dormir que ele fala sobre o amiguinho que brigou com ele, ou que foi para a cadeira do castigo porque não quis fazer a tarefa. Costuma ser nessa hora também que me diz a lista - enorme - do que ele quer para o natal, e quando ele estará disponível para me ajudar a escrever a carta do Papai Noel. 

Quando dou um basta na conversa e o mando dormir - pela quinta vez - ele chega ao lado da minha cama e diz que escutou um barulho embaixo da cama dele e que está com medo. Então cedo um espaço na minha cama minúscula, e faço carinho até ele ficar molinho. 

É nessa hora que pego o livro, e nisso já passa das onze. Pois justamente ele desperta, pede água e volta a conversar sobre o Minecraft que jogou naquela tarde. Sinceramente? Só tenho vontade de chorar de desespero. 

Então o que faço? Levanto, dou água, desisto de ler, apago a luz e volto o carinho até ele pegar no sono. Só então abro o livro, o que não dura nem meia hora poque costumo desmaiar em cima dele. Acordo no meio da madrugada cheia de dor no braço porque Rafa dormiu em cima, e com os óculos tortos na cara. Levanto, ponho ele de volta na cama, tiro os óculos e vou dormir. 

Claro que nem todos os dias é esse sufoco, mas a maioria deles é. Nos dias difíceis eu me esforço para transferir a meta de leitura para o dia seguinte, juntando duas. Nesses dias eu perco a meia hora de cochilo da tarde e roubo um tempo de trabalho das manhãs para ler. Tenho trabalho a fazer, e filho para criar. No fundo a gente faz o que pode com o que tem, e me acho uma guerreira por isso. 

Não é fácil ser mãe, não é fácil ser mãe solteira e não é fácil ser mãe solteira e blogueira. Duvido alguma de vocês que seja mãe não ter passado por algo parecido ao menos uma vez num mês. E nem me venham dizer que o problema dele é falta de limite. Acredite, ele tem limites, e costuma ser um menino que os segue de modo quase religioso. Mas a hora de dormir é um tormento para ele, e por consequência para mim também. Acredito que o fato de Rafa não ter um "cantinho todo seu", influencie muito na rotina da criança. Mas o que se pode fazer? Tem meses que não consigo nem pagar todas as minhas contas, quem dirá arrumar um canto para nós dois! 

Cada caso é um caso, e todos devem ser entendidos dentro das capacidades de cada mãe e de cada criança. Não é? Pois é! Vou fazendo o que dá, continuando a dormir com os óculos tortos no rosto. 


Resenha de "Ruína e Ascensão" (Leigh Bardugo)

Título: Ruína e Ascensão
Autor: Leigh Bardugo
Editora: Gutemberg (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: A capital caiu.O Darkling comanda Ravka em seu trono das sombras. Agora o destino da nação depende de uma Conjuradora do Sol arruinada, de um rastreador desonrado e dos cacos do que antes fora um grande exército mágico.
No fundo de uma antiga rede de túneis e cavernas, uma fraca Alina deve se submeter à duvidosa proteção do Apparat e daqueles que a veneram como uma Santa. Porém, sua mente está na busca pelo misterioso pássaro de fogo e na esperança de que um príncipe foragido ainda esteja vivo.
Alina deverá formar novas alianças e deixar de lado velhas rivalidades, enquanto ela e Maly buscam pelo último dos amplificadores de Morozova. Mas assim que começa a elucidar os segredos do Darkling, ela descobre um passado que mudará para sempre seu entendimento sobre a ligação que os une e o poder que ela carrega. O pássaro de fogo é a única coisa que está entre Ravka e a destruição — e reivindicá-lo pode custar a Alina o futuro pelo qual ela tem lutado.

Gosto de fantasias bem escritas, e posso encher a boca para dizer que Leigh Bardugo é especialista nisso de muitas maneiras diferentes. Acho que um bom livro fantástico te tira da zona de conforto do conhecido e te joga em algo tão novo que você se prende justamente pela expectativa do conhecimento. Foi o que ela fez com a trilogia Grisha, 

Como é o fechamento de uma série, não vou me ater ao que acontece de fato na história. Vocês precisam ler os livros anteriores para, no mínimo, entender o que significa um Darkling, que é o básico para se inserir nesse mundo magnífico. Então vou comentar sobre as minhas impressões com o livro como fechamento de uma série, e sobre a evolução dos personagens. 

