Os nacionais lidos no primeiro trimestre do ano

Hello, people!

Estava olhando minha lista de livros lidos até final de março e me peguei pensando como dificilmente eu falo desses livros por aqui, ou sequer escrevo resenhas. Acredite, tenho muita dificuldade de falar de nacionais porque a maioria deles eu desgosto e não quero prejudicar os autores com notas baixas, por isso simplesmente marco que li e sigo em frente.

Contudo achei que hoje eu podia fazer diferente. Vir contar um pouco para vocês sobre alguns que li esse começo de ano e o que achei deles (bem por alto, ok?).

Então vamos lá!

Sinopse: Até onde você iria por um sonho de princesa?Inglaterra, novembro de 2017
Sophia é uma jovem inglesa do interior que decide colocar seus sonhos na mochila e embarcar para Londres com uma missão: Fazer o príncipe Harry se apaixonar por ela e largar a tal atriz americana que quer roubar seus sonhos, afinal, Sophia tinha certeza, desde criança, que ela e Harry foram feitos um para o outro!
Sem grana, mas com muitos planos na cabeça e sabendo que o tempo está correndo contra ela, Sophia encontra em seu caminho o fotógrafo Henry Cavendish, que apesar de achá-la maluca, decide dar-lhe um teto e um emprego, sem saber que estará se enroscando cada vez mais nos planos mirabolantes de Sophia para entrar na família real.
Divertido, romântico e sexy “Um sonho de princesa” é o mais novo chick lit da autora de Uma noiva de natal e Um noivado nada discreto, que traz de volta uma protagonista adoravelmente insana e um mocinho maravilhoso tentando resistir a toda essa loucura.
Comecei o ano lendo Um sonho de princesa, porque queria um chick lit e me pareceu adequado ao momento em que me encontrava. Acabou não sendo tão legal para mim como imaginei. A personagem fazia coisas que ia além do normal, ao ponto e hospício, e no momento seguinte parecia ultra equilibrada. Se ela tivesse se mantido do início ao fim louca, ou equilibrada, eu acho que teria gostado mais.


Sinopse: Mia tinha apenas 17 anos quando foi obrigada a casar com Lukas Constantini para que ele pudesse receber uma herança. Seria um casamento de fachada com duração de cinco anos. Dois atores atuando em seus respectivos papéis, apenas duas assinaturas em um contrato.O que pode acontecer quando sentimentos não programados se tornam grandes demais para serem controlados?
“Eu havia entrado em seu escritório pensando que sabia onde estava me metendo. Não estava aceitando um pedido de casamento, estava selando um contrato. Então ele me deu aquele maldito anel. E sorriu lindamente pra mim, fazendo meu pequeno mundo de certezas e aceitação virar uma bagunça.”
Desse eu gostei um pouco mais. É um romance, com uma pegada mais séria e um desenvolvimento do relacionamento bemmm lento, mas isso foi um ponto positivo para o livro porque gosto dessa coisa mais lenta. Foi um livro ok. Nem grandioso, nem fraco.


Sinopse: Até onde o amor nos faz ser cúmplices das coisas mais terríveis?Vista de fora, a vida de Ana e Gael parecia muito próxima da ideal: a casa perfeita, em frente à praia, planejada com esmero por ele; os dias sossegados de uma família um tanto introspectiva, mas íntima.
A antiga atração irresistível que sentiam um pelo outro havia se transformado em algo muito diferente. Tão imprevisíveis quanto os humores do mar, as circunstâncias haviam exigido deles a maior das intimidades. Juntos, compartilhavam um grande segredo. Toda essa suposta tranquilidade foi imediatamente abalada com a chegada de misteriosos vizinhos.
Desde que Ana avistara aquela mulher desconhecida aos prantos na praia, o castelo de areia que havia construído para si começou a desmoronar. O mar revolto e impetuoso de que tinha tanto medo desde criança agora lhe cobrava que verdades assustadoras fossem reveladas. Não havia mais como fugir.
Esse eu achei excelente!
Postei uma avaliação dele no Instagram falando o quanto amei essa história. Essa é a minha cara. Um drama forte e bem trabalhado na lentidão de desenvolvimento de trama e personagens. Muitos leitores da Juliananão gostam tanto dessa história porque o foco dela não é o romance, pessoalmente eu amei muito.

