Clube dos Sobreviventes voltando com tudo

Título: Uma paixão e nada mais
Autor: Mary Balogh
Editora: Arqueiro (Cedido em parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Ao voltar para casa depois das Guerras Napoleônicas, Flavian, o visconde de Ponsonby, ficou arrasado ao ser abandonado pela noiva.
Agora a mulher que partiu seu coração está de volta, e todos estão ansiosos para que eles reatem o noivado. Exceto Flavian, que, em pânico, corre para os braços de uma jovem sensível e encantadora.
Apesar de ter sido casada por quase cinco anos, a viúva Agnes Keeping nunca se apaixonou, nem quer se apaixonar. Aos 26 anos, ela prefere manter o controle de suas emoções e de sua vida. Porém, ao conhecer o carismático Flavian, fica tão arrebatada que acaba aceitando seu impetuoso pedido de casamento.
Quando descobre que Flavian pediu sua mão apenas para se vingar da antiga paixão, Agnes decide fugir. Mas Flavian não tem a menor intenção de deixar a esposa partir, principalmente após descobrir que, para sua própria surpresa, está completamente apaixonado por ela.

A minha paixão com essa série começou com um grande sentimento de pertencimento. A tristeza e o drama nela me fizeram sentir ligada de um jeito absurda as histórias dos personagens do clube. Sem contar que tenho um tombo enorme por grupos. Vocês bem sabem. 

O primeiro livro eu amei loucamente. Se tornou meu romance de época predileto. Já o segundo eu não curti, e o terceiro ficou entre uma coisa e outra. Então quando vim para o quarto, vim sem expectativa alguma, o que talvez tenha sido a salvação dele para mim. 

Flavian é o sobrevivente que ficou gago. Mas, sinceramente? Não é nada que eu ache que atrapalha o personagem de maneira irritante. Só uma gagueira em poucos momentos, o que seria aceitável até para quem não sofre disso. 

Ele está longe de casa e longe da família, visitando Vince, um dos integrantes do grupo que acabou de virar pai. Todos eles estão na residência dele, para passarem as costumeiras semanas comuns ao sobreviventes no ano. É lá que ele reencontra Agnes, alguém que ele conheceu algum tempo atrás, em um baile dado pelo amigo. 

Ela, uma viúva com seu passado também pesado, vive com a irmã nas redondezas da casa de Vince. A irmã é professora de música dele, e Agnes é melhor amiga da esposa. Então está sempre por perto, o que fica difícil controlar quando ela começa a se sentir atraída por Flavian, e ele por ela. 

Aparentemente é mais um dos romances de época da Mary. E, tudo bem, de fato é, mas tem um tempero a mais que me fez curtir bastante. Ainda não superou o primeiro, mas chegou bem perto dele. Aquele sentimento de tristeza e pesar estava muito presente em todas as páginas, o que me ligou bastante a Flavian. Ele tem os problemas físicos oriundos da guerra, mas também traumas do passado por causa dela. Deixou duas rupturas dentro do homem que me fez querer colocar embaixo dos braços e cuidar com total amor. 

O desenvolvimento do livro segue esse rio depressivo, o que condiz com todos os protagonistas da série dos sobreviventes - inclusive seus parceiros. Não tem como ter um clima de alegria eterna quando carregam tantas coisas pesadas, e isso ficou bem visível nessa história. Ela te diz exatamente isso... olha, você vai ter momentos bons, mas quando deitar de noite aquela dorzinha vai estar lá, incomodando seus sentidos. 

Resumindo, eu AMEI esse livro! Ele me fisgou muito mais do que os dois últimos, motivos pelo qual agradeço imensamente. Gosto demais da ideia dessa série para ela se perder para mim.