De modo geral Ruína e Ascensão foi uma surpresa para mim. Não a princípio, porque de fato esperava por aquilo. Só achei que o meio da história foi uma transição para explicar como estava o mundo com o reconhecimento da Santa Alina, e como conclui o duelo entre os dois protagonistas principais. Mas quando cheguei ao final, depois de esperar tanto por ele de forma quase homérica, meio que fiquei sem reação aos acontecimentos que a autora ia inserindo numa rajada quase de metralhadora. Não que tenha sido ruim, porque de fato não foi; apenas surpreendente em muitos aspectos. 

O crescimento de Alina é quase palpável nesse terceiro livro. Ela tanto pode se apresentar como uma pessoa generosa, como também ter ciência de que não dá para ser legal sempre, e que todo mundo, tendo poderes terríveis ou não, está sujeito em algum momento a mudar de lado simplesmente movido a um sentimento. Isso a autora deixou bem claro, só achei que faltou explorar esse outro lado de Alina, como também abrir uns capítulos extras para entendermos o que se passava na cabeça do fantástico vilão dessa trilogia. 

As relações sociais também evoluem bastante por aqui. A menina que costumava ser banida dos círculos passa a ser uma líder para muitos dos que a perseguiam. Também passa a ser vista como uma Santa por metade das pessoas, o que a irrita bastante. Maly também tem um crescimento nessa história, só não sei se foi forçado ou proposital. Até o livro anterior Maly para mim era só um coadjuvante que rondava por ali fazendo nada de importante. Dai veio esse livro e "bum", o cara se revelou. Não gosto mais de Maly pelos acontecimentos dessa história, mas ele provou seu valor de maneira correta. 

É interessante ver a evolução da protagonista e dos relacionamentos dela quando chegamos nas últimas páginas, onde parece que um ciclo se fecha e ela meio que volta a ser a Alina do princípio, só que mais madura e consciente de seu novo lugar no mundo. O problema é que esse novo lugar passa longe de ser o que esperávamos que fosse, mas de alguma forma me colocou para pensar sobre a jornada do herói na fantasia, e como quase todo livro bem escrito no gênero o personagem é cíclico, como o caso de Frodo Bolseiro em O Senhor dos Anéis, que volta para o Condado com uma sensação de vazio. Então, sim, é nostálgico ao ponto de apertar o coração. 

O único motivo de não ter dado cinco estrelas a Ruína e Ascensão foi o meio da história, que achei bastante cansativo, redundante e pouco funcional. O final também me incomodou um pouco. Mesmo que tenha amado a forma como Bardugo concluiu a trama, fiquei meio chateada de não ver o embate final da forma como gostaria de ter visto. Esperei muito por aquilo, e foi bem diferente. Mas tudo bem, porque a mulher soube como escrever o bendito fim. 

É uma série que gostaria bastante de ver nas telas do cinema. Acho que esse clima de fantasia russa iria pegar muito bem para os fãs do gênero. Vamos esperar que algum ser abençoado descubra essa maravilha e queira adaptar. 

Foi uma série que amei de modo geral. Tive meus altos e baixos com ela, mas é muito difícil um livro de fantasia não deixar essa sensação no leitor. Contudo digo e repito que se você quiser ler uma fantasia bem construída e bem escrita, aposte com gosto na trilogia Grisha. 

[TOP 5] Livros que precisam vir para o Brasil (Parte 2)


Algum tempo atrás fiz uma primeira versão dessa postagem, que vocês podem conferir aqui. Queria conseguir fazer dela, mas para isso preciso garimpar ideias nos sites e canais estrangeiros, e minha peciência é pouca para isso. 
Em todo caso eu deixei juntar mais um grupo de cinco livros que gostaria de ler por aqui, e trouxe para vocês conferirem. A tradução da sinopse foi feita por mim, que não sou tão boa assim, então relevem alguns errinhos se acharem. 


Título: The Accident Season
Autor: Moira Fowley-Doyle
Nota no Goodreads: 3.71
Série? Até agora não. 

Sinopse de tradução livre: A temporada de acidentes tem sido parte dos dezessete anos de Cara desde que ela consegue se lembrar. Em final de outubro, prenunciado mortes de muitos parentes da família dela. Nessa época eles se tornam inexplicavelmente propensos a acidentes. Então banem facas para gavetas trancadas, cobrem bordas afiadas da mesa com estofamento, desligam itens elétricos - mas as lesões seguem onde quer que vão, e a temporada de acidentes se torna uma obsessão e um medo crescente.
Mas por que são tão amaldiçoado? E como eles podem se libertar?


É o tipo de livro que tem cara das publicações da Galera Record. Pessoalmente achei a sinopse bastante interessante e misteriosa. Tem algum tempo que paquero esse livro lá fora, e espero que alguma editora solidária o compre por aqui.


