O Café da Praia e porque preciso conhecer a Inglaterra

Título: O Café da Praia
Autor: Lucy Diamond
Editora: Arqueiro (Cedido em parceria) 
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Sinopse: Em uma praia paradisíaca, Evie Flynn tem a chance de começar do zero…Evie sempre foi a ovelha negra da família: sonhadora e impulsiva, o oposto das irmãs mais velhas bem-sucedidas. Tentou fazer carreira como atriz, fotógrafa e cantora, mas nada deu muito certo. Às vezes, ao pular de um trabalho para outro, ela tem a sensação de que lhe falta um propósito.
Quando sua tia preferida morre em um acidente de carro, Evie recebe uma herança inesperada, um café na beira da praia na Cornualha. Empolgada com a oportunidade de mudar de vida, ela decide se mudar para lá, mas logo descobre que nem tudo são flores: os funcionários não são dos melhores e o local está caindo aos pedaços. Tudo bem diferente dos tempos em que passava as férias de verão com a tia.
Apesar das dificuldades, pela primeira vez Evie está determinada a ter sucesso. Ao lutar pelo café, ela busca secretamente dar um novo rumo à sua vida e, assim, pode acabar conquistando bem mais do que esperava no trabalho... e também no amor.

 Pense em um livro que tinha tudo para ter sido incrível, e não foi só por conta das últimas 30 páginas. Isso me deixou mega triste, porque estava amando de coração essa história. Ela é leve, despreocupada e carrega até um pouco do cheirinho do mar frio da Inglaterra, mas o final dela deixa bastante a desejar. 

Comecei Café da Praia em uma noite, perto da hora de dormir. No outro dia antes do meio dia tinha acabado, e isso sem comprometer meu sono da noite. O que quero dizer com isso? Simplesmente que a escrita da autora é fluida nessa história ao ponto da gente não querer parar, na intenção de saber como essa história vai se desenrolar. 

Sabemos que a protagonista tem problemas substanciais para resolver. Afinal de contas, tem um emprego, um namorado com quem mora junto, uma família meio maluca e toda uma vida orquestrada em Londres. Isso até que aparece o Café, a herança de sua tia predileta, a tirando dos eixos e da cidade grande, fazendo com que tenha que ir para a Cornualha tomar conta do patrimônio.  

A vida de Evie vira de pernas para ar, mas provavelmente era isso o que ela estava precisando para sacudir a vida pacata demais. Começou a perceber que o relacionamento em que vivia não era tão bom, que detestava o emprego e a intromissão da família em tudo o que fazia. Então escapar para a Cornualha e trabalhar por lá passou a ser sua salvação. 

Olha, vou dizer, o outro livro dessa autora que li eu não curti tanto. Achei ele um tanto parado, apesar da estrutura de enredo semelhante a esse. Talvez tenha sido uma questão de identificação com a personagem e a ideia de ganhar de herança um café na praia para administrar. Quero para ontem! 

O ritmo do livro é maravilhoso, os personagens (Evie e todos os coadjuvantes) são ótimos e sim, temos um romance, ainda que ele não seja de fato o foco aqui. Como todos os livros de Romance de Hoje, o importante é a reconstrução dessas mulheres que estão passando por momentos difíceis, e Evie se saiu muito bem nisso. Ela cresceu muito na história, e já era uma personagem grandiosa. 

Se tivesse que tecer uma crítica seria ao fim. Sabe quando você sente que o autor apressou o final de uma história? Pois é, foi exatamente o que houve aqui. O motivo ainda é um mistério para mim, mas eu senti essa presa para desenvolver o final de Evie. Acho que merecia mais e que precisava de mais algumas páginas ali. Talvez fosse um livro que funcionasse melhor com o ritmo de cinema, ou eu que me apeguei tanto a história que não queria dizer adeus a ela. 

Enfim, é um livro delicinha. Poderia ser melhor? Sim! Poderia ter sido incrível, mas ele funciona ao propósito dele.