Resenha de "Jackaby" (William Ritter)

Título: Jackaby
Autor: William Ritter
Editora: Única (Cedido em parceria)
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Sinopse: Jackaby - "Eu sou um homem de razão e da ciência. Acredito no que vejo e posso provar, e o que vejo geralmente é difícil para os outros compreenderem. Até onde eu descobri, tenho um dom ímpar. Isso me permite ver a verdade quando os outros só enxergam ilusão. E há muitas ilusões, muitas máscaras e fachadas. Como dizem, o mundo todo é um palco e parece que eu tenho a única poltrona da casa, com vista para os bastidores.” Abigail Rook deixou sua família na Inglaterra para encontrar uma vida mais empolgante além dos limites de seu lar. Entre caminhos e descaminhos, no gelado janeiro de 1892 ela desembarca na cidade de New Fiddleham. Tudo o que precisa é de um emprego de verdade, então, sua busca a leva diretamente para Jackaby, o estranho detetive que afirma ser capaz de identificar o sobrenatural. Contratada como assistente, em seu primeiro dia de trabalho Abigail se vê no meio de um caso emocionante: um serial killer está à solta na cidade. A polícia está convencida de que se trata de um vilão comum, contudo, para Jackaby, o assassino com certeza não é uma criatura humana. Será que Abigail conseguirá acompanhar os passos desse homem tão excêntrico? Ela finalmente encontrou a aventura com a qual tanto sonhara. Prepare-se para desvendar este mistério! Um livro destinado aos fãs de Sherlock Holmes e Doctor Who. Eleito o melhor livro jovem 2014 pela Kirkus Review e um dos 40 melhores YA da estação pela CNN e vencedor do prêmio Pacific Northwest 2015."


Lembro que quando soube que a Única iria lançar esse livro aqui no Brasil eu pirei. Sou uma maluca por Sherlock Holmes, e a proposta de Jackaby é bem parecida com a dele, só que com uma pegada um pouco mais sobrenatural. O que talvez tenha me surpreendido foi o elevado tom sobrenatural na história. Imaginei uma coisa, e encontrei outra. Não que seja ruim, mas diferente. Acho que ele é para um público mais juvenil. Contudo, repito, que ele agradará igualmente alguém com mais idade, se a pessoa se identificar com o clima. 

A história gira em torna de Abigail Rook, uma mulher sem um tostão no bolso, e altamente aventureira, que desembarca em uma cidade e vai em busca de emprego para se manter. Tendo muita dificuldade de encontrar, acaba pegando um anúncio para ser secretaria de Jackaby, um detetive desacreditado que mora numa casa maluca. 

De cara percebe-se que o homem não é normal. Tem um ótimo poder de dedução e diz as coisas mais absurdas achando que são super naturais. Invés disso afastar Abigail, acaba aproximando ainda mais ela da maluquice dele, e já cai em cima de um assassinato que aconteceu, e que Jackaby não foi convidado a ver a cena do crime, mas que vai mesmo assim, na maior cara de pau. 

A diferença de Jackaby dos demais detetives convencionais, é o poder que ele tem de enxergar coisas que mais ninguém vê. Como se fosse um sentido a mais. Então ele é o detetive perfeito para solucionar casos que não tem explicação porque, lógico, no mundo dessa história coisas como fadas, red cups e outros seres estranhos não só existem, como também praticam crimes. 

Entende-se logo de início que se trata de uma série de livros, já que esse foi muito mais uma apresentação da dupla que forma Jackaby com Abigail, do que necessariamente um foco nos assassinatos e resolução do crime. Então sim, isso é a ambientação.

É um livro gostoso para se passar um tempo, mas nada fantástico. Pode ser de fato porque esperei algo dele que não existia, ou porque Jackaby não me conquistou como o incrível Sherlock o fez, mesmo ambos sendo babacas estranhos. Abigail também não é uma personagem fabulosa, mas acredito que venha a ser. Ela tem momentos divertidos perto do detetive e do mundo mágico que o cerca. 

Também me irritei um pouco com a diagramação do livro. Em momentos de diálogos eu cheguei até a voltar a ler várias vezes um parágrafo para entender quem estava falando. Falas de personagens diferentes estavam no mesmo parágrafo e isso foi bem confuso. Não sei se foi o modo como o autor escreveu, mas para mim foi cansativo, motivo pelo qual demorei tanto para conseguir concluir a leitura (junto com minha ressaca). 

Estou torcendo para que goste mais do próximo volume. Não costumo me segurar muito nos livros ambientação, e daí me distancio da narrativa, mas estou confiante nessa série. Realmente espero me encantar mais com o próximo. 