Título: Vengeance Road
Autor: Erin Bowman
Nota no Skoob: 3.91
Série? Até agora não
Sinopse de tradução livre:Vingança vale o seu peso em ouro.
Quando seu pai é assassinado por causa de um diário que revelava a localicação de uma mina de ouro escondida, dezoito anos atrás, Kate Thompson se disfarça como um menino e vai para as planícies arenosas à procura de respostas e justiça. O que ela encontra são estranhos não confiáveis, poeira interminável, calor, e uma bando surpreendente de aliados, entre eles um jovem menina Apache e um par de irmãos teimosos que se recusam a sair andando em sua sombra. Quanto mais Kate se aproxima dos segredos sobre sua família, uma verdade surpreendente se torna claro: alguns homens não vão parar por nada para colocar as mãos no ouro, e a busca de Kate por vingança pode ser fatal

Olhe só essa capa! Se qualquer editora lançar essa belezura por aqui, favor manter esse primor de arte. Foi ela quem me chamou atenção de início a Vengeance Road. A segunda coisa foi o fato da personagem se disfarçar de menino, provavelmente por ser uma sociedade bem machista com as mulheres. Adoro personagens assim! E curto bastante livros de viagem, como é o caso desse. Então é torcer para que ele aporte por aqui. 


Título: This Savage Song
Autor: Victoria Schwab
Nota do Goodreads: 3.92
Série? Sim. O primeiro livro da série Monsters of Verity

Sinopse de tradução livre: A cidade de Verity foi invadida por monstros nascidos da pior maldade humana. No Norte de Verity, os Corsai e os Malchai correm livres. Sob o governo de Callum Harker, os monstros matam qualquer ser humano que não pagou para a proteção. No Sul, Henry Flynn caça aos monstros que cruzam a fronteira para o território dele, auxiliados pelos monstros mais perigosos e mais escuros de todos -os Sunai, criaturas escuras que usam a música para roubar almas de suas vítimas.
Como um dos únicos três Sunai existentes, August Flynn sempre quis desempenhar um papel maior na guerra entre o norte e o sul. Quando a oportunidade surge para manter um olho sobre Kate Harker, filha do líder do Norte Verity, August salta sobre ela.
Quando Kate descobre o segredo de August, o casal começa a correr por suas vidas e lutam contra monstros de ambos os lados do muro. Como a cidade se dissolve no caos, é a eles que cabe promover a paz entre monstros e seres humanos.
O motivo mais forte que me fez selecionar esse livro foi - com certeza - ter sido escrito pela Victoria, que é a mesma escritora de The Archived, que se não me engano está sendo traduzido pela Bertrand para aportar em nossas terrinhas. Adoro as ideias dela para enredo! E ainda que a sinopse de This Savage Song me lembre um pouco a série Dominion, ou algo no estilo, estou bem curiosa para saber como ficou o livro. É esperar que a autora faça sucesso com The Archived, e daí a editora resolva trazer mais livros dela. 


Título: Frozen
Autor: Melissa de la Cruz e Michael Johnston
Nota no Goodreads: 3.61
Série? Sim. O primeiro da série Heart of Dread

Sinopse de tradução livre: Situado em 111 C.D., 111 anos depois de um desastre catastrófico que dizimou 99% da humanidade e deixou a terra coberta de gelo, esta nova série apresenta aos leitores um grupo desorganizado de amigos e da aurora de um novo tempo. O mundo da razão, da matemática e das ciências está terminando, e uma nova civilização está nascendo a partir do gelo: um mundo de magia e caos, feiticeiros e feitiçaria.




Frozen foi um livro que já li, tamanho minha curiosidade acerca dele. Nunca fiz resenha por aqui, mas tenho pretensões de um dia fazer. Talvez depois que alguma editora compre a série, e depois de ter lido em português. Vamos combinar que em alguns casos ler em inglês é perder alguma piada que alguém contou e você não entendeu. Tinham muitos termos próprios e eu me perdia neles. Não que o livro tenha sido genial, porque ele está mais para maluco e cheio de informação, mas de modo geral eu curti e tenho muita vontade de ver o que os tradutores poderiam fazer com essa obra.


