"Gloriosamente elaborado"
Sinopse:
Scott Westerfeld, autor da série Feios, reinventa aqui a Primeira Guerra Mundial em uma narrativa steampunk. Em lados opostos, mekanistas lutam com aparatos mecânicos movidos à vapor e darwinistas usam imensos animais geneticamente modificados, e adaptados para a batalha. Alek Ferdinand, príncipe do império austro-húngaro, está sem saída. Perdeu seu título e o apoio do povo, restando apenas um imenso ciclope Stormwalker e um grupo leal de homens. Por outro lado, Deryn Sharp é uma jovem plebeia que se disfarça de homem para ingressar na Força Aérea Britânica. Os caminhos dela e de Alek se cruzarão de maneira inesperada, levando-os a bordo do Leviatã para uma viagem que mudará suas vidas. (SKOOB)
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O
fôlego antes do mergulho.
Não
existe definição melhor para esse livro do Scott Westerfeld. E já vou dizendo,
se você vier esperando a filosofia que conhecia desse autor ao ler Feios, pode ir tirando o cavalo da
chuva. Feios necessitava de uma
filosofia por se tratar de uma distopia. Leviatã é um livro SteamPunk, e faz
jus ao nome. Vocês verão muita pancadaria envolta numa direção de arte
visualmente imposta pelas ilustrações de Keith Thompson; a propósito:
Perfeitas!
O
que acontece então: Muita gente não vai gostar desse livro. Fato!
Ele
tem um início difícil, mega arrastado e muitas vezes você sente que não esta
lendo nada que seja da sua língua. Temos aqui alguns termos novos, por se
tratar de coisas novas: Mekanistas e Darwinistas. Já dá para ter uma noção do
que se trata, né?
Nesse
quesito, ponto para Westerfeld!
Ele
criou a ideia de máquinas incríveis! E melhor que isso, seres biologicamente
criados, que são tão incríveis quanto. Sério, isso, acredito que todo mundo que
se der ao luxo de ler, vai concordar comigo.
O
livro gira em torno de dois personagens: Deryn, uma menina que não quer ser
menina porque quer ser aeronauta. Destemida e com um vocabulário que adotei
para mim, a garota é um garoto muito legal! Ela é risada em muitas cenas e um
vago pensamento do que seríamos capazes para seguir um sonho. Amei essa
personagem! Ela, juntamente com Suzannah (A mediadora) São minhas duas
protagonistas femininas prediletas. Queria qualquer menino ter a coragem que
essa garota tem.
O
carinha é o Alek. Esse é um mekanista bem almofadinhas e que tem um crescimento
muito bacana durante o livro. Ele passa por uma tragédia logo no inicio,
forçando-o a sair do seu país. Também me cativou bastante! Seja por falar
várias línguas, ou por ser um ótimo estrategista. O garoto é sensivelmente uma
fortaleza.
E
o Leviatã?
É
um monstrinho (Como diz Deryn) enorme que mais parece uma baleia gigante e que
voa facilmente pelo céu movido a hidrogênio.
Pois
é. Não é fácil explicar. Esse livro é cheio de termos técnicos para várias
coisas. Até porque, o autor criou uma teoria dentro de teorias existentes que necessitavam
de termos e nomes próprios.
Junte
isso tudo a um cenário em pleno início de primeira guerra mundial. E você terá
um ótimo divertimento enquanto leitura, e quem sabe, um ótimo filme!
Por
ter um começo lento, e termos que fazem nos perder na história, esse livro não
ganhou todas as minhas estrelas, e exatamente por isso, ele vai ser renegado
por muita gente. Mas eu confesso que já estou nervosa pela continuação. Como
disse no início da resenha, ele é um fôlego antes do mergulho. Se Leviatã nos
mostra o cenário do mundo no desenvolver da história; os próximos mostrarão a
guerra em si.
As
guerras contam muito sobre quem somos. E o livro do Scott, como uma perfeita ideia
SteamPunk, traz algo novo (Seres novos e maquinas novas) em uma ideia velha. (A
primeira guerra).
Também
já vou avisando que se você for ler esperando um romance, pode fechar o livro. Mas
nem tudo esta perdido, por isso estou tão ansiosa pela continuação da série.
Se
você leu a resenha e ainda assim esta com vontade de ler o livro, então leia!
Eu o achei incrível!
Quotes:
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Alguns dias, disse o sujeito – uma centena de horas a mais naquele céu
perfeito. Deryn bateu continência novamente, tentando esconder o sorriso.
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Não ,senhor. Não é problema nenhum. [página; 70]
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Também não existem muitas lutas de espada na guerra! Não ultimamente [página:
78]
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A sobrevivência do mais cruel era um traço que os cientistas não conseguiam
erradicar das criações. [página: 97]