Vamos esperar para ver. 

Resenha de "Fragmentados" (Neal Shusterman )

Título: Fragmentados
Autor: Neal Shusteman
Editora: Novo Conceito (Cedido em parceria)
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Sinopse: Fragmentados - Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .
Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.
O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo.

Vocês sabem o quanto sou suspeita quando o assunto é distopia. Por pior que ela seja, eu sempre consigo tirar algo de proveitoso. Fico feliz em dizer que Fragmentados tenha sido o livro que me tirou da ressaca infernal que estava, sendo, portanto, um dos livros que conseguiu se enquadrar na categoria de distopias com muitas coisas interessantes para relatar. 

Percebo que o mercado editorial é um mercado de tendências. Numa época em que muitos livros de vampiros faziam sucesso, os editores nacionais trouxeram vários deles lá de fora. E na época em que Jogos Vorazes estourou pelo mundo, outras tantas distopias vieram juntos, como também as tradicionais foram tiradas do canto empoeirado da estante. Pessoalmente não tenho o que reclamar disso, já que sou uma total alucinada pelo gênero. 

No caso de Fragmentados temos uma sociedade que proibiu o aborto - o que é uma coisa ótima, mas que determinou que os pais, a partir dos 13 anos de idade até os 18, podem colocar os filhos para a Fragmentação, que é exatamente o que diz o nome: Eles separam as partes que possam ser doadas de cada um, distribuindo pelos fisicamente necessitados. Não sei como isso pode ser mais humano do que um aborto. 

Dentro dessa sociedade maluca temos os três protagonistas dela. Connor, que sempre foi um garoto problemático e a quem os pais entrega para a fragmentação por isso. Risa, de quinze anos, que viveu a vida inteira num lar adotivo e que é indicada para a Fragmentação para diminuir as despesas do lugar. Por último temos Lev, de treze anos, que já nasceu destinado a ser um dízimo, um donativo para essa fragmentação. Ele é o único que de fato aceitou seu lugar no mundo. 

A vida desses três garotos se cruzam numa estrada, durante um acidente, e eles acabam seguindo viagem juntos, para longe das pessoas que querem fragmentá-los. E depois disso acontecem coisas suficientes para vocês ficarem com vontade de ler esse livro. 

Ok, temos situações que são padrões em distopias juvenis, como uma espécie de atração entre os dois personagens adolescentes. Contudo pelo fato de ter sido escrito por um homem, e homens terem a incrível fórmula de escrever sobre amor sem necessariamente ser um romance, essa parte do livro é extremamente delicada e quase invisível. Os laços que unem esses três vão muito além disso, o que torna a história sobre sobrevivência ser também uma história sobre a luta da sobrevivência do próximo. 

Algo bem bacana aqui é que o livro, mesmo com capítulos alternados entre os principais, também passeia entre outros personagens que muitas vezes só tem uma única aparição, e isso já foi a forma que o autor usou de mostrar essa sociedade pelos olhos dos adultos que trabalham para ela, por exemplo. Achei isso sensacional! Foi o tipo de prova de que as histórias tem o ponto de vista e nos transmite a sensação que o autor quer transmitir. A partir do momento em que você conhece outros lados dela, a coisa ganha uma dimensão absurda. 


O crescimento dos três, principalmente de Lev, é algo delicioso de se acompanhar. O menino começa como um dízimo inocente e se torna quase um mártir entre os fragmentados e futuros fragmentados. O garoto saiu de ser a criatura mais chata do livro para se tornar meu personagem predileto, e isso em poucas folhas. E em nada pareceu forçado por parte do autor. Lev teve motivos para esse crescimento, e isso está explícito durante a jornada dele. 

O livro consegue trabalhar com os temas adolescentes sem fugir da seriedade do que a sociedade está fazendo com eles. Levanta questões religiosas, sociológicas e médicas acerca desse procedimento. Se a fragmentação serve para salvar muitas vidas, é viável que se perca uma no processo? Não é uma morte -na concepção deles - então é uma mudança de nível? Quem morre numa fragmentação, tem a alma repartida também?

Essas questões permeiam a história a todo momento, nos mostrando, inclusive, que os músculos tem memórias e transmite isso para a pessoa que recebe as partes fragmentadas. É uma das descobertas mais interessantes durante a leitura porque isso é repassado brilhantemente através de um determinado personagem que de início não sabemos se é vilão ou mocinho. 

Fragmentados conclui nesse volume. Conclui brilhantemente nesse volume. O final que o autor deu aos três personagens foi digno da minha admiração. Não foi um mar de rosas, e terminou longe de um possível fim para o lance da fragmentação, mas terminou com uma sensação de esperança bem vinda na cabeça desses meninos sem expectativa alguma além de viver o dia seguinte. Foi brilhante por não alisar um problema, e nos motivar a pensar sobre ele. 