Título: Illuminae
Autores: Amie Kaufman e Jay Cristoff
Nota no Goodreads: 4.27
Série? Sim. O primeiro da série The Illuminae Files

Sinopse de tradução livre: Esta manhã, Kady pensou que romper com Ezra fosse a coisa mais difícil que ela teria que fazer.
Esta tarde, seu planeta foi invadido.
O ano é 2575, e dois megacorporações rivais estão em guerra sobre um planeta que é pouco mais do que uma partícula coberta de gelo na borda do universo. Pena que ninguém pensou em avisar as pessoas que vivem nele. Com o fogo inimigo a chover sobre eles, Kady e Ezra são forçados a lutar e ir para uma frota de evacuação, com um navio de guerra inimigo em perseguição.
Mas seus problemas estão apenas começando. A praga mortal foi instaurada e é mutante, com resultados terríveis; AI da frota, que deve ser protegê-los, pode realmente ser seu inimigo; e ninguém no comando vai dizer o que realmente está acontecendo.

Não é segredo para ninguém aqui o quanto sou louca por livros nesse estilo! Pós-apocaliptico, governos totalitários e naves espaciais? Pelo amor de Deus, estão esperando o que para lançar essa belezura aqui? Estão falando tão bem de Illuminae lá fora que minha curiosidade com ele só aumenta.  

[Vídeo] Leituras do mês de Outubro


O mês foi bastante proveitoso, de modo geral. Posso não ter lido 11 livros magníficos, mas li livros magníficos ainda assim. Confiram o que li esse mês  de Outubro. O vídeo ficou longo, mas eu tinha muita coisa a dizer sobre a maioria deles.


[Filme] Mr. Holmes









Sinopse: 1947. O famoso detetive Sherlock Holmes (Ian McKellen) está com 93 anos, aposentado, vivendo em uma casa remota no litoral com sua governanta Mrs. Munro (Laura Linney) e o filho dela, o pequeno Roger (Milo Parker). Lidando com a deterioração da sua mente por causa da idade, ele continua obcecado com um caso que nunca conseguiu decifrar. Sem a companhia do seu fiel escudeiro Dr. Watson, Sherlock tentar desvendar este último mistério.


Sherlock é, para mim, o maior detetive já criado em toda a literatura, cinema e qualquer outro meio artístico onde se precise de um detetive. Tenho uma paixão por esse personagem e não é de hoje, e talvez por isso cobre demais de qualquer história baseada nele, ou filmes e séries feitos usando o detetive como pano de fundo. Esse foi o motivo que me fez amar o seriado Sherlock, e odiar o Elementary. 

Quando soube que Mr. Holmes iria ser lançado eu fiquei com um pé atrás. Um Sherlock aposentado? Algo me deixava insegura com isso. Contudo eu amo as atuações seguras de McKellen, e o trailer revelava que esse seria outro papel em que ele arrasaria, como sempre. Então tomei coragem e sentei para ver, morrendo de medo de odiar a forma como retratariam esse Sherlock, e posso dizer que sofri uma relação complicadíssima de amor e ódio por esse filme.


Sim, McKellen está fenomenal! Ele é um ator maduro e transmite isso na calma com a qual interpreta seus personagens, e não foi diferente com Holmes. Temos que lembrar que qualquer ator que pegasse um papel de um personagem tão famoso quanto Sherlock, tremeria na base. Mas mesmo com esse poder em cena que McKellen tinha sem nem ao menos abrir a boca, eu senti falta da eletricidade que sempre emanou de Holmes. Ele é um homem de pensamento rápido e de rompantes de insanidade, em muitos momentos. Claro que não dá para fazer isso com 90 e tantos anos, como o personagem interpretado por McKellen, e até que fizeram um Holmes idoso e lógico na medida certa, mas senti falta. Muita falta. 


Outra coisa que me incomodou foi a solidão dele. Sempre foi um personagem solitário, mas contava com o persistente Watson e uma vez ou outra o irmão Microft para favorecer sua personalidade antipática. No caso desse filme ambos já estão mortos, e me dava uma pena estúpida de ver Holmes tão sozinho. 

Ele está morando numa casa de campo junto com a governanta e o filho dela, uma criança inteligente que logo se afeiçoa a Sherlock, que por sua vez também se liga ao garoto, indo contra a tudo o que eu acreditava do "social" dele. Mas novamente entendi o ponto de vista. Um homem prestes a morrer e doente tinha que se apegar a alguma coisa. O Holmes de McKellen é muito mais simpático do que de fato o Sherlock Holmes é. 


Eles usam uma pequena resolução de caso como pano de fundo. Na verdade Holmes tentando lembrar do último caso que trabalhou e que o traumatizou por completo ao ponto de querer se aposentar. Alternando entre presente e esse passado. o caso é revelado aos poucos, como capítulos de uma novela. 

 Pessoalmente não gostei do caso, nem de como foi resolvido e acho que aquilo só foi colocado para nos lembrar de que era um filme sobre o grande Sherlock Holmes. Mas para mim não funcionou. Era melhor ter trabalhado com a velhice dele, sua solidão e o resultado do que ele foi quando mais novo, mesmo que isso gerasse muita crítica por parte dos fãs. Era uma nova visão sobre ele, e não me incomodaria nem um pouco em ver um lado diferente. Mas dai introduziram o caso, e achei um saco!


