Resenha de "Beemote: A Revolução" (Scott Westerfeld)

Título: Beemote: A Revolução
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Record (Compra)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Beemote: A Revolução - Scott Westerfeld, autor da série Feios, reinventa aqui a Primeira Guerra Mundial em uma narrativa steampunk. Em lados opostos, mekanistas lutam com aparatos mecânicos movidos à vapor e darwinistas usam imensos animais geneticamente modificados, e adaptados para a batalha. Beemote é um kraken, a besta mais feroz da Marinha britânica. Os darwinistas precisam dele mais do que nunca, agora que estão em guerra declarada com os mekanistas. Alek e Deryn estão juntos a bordo do Leviatã, e esperam conseguir parar a guerra. Mas, quando sua missão de paz falha, percebem que estão sós em território inimigo... e que estão sendo perseguidos!


Se vocês quiserem saber a premissa base dessa série incrível, dá uma olhadinha na resenha de Leviatã, o primeiro da trilogia. Uma coisa é certa, se você, como eu, tem fascínio por Steampunk, vai adorar o que o autor faz aqui. 

Leviatã tem uma das personagens femininas que mais adoro na vida, a Deryn. Uma garota que se veste de menino para poder trabalhar como aeronauta em um dos monstros dos darwinistas em plena primeira guerra mundial. Ela é uma das melhores pilotos que já tiveram, e faz mais do que qualquer homem dessa maldita guerra poderia fazer. 

Já Alek, o mekanista dessa história, é bem almofadinhas, mas tem sangue real, e sabe usar o sangue real a favor dos menos favorecidos. Podemos dizer que ele não é o tipo de realeza que senta e espera as coisas acontecerem. 

Ambos se conheceram por conta do início da guerra, no livro anterior. Aparentemente estavam em lados contrários dela, mas acabaram se unindo por um bem maior. Tornam-se amigos, porque Alek jura que Deryn é um garoto, e  lutam juntos. É meio como se um completasse o outro. O que seria um absurdo em tese por um ser darwinista e o outro mekanista (veja a explicação na resenha anterior)

Beemote consegue ser mais frenético do que Leviatã, e olhe que isso é um feito e tanto! O cenário principal passa a ser a Turquia, e meus olhos se encheram de amor por visualizar uma Turquia meio mekanista, meio darwinista em pleno período de guerra. 

Cheia de ilustrações no livro inteiro, Beemote ganhou meu coração. Acho que o fato de ter desenhos ajuda a visualizar o complexo mundo adaptado que o autor criou. As máquinas mescladas com animais são incríveis! Se isso fosse um filme bem feito, certamente ganharia um prêmio de direção de arte, de tão fabulosa que é a visão do ilustrador e do autor para tudo. 

Eu gostei mais do segundo volume do que do primeiro, e acredito que tenha sido porque não parei para respirar um minuto sequer desde que comecei a ler. Não dá para parar! Quando você acha que os coitados vão descansar, eis que aparece um outro problema mais na frente. Como diria Deryn quando quer fazer uma exclamação de surpresa, "- Aranhas berrantes!". 

Eu sempre indico essa série quando me perguntam por livros do gênero. Já li alguns, mas a grande maioria usa o lado mais romântico da situação, o que não acontece nessa série. Ela tem todos os elementos que adoro, envolta num universo um pouco mais juvenil porque os dois protagonistas são adolescentes, mas com um fundo pesado por causa da primeira guerra. É uma aula de história com elementos ficcionais. 

Quero saber como essa história vai findar, e por isso já tratei de conseguir o Golias, o último volume, para ler. Em breve farei um vídeo falando sobre essa série inteira. Segurem as pontas e tratem de ler Leviatã. Eu sei que ele pode ser um pouco caro - ou muito - mas eventualmente as livraria colocam num preço que cabe no bolso. Fiquem de olho porque vale a pena cada página.