Não me pareceu uma série, o que é fantástico! Se o autor continuar a escrever sobre esse mundo vai acabar estragando muitas das mensagens que ele deixou. Para mim estava perfeito. O final tanto dos três garotos, como do tal personagem misterioso que aparece no meio da história, são dignos de cada um. 

É uma ficção, e uma ficção que deve ser encarada como um livro jovem que levanta perspectivas morais interessantes para os jovens. Lembrou-me bastante o filme "Não me abandone jamais", só que com uma pitada maior de esperança. A cena da fragmentação da história é sufocante! 

Recomendo de verdade. Sou suspeita, eu sei, mas sou uma suspeita que sempre vai te mostrar um lado admirável de cada distopia que lê. 

Resenha de "Jonathan Strange & Mr. Norrell" (Susanna Clarke)

Título: Jonathan Strage & Mr. Norrell
Autor: Susanna Clarke
Editora: Seguinte
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Sinopse: Jonathan Strange & Mr. Norrell - A prática da magia foi considerada extinta da Inglaterra desde os tempos medievais do Rei Corvo. Em 1806, aqueles que se intitulam magos são apenas estudiosos da história da magia. Mas, um dia, dois desses magos teóricos resolvem investigar os motivos do desaparecimento da magia. E assim conhecem Mr. Norrell, um mago recluso que desafia a todos ao mostrar seus poderes. Para provar que a magia ainda existe, Mr. Norrell reúne os magos teóricos na catedral de York e faz com que as estátuas de pedra comecem a falar. Em troca de seu ato, exige a imediata dissolução da Sociedade de Magos. Agora com fama e poder, ele abandona a reclusão e vai para Londres, onde colabora com o governo no combate a Napoleão Bonaparte. Começa então a colocar em prática seu plano secreto de controlar a magia na Inglaterra. Tudo vai bem, até o momento em que seu discípulo, o arrogante e impetuoso Jonathan Strange, resolve se rebelar contra a visão restrita de Norrell sobre o lugar destinado à magia. Strange decide seguir seu próprio rumo como mago e resgatar os poderes do lendário Rei Corvo, mas acaba colocando em risco a si próprio, aos que o cercam e à toda a Inglaterra.

Uma coisa é certa... Susanna Clarke não só é uma excelente escritora de fantasia-  algo difícil na modernidade - como também uma fantástica historiadora! O livro, que parece nos assustar de início pelo tamanho, fica parecendo um conto depois que você pega embalo nele, como a maioria dos livros de fantasia bem escritos. A ambientação é tão importante quando a velocidade da narrativa, e a autora não deixa a peteca cair em nenhuma das muitas páginas. 

Confesso que o começo é meio confuso e cansativo. Conhecemos uma Inglaterra onde existe a magia, mas uma magia bem mais catedrática do que de fato prática. Algo do tipo... existe um grupo de magos, mas nenhum deles pratica de fato magia. Irônico, né? 

Isso até surgir o incrível e soturno Mr. Norrell, um homenzinho já de idade, notável pela quantidade de conhecimento que acumulou na vida, e que possui o talento de praticar magia, por causa dos estudos na área. Depois dele nada mais será como antes no país. 

O livro é dividido em três partes. Três importantíssimas partes! A primeira é inteira de Mr. Norrell, mas isso não significa que outros personagens relevantes na história não irão aparecer. Essa primeira parte é cansativa porque o ritmo que a autora deu, segue o ritmo de cada personagem. Norrell é lento, portanto o ritmo é lento. 

A segunda parte é do vivaz Jonathan Strange, de longe meu personagem amorzinho do livro. O que existe de mago estudioso e esforçado em Norrell, existe de talento natural em Strange. Isso significa que um precisa se esforçar bastante para obter a magia, e para o outro ela vem normalmente. O primeiro é o tipo de homem que pensa bastante antes de agir, e o segundo age bastante antes de pensar, causando alguns problemas interessantes. É como se fossem o Yin e Yang. Gostei muito dessas diferenças complementares que a autora colocou em ambos. 

A terceira parte é narrada por um personagem que já aparece na primeira parte, e que não vou falar de quem se trata porque o legal é descobrir durante a leitura. Mas confesso que foi um baque para mim a relevância dele na história! Quando ele apareceu de início eu percebi que existia algo muito importante no cara, o difícil foi conseguir saber o que era, e quando a gente descobre... Ai ai, autora, você me conquistou eternamente ao trabalhar com importância personagens que seriam rejeitados sociais na época em questão. (Aplausos para você!). 