De modo geral é um filme cansativo. De ritmo lento e que pede muita paciência e perseverança de quem assiste. Para mim que sou fã, foi uma análise de como, de fato, seria um Sherlock Holmes idoso, e se as consequências de seus atos influenciariam em seu caráter já idoso. Tentei não criar expectativas, e dei graças a Deus de não ter feito isso, ou teria me decepcionado um pouco. Consegui olhar de outro modo, e foi agradável de acomoanhar. Tive minhas raivas com esse roteiro, mas McKellen salvou o filme para mim. 




É assim que começa... Os Bons Segredos


É assim que começa... é uma coluna onde apresento os primeiros parágrafos dos livros que leio. As vezes os livros nos ganham pelas capas, mas as vezes eles nos ganham pela primeira voz que ouvimos deles. As páginas falam...
Abra os olhos e escute-as! 



— O réu poderia se levantar, por favor?
Não se tratava de uma pergunta de verdade, embora soasse como tal. Eu tinha percebido isso desde a primeira vez que nos reunimos lá, nas mesmas circunstâncias. Era um comando, uma ordem. O “por favor” era só uma formalidade.
Meu irmão levantou. Ao meu lado, minha mãe ficou tensa e prendeu a respiração. Do jeito que pedem para você inspirar antes de um raio X, para que consigam ver mais, captar tudo. Meu pai olhava para a frente, como sempre, com uma expressão indecifrável. 

[Lançamento] Única e Gente em Novembro

Confiram os lançamentos da Única/Gente de novembro.
Podem ir preparando o caderninho de Wishlist para o final do ano porque essas editoras estão danadas!

Título: O Segredo da Queima de 48 Horas
Autor: Vinícius Possebon
Editora: Gente

Sinopse: Você tentou todas as dietas da moda e passou horas na academia sem obter resultados? Já abandonou as esperanças de encontrar um programa de emagrecimento que não tome tanto de seu tempo, não seja maçante e não se baseie numa dieta alimentar muito restritiva? Vinícius Possebon, personal trainer e coach especializado em saúde e boa forma, criou um método revolucionário e com ele já ajudou milhares de pessoas no Brasil a mudar seus hábitos e adquirir a forma física que sempre desejaram: o sistema Queima de 48 Horas, ou Q48, o programa número 1 de emagrecimento do país. O treinamento Q48 é focado em exercícios de alta intensidade e combina alimentação equilibrada e sem sacrifícios com a liberdade de realizar os treinos em casa — apenas 15 minutos diários para obter resultados de 1 ano em 8 semanas! Neste livro, Possebon traz informações sobre os princípios científicos que norteiam o Q48, como ele foi criado, por que é tão efetivo e, ainda, apresenta alguns estudos de casos de pessoas que aderiram a essa proposta e transformaram sua vida. E mostra que é possível, sim, emagrecer sem ser refém da academia e escravo das dietas malucas que o fazem sentir fome e logo perder a energia e a motivação.


Título: Extraordinária Mente
Autor: Sharron Lowe
Editora: Gente

Sinopse: Não há coisa pior do que enxergar quem você é agora e comparar isso com quem poderia ter se tornado. Este livro existe para ajudar as pessoas que se veem frustradas, ou que estão inseguras e não se sentem no controle do próprio futuro profissional e, portanto, não acreditam que podem obter o que querem. E, sobretudo, este livro se destina a quem está exausto, sentindo-se apático e sem energia, dinamismo e entusiasmo. Sharron Lowe é coach de marcas globais de luxo como Chanel, Calvin Klein, Estée Lauder, Clinique, Parfums Christian Dior e Lancôme, e desenvolveu técnicas para transformar essas marcas e as pessoas que trabalham nelas, tornando-as verdadeiras máquinas de sucesso e poder. Depois de ter milhares de clientes transformados, Lowe apresenta neste livro um método para que você também se transforme e crie um sucesso à prova de revezes. Lembre-se do lema da autora: Se você constantemente repete suas ações, sempre obterá os mesmos resultados.


 Título: Só se Vive uma vez
Autor: ?
Editora: Única

Sinopse: Quem nunca caiu em uma roubada? Seja por ter se apaixonado pelo cara errado, confiado numa “aminimiga” ou exagerado na bebida e quase perdido a dignidade... E, pior ainda, quem nunca repetiu essas mesmas roubadas? Este livro traz listas, questionários e diagramas para preencher que, além de fazê-la se conhecer melhor e aumentar a autoestima, vão ajudá-la a estipular novas metas e lembrá-la de não cometer os mesmos erros pela segunda — ou décima segunda — vez!

