Não há segunda chance e como Harlan Coben pode ser previsível

 

Título: Não há segunda chance
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro (Cedido em parceria)
Saiba mais: Amazon

Sinopse: O que você seria capaz de fazer para salvar um filho?

Após ser gravemente ferido numa invasão à sua casa, o Dr. Marc Seidman desperta de um coma de quase duas semanas e descobre que sua vida foi destruída. A esposa foi assassinada. A filha, Tara, de 6 meses, desapareceu.

Depois de tanto tempo, parece impossível descobrir onde a bebê está, mas de repente Marc tem um alento ao receber um pedido de resgate. Só que o bilhete faz uma clara advertência: se ele falar com a polícia, nunca mais verá a filha. Não haverá segunda chance.

Sem ter a quem recorrer, Marc fica dividido entre a agonia e a esperança. E quando os investigadores passam a considerá-lo o principal suspeito dos crimes, ele precisa se lançar numa busca desesperada pela verdade não apenas para recuperar Tara, mas também para salvar a própria vida.

Com personagens envolventes e reviravoltas inimagináveis, Não há segunda chance é um livro de tirar o fôlego, no qual o suspense se sustenta até a última página.


 Esse deve ser o segundo ou terceiro livro do autor que leio esse ano, e é incrível como esses três tem uma estrutura semelhante. Tipo, semelhante de maneira desagradável. 

Tudo bem que já sei que Harlan tem uma receita de bolo quando se trata de construção narrativa, mas ainda assim eu sou cadelinha e acabo me impressionando com suas histórias. Mas não foi o que aconteceu com esse aqui. Acho que contando com ele, esse é o segundo livro do autor que me deixou meio bléh!

Nem acho que tenha sido um problema da história, mas talvez eu esteja cansada da formula, que ficou muito mais evidente nesses três últimos. Um pai tentando salvar um filho e sendo o principal suspeito? Era tão clichê para mim, dentro do universo de Coben, que eu cheguei a bocejar, algo difícil em se tratando dos livros dele. 

Sei que Não há segunda chance não foi um lançamento. É um livro antigo que a editora relançou na nova concepção de capa dos livros do autor. Então não posso afirmar se Coben melhorou com o tempo (eu acho que sim), porque de fato não sei como foi a ordem de publicação de seus livros. Tenho um xodó enorme pela série do Bolitar. Nos livros individuais sou muito fã de Cilada, mas nada além desses me pegou de jeito. Tiveram uns três que achei que engrenariam, mas não foram. 

Não recomendo começar a ler o autor por este livro. Ou sim, talvez o problema tenha sido justamente porque eu já conheço a linha dos livros do cara de cabo a rabo e achei cansativo. Mas se querem uma recomendação para começar com pé direito, vai de Myron Bolitar. Não tem como errar. 

Passou longe de ser meu livro predileto. Simpatizei com Marc, o protagonista, e com alguns coadjuvantes que iam aparecendo no caminho, mas li até o fim na força do ódio, porque não tinha qualquer interesse de saber como findaria a história, outra coisa muito rara em se tratando de livros de Coben. 

Enfim, esse eu deixo pela conta e risco de vocês.