Ler esse livro é uma aventura a parte. Nada do que eu disser vai fazê-los entender o quão gostosa foi essa leitura. Não é o que chamamos de High Fantasy, como o caso de Tolkien. Aqui é o tipo de fantasia urbana onde a magia e a história se mesclam. Preciso dizer que aparecem figuras realmente histórias no livro, e elas se unem legal na trama sem ficar forçado. 

Não é um livro que se explique, é um livro para se viver! 
Gostando ou não de fantasia, duvido que a leitura dele deixe de ser um marco da sua vida como leitor. Não se assustem com o tamanho, acredite que as páginas passam voando e quando acaba você fica implorando por mais. 

Se você, como eu, anda desacreditado das fantasias modernas, apostem em Jonathan Strange e Mr. Norrell, e entenda o motivo do título levar o nome completo de um, e só o sobrenome do outro. E porque o tal personagem misterioso da terceira parte, não leva o nome na capa. 

Ai, gente, vão logo ler esse trem!




Resenha de "As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica" (Gustav Schwab)

Título: As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica
Autor: Gustav Schwab
Editora: Paz e Terra (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Uma obra que oferece ao leitor, em três volumes, uma ampla coletânea dos mitos gregos e romanos em versão romanceada.
“Hoje, As mais belas histórias da Antiguidade Clássica permanece como leitura valiosa não apenas para adolescentes, mas também para adultos. Útil para quem procura um primeiro contato com os mitos da Antiguidade clássica (sem a aridez habitual aos manuais de mitologia), as narrativas são também lidas com grande prazer e curiosidade pelos já iniciados, pois é antes de tudo obra de valor literário intrínseco, além de qualquer função didática que possa ter.” - Paula da Cunha Corrêa.
No primeiro volume estão reunidos “Metamorfoses e mitos menores”, a começar pelo mito de Prometeu, o mito hesiódico das gerações humanas e os relativos às origens das tribos gregas. Além destes, as histórias dos argonautas, de Héracles e os heraclidas, Teseu, Édipo e a guerra de Tebas.

Apesar de amar a ideia de mitologia, não morro de amores pela mitologia grega e romana como gosto da egípcia, por exemplo. Provavelmente porque cresci vendo Hércules na Tv. Sério, aquele seriado me traumatizou profundamente. Mas quando a oportunidade de ler "As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica" apareceu, eu me interessei. E não pelo título principal, mas pelo que está de ladinho ali na capa: Metamorfoses e mitos menores. Gosto da ideia de ler mais sobre aqueles personagens que são levemente citados em livros, filmes e séries sobre a mitologia greco-romana. 

Acabei achando a leitura uma delícia! 
Ele não é grande, e ainda se fosse seria interessante ler. Os contos são bem explicados e de foma curta. De fato conhecemos aqueles caras que servem de coadjuvantes das histórias principais. Aqui eles ganham a importância que merecem, o que é ótimo! 

Adoro essa coisa de na mitologia os personagens pagarem com seus eternidades ou sangue por erros humanos ou erros de deuses. Soa muito sadomasoquista falando assim? Acredite, não é! Apenas uma constatação de como a humanidade usava dos receios das pessoas para criar histórias que poderiam assustá-las e impedi-las de cometer crimes morais e pouco aceitáveis. Lembra-me muito a forma de fazer as crianças aprenderem, com as fábulas. Tem o mesmo nível de crueldade que as pessoas lapidaram com o tempo, e deixam mensagens dubiamente inteligentes. 

Tem histórias memoráveis dentro desse livro! Como disse, gosto dos mitos menores. Sem contar que ele também fala sobre os Argonautas, que tenho uma verdadeira adoração! Até o nome é sonoro e forte... A-R-G-O-N-A-U-T-A-S. (Suspiros)

Muitos dos livros sobre mitologia costumam ser enfadonhos - acredite, tenho um desses aqui. Na maioria das vezes por tratar o assunto de maneira didática demais. São histórias, ora bolas! Tem que existir um pouco de poesia para falar do Velocino de Ouro, coisa que o autor faz com bastante dignidade. A história flui aqui dentro! Mesmo que você não seja um estudioso no assunto, vai gostar da forma como ele usa para narrar cada mito. Pessoalmente gostei muito. 

Se você gosta de mitologia, recomendo ao extremo a leitura. Se não morre de amores, é bem capaz de mudar de ideia após esse livro, e se não mudar, definitivamente não é para você. Mas, vão por mim, o negócio aqui é gostoso demais de ler!