Resenha de "Perdido em Marte" (Andy Weir)

Título: Perdido em Marte
Autor: Andy Weir
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho. Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente. Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate. Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico e um senso de humor inabalável , ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá. Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de surpreender o leitor.

Não lembro da última vez que li um livro tão bem escrito quanto esse. Isso me deixa até um pouco triste de não ter pedido o livro assim que foi lançado, mas estupidamente alegre por ter me segurado em não ver o filme antes de contemplar essa maravilha escrita por um simples engenheiro de software. Sim, um engenheiro de Software escreveu o que provavelmente foi um dos livros mais inteligentes que li em muitos meses. 

Não tem muito o que se explicar da premissa dele. Uma missão em Marte, um pequeno acidente por conta de uma tempestade de areia, a possível morte de um dos astronautas, e o resto da equipe indo embora deixando o corpo lá, porque esse é o protocolo da NASA. O grande problema é que o astronauta não estava morto, e agora está em um planeta completamente sozinho, tentando sobreviver o suficiente até o dia seguinte, e o seguinte, e o seguinte...

O começo do livro é bem cansativo. Não por acompanhar as ideias malucas de Mark para sobreviver, até porque elas são super divertidas. Estou para ver outro personagem tão otimista quanto esse cara. Ele pode estar ferrado, mas sempre tira onda de tudo. O cansativo fica por parte das explicações que ele dá sobre como vai fazer as coisas funcionarem. Eu não entendia metade das suas divagações. Talvez se você entender um pouco de física, química, biomecânica, engenharia... e esse monte de troços nos quais eu nunca fui boa na escola, então fique mais fácil para você se adaptar a rotina de Mark. Eu sofri um pouco, e se não fosse o humor fantástico do cara, provavelmente teria abandonado. POR FAVOR, NÃO ABANDONEM ESSE LIVRO!!

O livro começou a pegar gás para mim quando a narrativa passa a acompanhar também o controle da NASA quando descobrem que Mark está vivo. Eles pensam em milhares de possibilidades de fazê-lo aguentar até a próxima missão para ser resgatado. Entendam que é uma agência bilionária e cheia de serviços, mas todos estão concentrados em um único astronauta que foi deixado em Marte, Em gastar bilhões de dólares para trazer o cara de volta. 

A partir dessa entrada dos personagens da NASA o livro pega um ritmo ótimo. Hora focando Mark e suas plantações de batata para sobreviver, hora se frustrando com as pessoas na Terra por nenhum plano parecer funcionar. A passagem de uma cena para a outra é totalmente complementar, principalmente nas cenas finais, onde o livro ganha aquele ritmo frenético de filmes espaciais e deixa a gente roendo os dedos. 

O foco do livro é Mark, e já digo que ele é - de longe - o melhor personagem de 2015, até agora. Mas isso não tira a importância de todos os outros coadjuvantes que aparecem. Para mim eles foram necessários, cativantes e nem um pouco cansativos. Parece que tudo se completa nesse livro de maneira primorosa. 

Era eu lendo o livro e pensando a todo momento quanto tempo o autor levou para escrever essa história brilhante. Quer dizer, o cara é um engenheiro de software mas teve que estudar pra cacete para escrever isso aqui. Apesar de ser uma ficção científica, a forma como é tudo descrito faz com que a situação de Mark pareça muito mais real do que é. É tanto que o danado do livro me fez chorar nas últimas páginas. Pow, eu tava torcendo demais pelo cara! E mesmo que seja um livro um tanto técnico pela quantidade de termos e dados que eu não entendia, ele também é loucamente emocionante ao ponto de me fazer chorar. Acredite, isso é raro! (P.s. Jamais direi se chorei de tristeza ou de alegria. rsrs)

Não é um drama cheio de "drama", se que é vocês me entendem. Mesmo com toda a problemática de se estar perdido em Marte, as coisas acontecem naturalmente e de maneira leve. Você começa a torcer por batatas e pela quantidade de resíduos nojentos e humanos que Mark precisa guardar para se manter vivo. 

Um livro, de fato, incrível! Com todas as letras que existem em "incrível", e com mais outras tantas que você conseguir arranjar para resumir o que é colocar tanta fé e trabalho em 340 páginas. Estou encantada com o personagem, com a narrativa limpa e perfeita de Weir, e com como as coisas se desenrolaram até aquele final. 

