Resenha de "Destino Mortal" (Suzanne Brockmann)

Título: Destino Mortal
Autor: Suzanne Brockmann
Editora: Valentina (Cedida em Parceria)
Adicionar: Skoob

Sinopse: Expulso de um grupo de elite de forma desonrosa, o ex-Navy SEAL Shane Laughlin está com seus últimos 10 dólares no bolso quando, finalmente, consegue um emprego para participar de um programa de testes no Instituto Obermeyer (IO), uma fundação de pesquisas e desenvolvimento desconhecida do grande público e que trabalha com atividades secretas. Logo, Shane descobre que existem certos indivíduos que têm a habilidade única de conseguir acesso a regiões inexploradas do cérebro, com resultados extraordinários, incluindo telecinesia, força sobre-humana e reversão do processo de envelhecimento. Conhecidos como Maiorais, essas raras figuras são criadas ou recrutadas pelo IO, onde, rigorosamente treinadas com o auxílio de técnicas ancestrais, conseguem cultivar seus poderes e usá-los de forma responsável.
No entanto, nas profundezas da segunda Grande Depressão dos Estados Unidos, onde o abismo social entre os que têm muito e os que não têm nada ameaça a ordem de forma definitiva, ricaços imprudentes descobriram uma alternativa sedutora na forma de um novo produto: Destiny. Trata-se de uma droga de fabricação quase artesanal, capaz de transformar qualquer pessoa num Maioral, além de oferecer a atração especial de garantir a juventude eterna para o usuário.
O cartel sinistro conhecido como a Organização começou a produzir Destiny em larga escala, e a demanda pela droga se tornou epidêmica. Poucos, porém, sabem do verdadeiro perigo da nova droga, e são ainda em menor número os que detêm o segredo sujo do ingrediente crucial para a fabricação da substância.
Michelle “Mac” Mackenzie é uma das poucas que conhecem toda a verdade.

 Recebi a indicação para ler esse livro através de um dos meus xodós do mundo literário, o lindo do Felipe Miranda do site Oh My Dog Estol com Bigods. Lembro que na época fiquei coçando para ler de tão boa que foi a propaganda feita por ele, que fez questão de me avisar que as folhas eram brancas e que o livro era grande. 

Ainda assim quando a Valentina abriu espaço para pedido dos parceiros foi logo esse título que lembrei. Acontece que acabei demorando horrores na leitura dele! Apesar de ter gostado do "novo" com o qual a autora trabalha, a parte clichê me deixou extremamente enjoada. Para falar a verdade essas partes clichês andam me deixando completamente nervosa com qualquer livro que eu esteja lendo. 

Nessa história existe uma droga chamada Destiny, capaz de fazer com que as pessoas criem super poderes durante o uso e que tenha uma vida mais prolongada do que as pessoas normais. Também temos pessoas que nasceram com alguns tipos de "dons", e são capazes de realizar coisas que as pessoas normais não conseguem. De acordo com a explicação da autora, é como se elas usassem uma porcentagem elevada do cérebro, coisa que as pessoas normalmente não usam. Essa capacidade faz com que elas tenham telecinese, possam entrar em sonhos, leiam mentes... Uma gama de coisas que os tornam legais, mas também visados pelo grupo que fabrica o Destiny, já que a matéria prima para a fabricação da droga vem do sangue dessas pessoas especiais. 

E então temos a organização, onde moram nossos protagonistas que são Maiorais (pessoas com poderes) responsáveis por cuidar dos drogados que Corigam (tem uma espécie de overdose da droga, ficando perigoso para todo mundo ao redor). Na organização moram Mac, Diaz e Bach, os Maiorais com maior grau de interação neural da organização. Eles são responsáveis pela maioria das ações do grupo.

Também conhecemos outros personagens, que não são protagonistas mas que tem grande relevância na história. É o caso de Shane. Elliot, Anna e Nika. Cada um aparece sem deixar o leitor intrigado, e com o tempo vai ganhando forma e força dentro da trama. Não morri de amores por nenhum deles, mas admito as importâncias na história. 

Gente, o livro faz uns levantamentos interessantes sobre o quanto do cérebro usamos e do que seríamos capazes se atingíssemos uma capacidade neural maior. Também apresenta uma ideia de trama boa e cativante, fora do padrão normal que vemos nesse estilo de livro por ai. Apesar de não se apresentar como uma distopia, ele me pareceu bastante com uma. Na verdade senti falta de uma explanação maior sobre a organização governamental dessa sociedade com Destiny. 

A parte da droga também é boa. A autora criou algo novo, mas que poderia facilmente ser interpretado como uma das drogas atuais que estamos acostumados a ver na televisão, como heroína ou crack. Foi a forma que ela usou para nos fazer entender o que possivelmente um usuário sente durante o período de uso, e também de nos mostrar que existem pessoas que conseguem atingir graus elevados de "felicidade" sem que seja necessário o uso dela. Foi como interpretei, e gosto de pensar que ela encarou o livro dessa forma, ou seria só o mais do mesmo. 

O livro me incomodou pelo tamanho, pelas folhas brancas e cansativas - passei mais de mês nele - e pela forma como a autora usa o sexo na história. Quando me deparo com livros com sexo demais fico logo irritada, principalmente quando ele é usado de uma forma superficial, e mesmo que a autora tenha dado um fundamento para ele, para mim pareceu mais uma forçada de barra para inserir sexo nesse livro. 

Mas de um modo geral é um bom livro. Uma história inovadora e diferente do que vemos por ai. Pena que é uma série, e pelo visto os outros livros são tão grandes quanto esse, que foca no sequestro de uma garotinha poderosa e que apresenta os personagens principais para que o leitor os conheça, e isso é só a ponta do iceberg dessa série. 

Enfim, para quem gosta do estilo, fica a dica!