Sinopse: Camila Coutinho é um fenômeno. Criadora de um dos blogs de moda mais influentes do mundo, o Garotas Estúpidas, hoje ela tem milhões de seguidores nas redes sociais, parcerias com grandes marcas globais, uma gama de produtos licenciados, é capa de revistas e presença garantida na primeira fila das mais importantes semanas de moda.Designer de moda por formação e empreendedora por destino, Camila teve a ideia de criar o blog durante uma madrugada insone para trocar informações com as amigas numa época em que o conteúdo criativo na internet ainda engatinhava. Dez anos depois, ela compartilha em Estúpida, eu? o que fez para transformar - com muita inteligência e jogo de cintura - o que era apenas um hobby em um grande negócio, além de compartilhar suas ideias sobre o que podemos esperar do futuro da moda em um mundo cada vez mais conectado.
Um livro fino que demorei horrores para acabar de ler. E não por ser não ficção, mas demorei muito a entrar no embalo da autora. Tive dificuldade de me conectar com o tema de moda, que é uma coisa que pessoalmente não curto, mas ela teve insights interessantes sobre ser blogueira e como chegou até onde está.

Sinopse: A cidade no interior de Minas Gerais para onde Vanessa se mudou é o tipo de lugar onde anunciam os horários do cinema e os obituários com o mesmo carro de som. Nada de muito interessante acontece por lá, a não ser para Binho, que, segundo ele mesmo, tem várias namoradas e conhece um monte de cantores sertanejos famosos.
A verdade é que Binho é um mentiroso contumaz e agora passou dos limites: inventou que tem uma capivara de estimação. Cansados das histórias cada vez mais mirabolantes do garoto, Vanessa se junta aos amigos ― Léo, Nick e Zé Luís ― para desmascará-lo. E eles estão decididos a ir até as últimas consequências.
Narrado durante as doze horas de uma noite regada a álcool, salgadinhos, segredos e romances mal resolvidos, Enfim, capivaras explora, através de diferentes pontos de vista, os relacionamentos entre um grupo de adolescentes em busca de uma capivara ― ou muito mais do que isso.
Pessoalmente não gostei muito desse livro. Também falei sobre ele no Instagram em uma resenha de Minuto. Ele tem uma construção interessante, mas um final muito ruim. Te leva para um climax inexistente e isso me deixou muito injuriada. Não curti.


Sinopse: Sarah é uma garota inteligente que nunca se envolveu com ninguém.Antes de ir para a faculdade, ela fez um acordo com seu melhor amigo Leo: se em um ano nada mudasse, eles perderiam a virgindade um com o outro quando ela voltasse para casa.
Com a aproximação das férias, Sarah percebe que Leo está muito ansioso esperando sua volta, a fazendo desconfiar que o amigo pode ter mais sentimentos por ela do que seria permitido. Com medo de estragar a amizade, Sarah decide perder a virgindade antes de reencontrar Leo.
O estudante de astronomia Nathan Cole é rico, bonito e de uma família importante. Porém, é um total mistério porque ele nunca se envolve com ninguém. Até Sarah James entrar em seu caminho, lhe pedindo que tire sua virgindade.
E para a surpresa de Sarah, Nathan não só aceita, como lhe propõe que fiquem juntos por dois meses em um acordo de sexo sem compromisso.
Porém, a vida é feita de infinitas possibilidades, mesmo quando o acordo é nunca se apaixonar.