Agora vocês vão me dar licença porque vou correr ali para ver o filme, que espero que esteja pelo menos 50% tão bom quanto o livro é. 

[Lançamentos] Novembro com a Novo Conceito

Confiram os lançamentos - DELICIOSOS - da Novo Conceito para Novembro.


Título: A Desconhecida
Autor: Peter Swanson
Editora: Novo Conceito
Skoob: Adicionar

Sinopse: Uma história sombria, em uma atmosfera romântica e um quê de Hitchcock, sobre um homem que fora arrastado para uma trama irresistível de paixão e assassinato quando um antigo amor reaparece.de mentiras.Em uma noite de sexta-feira, a rotina confortável e previsível de George Foss é quebrada quando, em um bar, uma bela mulher senta-se ao seu lado. A mesma mulher que desaparecera sem deixar vestígios vinte anos atrás. Agora, depois de tanto tempo, ela diz precisar de ajuda e George parece ser o único capaz de salvá-la. Será que ele a conhece o suficiente para poder ajudá-la?




Título: Esperando por Doggo
Autor: Mark B. Mills
Editora: Novo Conceito
Skoob: Adicionar

Sinopse: Dan achava que tinha uma vida feliz com Clara, mas, de uma hora para outra, ela desaparece inesperadamente de sua vida, deixando para trás apenas uma carta de despedida e um cachorro. A pequena criatura é incomum e sequer tem um nome definitivo, ele é simplesmente chamado de Doggo. Agora, Dan tem a missão de devolver Doggo, e, ao mesmo tempo, encontrar um novo emprego. A primeira missão parece ser fácil, a segunda, nem tanto. Com o passar dos dias, Dan começa a desfrutar da companhia de Doggo e não tem coragem de abandoná-lo. De forma singela, mas significativa, a presença do pequeno cão ajuda àqueles que estão ao seu redor. Doggo acaba tornando-se muito mais que um amigo de quatro patas, transforma-se em uma verdadeira fonte de inspiração para o trabalho e para a vida de Dan. Esperando Doggo não é só um livro sobre um cachorro. É um livro sobre o poder de uma verdadeira e sincera amizade.


Título: Todos os nossos Ontens
Autor: Cristin Terrill
Editora: Novo Conceito
Skoob: Adicionar

Sinopse: O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo?Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse?
Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem?
Em um futuro não tão distante, a vida como a conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo...


Título: O Bangalô
Autor: Sarah Jio
Editora: Novo Conceito
Skoob: Adicionar

Sinopse: Verão de 1942. Anne tem tudo o que uma garota de sua idade almeja: família e noivo bem-sucedidos.No entanto, ela não se sente feliz com o rumo que sua vida está tomando. Recém-formada em enfermagem e vivendo em um mundo devastado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, Anne, juntamente com sua melhor amiga, decide se alistar para servir seu país como enfermeira em Bora Bora.
Lá ela se depara com outra realidade, uma vida simples e responsabilidades que não estava acostumada. Mas, também, conhece o verdadeiro amor nos braços de Westry, um soldado sensível e carinhoso.
O esconderijo de amor de Anne e Westry é um bangalô abandonado, e eles vivem os melhores momentos de suas vidas... Até testemunharem um assassinato brutal nos arredores do bangalô que mudará o rumo desta história.
A ilha, de alguma forma, transforma a vida das pessoas, e este livro certamente transformará você.

Resenha de "Primeiro e Único" (Emily Giffin)

Título: Primeiro e Único
Autor: Emily Giffin
Editora: Novo Conceito (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.
A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.

Essa foi minha primeira experiência com a autora que há tanto tempo ouço falar. Sinto em dizer que não foi uma boa experiência, como esperava que fosse. Na verdade foi um tanto enfadonha e não entendi porque ela precisou de quase quinhentas páginas para contar a história de Primeiro e Único. 

Enquanto escrevo essa resenha, paro para pensar no que posso contar a vocês que os faça entender o meu conflito com esse livro. Ele tinha uma ideia interessante, que fica clara assim que conhecemos a protagonista e a situação na qual ela se insere logo no início do livro. O meu problema foi com "como" Giffin desenvolveu essa história. 

Mesmo sem ter lido nada da autora, já vi resenhas o suficiente para entender que ela sabe criar um drama nas situações mais simples. Não foi o que vi com Primeiro e Único, que ficou tão voltado ao lado do futebol americano, que os poucos levantamentos interessantes foram apagados em cenas simplórias e momentos imbecis, que facilmente poderiam ter sido cortados das tantas páginas. 

Não senti o drama, Não senti a emoção e não me envolvi com os protagonistas no nível que achava ser possível se a autora tivesse enveredado a história dela para onde deveria ter ido. Se tivesse seguido a linha do que poderia ser um romance. 

Não entendo nada de futebol americano, e acho que se você for como eu, vai ficar perdidinha com metade desse livro. O fato de Shea ser uma jornalista esportiva e de um dos dramas da história ser um técnico de futebol, não faz com que quem leia queira ver só futebol. Se soubesse que seria assim não teria nem começado a ler. 

Gosto do personagem do treinador Carr e das densidades de relacionamento que ele tem na vida, mas como o livro era narrado por Shea, a gente não vê isso a não ser que ele esteja com ela, o que não nos dá momentos suficientes para entrar nesse climão que ficou a vida do cara após a morte da esposa. Em relação aos filhos, a Shea, ao futebol e aos amigos. Acho que se Giffin tivesse usado ele, e não ela, como protagonista, o negócio teria funcionado muito melhor. 

Acredito que não gostei de Shea porque ela não me fez sentir a agonia que ela própria estava sentindo com os sentimentos dela em relação a amor, trabalho e família. Ficou meio vago a forma como a autora inseria os problemas e simplesmente os esquecia na página seguinte. E algumas resoluções foram tão péssima que me deu vontade de rir. 

Repito que se ela tivesse usado a metade das páginas que usou para falar de times e jogadores que nunca ouvi falar, como de lances de futebol que não entendo patavina, focando nas problemáticas emocionais da protagonista, eu poderia ter facilmente gostado mais da história. Acho que só dei três estrelas por ter curtido os poucos levantamentos interessantes que temos aqui. 

Infelizmente não foi um bom começo com Giffin, mas não desisti dela. Se vocês tiverem outras dicas de livros dela para me dar, serei eternamente grata. Mas nada de futebol, heim! rsrs

Resenha de "Diário de um Zumbi Minecraft: Um desafio Assustador" (Herobrine Books)

Título: Diário de um Zumbi Minecraft: Um desafio Assustador
Autor: Herobrine Books
Editora: Sextante (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Você acha que os zumbis são diferentes da gente? Então ficará surpreso com o que vai descobrir. Você tem nas mãos o diário de um zumbi de 12 anos. Nestas páginas, você terá a oportunidade de conhecer o dia a dia na Escola Monstro e vai saber o que realmente se passa na cabeça de slimes, esqueletos, creepers, endermen e outros personagens do universo Minecraft. Entre um passeio para o Nether e um quase encontro com o Ender Dragon, o maior desafio na vida de um jovem zumbi está em jogo: conquistar Sally Cadáver e derrotar Jeff, o maior imbecil da escola. A vida (ou seria a morte?) de um zumbi não é nada fácil...


Esse livro foi muito mais instrutivo para meu filho de seis anos do que para mim. Primeiro porque a história é puramente para crianças, e depois porque não entendo nada sobre Minecraft, nem o motivo desses bonequinhos sem estética alguma agradar tanta gente por ai, inclusive meu pequeno, que joga uma partida do jogo pelo menos uma vez ao dia. 

Pelo o que entendi, esses livrinhos seguem a linha de diário que tem, por exemplo, o Diário de um Banana. Cada um conta um pedaço da vida do personagem em um determinado momento, em forma de diário, óbvio! Em primeira pessoa e com todas as impressões do protagonista. No caso desse livro em particular, conta a história de um Zumbi, com direito a comidas nojentas e corpo em putrefação, que está passando por um momento conturbado da sua pré-adolescência. 

Apesar de parecer asqueroso, posso afirmar com precisão que agradou bastante o leitor a que ele se destina. Meu filho conhecia todos os personagens citados e cada vez que aparecia uma figura ele a identificava no jogo. Pessoalmente não vejo graça no visual desse jogo, mas Rafael gosta e muito! 

Se tenho uma crítica a fazer é quanto as figuras utilizadas no livro. Como são livros para crianças, quanto mais coloridas, melhor! Elas são tão apagadas que quase não dá para identificar o gráfico. Se o problema for os custos, muda o tipo de capa - que é dura - e investe num material interno melhor. Tinham algumas páginas com apenas um parágrafo e eles poderiam ter economizado nisso e ter feito um livro mais fino e interativo. 

Como disse, não é minha praia e não entendo muito desse universo dos Minecraft, mas para quem curte eu achei o livrinho o maior barato! Rafael até levou para a escola para mostrar aos amigos e professora. E eu, como uma mãe leitora e babona, apoio qualquer tipo de leitura que envolva meu filho. Mesmo que ela tenha zumbis caindo aos pedaços e que estão entrando na puberdade.