Vocês vão perguntar se sou embaixadora de Juliana Dantas (rsrs). Leio bastante os livros dela sempre que posso. Acho que seja a autora nacional que mais li até hoje. No caso de Infinitas Possibilidades a gente tem uma história delicinha para passar o tempo.  Não é incrível, mas passa longe de ser um livro ruim. Indico esse.


A Sala das Borboletas e como os segredos de família podem ser bizarros

Título: A Sala das Borboletas
Autor: Lucinda Riley
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Posy Montague está prestes a completar 70 anos. Ela ainda vive na Admiral House, a mansão da família onde passou uma infância idílica caçando borboletas com o pai e onde criou os próprios filhos. Porém, a casa está caindo aos pedaços e Posy sabe que chegou a hora de vendê-la.Em meio a essa angustiante decisão, ela precisa lidar com os dois filhos, tão diferentes entre si. Sam é um fracasso nos negócios e, a cada empresa falida, se torna um homem mais amargo. Já Nick, o mais novo, retorna de repente à Inglaterra depois de dez anos morando na Austrália, fugido de uma decepção amorosa.
Para completar, Posy reencontra Freddie, seu primeiro amor, que agora deseja explicar por que a abandonou cinquenta anos atrás. Ela reluta em acreditar nessa súbita afeição, percebendo que ele tem um segredo devastador para revelar.
Mesclando narrativas do presente e do passado, A sala das borboletas mais uma vez mostra a habilidade de Lucinda para criar uma saga familiar inesquecível.

Esse não é o primeiro livro da Lucinda que leio. Provavelmente o décimo ou algo acima disso. Ela é uma das autoras que mais li histórias, e sou muito grata a isso. Costumo dizer que Lucinda é a autora que SEMPRE me tira das ressacas literárias. A danada tem além do dom de contar histórias, de te deixar preso nela até que o livro acabe. 

A Sala das Borboletas tem um certo diferencial, em se tratando dos livros de Lucinda. Apesar de ter visivelmente uma mescla do passado e presente, que é uma característica da autora, nesse livro o passado fica um tanto apagado em comparação ao presente, e acho que seja porque aqui temos muitas visões do presente, o que para mim não conseguiu estragar a história. Chegou um ponto em que o passado deixou de ser importante para mim e deu vez totalmente ao presente. 

No núcleo do presente a gente tem além de Posy, uma senhora para lá de maravilhosa, os filhos dela, Sam e Nick. Sam é péssimo marido, péssimo pai, péssimo negociante e acha que é o bam bam bam. Adoro como Posy encarna a mãe verossímil e tem momentos de achar que aquele não pode ser o seu filho de verdade, como também tem momentos mais duros em que ela entende como é Sam e que tem coisas que fogem da sua ossada resolver. 

Já Nick é um brilhante negociante de arte que aparece na história conhecendo uma grande mulher, e com uma outra voltando do passado para assombrá-lo. Confesso que gostaria de ter visto mais de Nick. É um personagem brilhante com uma história ótima que meio que se perde no meio das outras. Não é exatamente uma reclamação, mas achei importante mencionar. 

Daí também temos pontos de vista da namorada nova de Nick, da namorada antiga, da esposa de Sam e até de um escritor que está hospedado na cidade para concluir um trabalho. Além do primeiro grande amor de Posy. 

Como sempre, temos um clima maravilhoso em uma casa que deixa qualquer leitor ávido por conhecer (Lucinda tem muitas casas dessas), além de um cenário de babar. Até procurei a cidade no mapa para ver como de fato é (Agradecendo ao Google por isso). 

Dificilmente eu erro lendo Lucinda. Acho que até hoje apenas um dos livros dela eu li e não gostei muito, que foi Os Segredos de Helena. Todos os demais foram maravilhosos e estão mais do que aprovados para indicação para quem curte romance. E se esse for o seu caso, arrisque-se em ler! Eu sei que os livros são grandes e as vezes dá uma certa preguiça de começar, mas depois de dez páginas vocês vão ver que vai ser difícil parar de ler.