Resenha de "Tocando as Estrelas" (Rebecca Serle)

Título: Tocando as Estrelas
Autor: Rebecca Serle
Editora: Novo Conceito (Cedido em Parceria)
Skoob: Adicionar

Sinopse: Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas da sua cidade natal por um set de filmagem no Havaí e agora está conhecendo melhor um dos homens mais sexies do planeta segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma das pontas desse triângulo cinematográfico. E Paige começa a acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte.


Não sei porque ando insistindo em solicitar livros desse tipo. Percebo que o problema está comigo em relação a eles, não neles em si. Acredito de coração que algumas pessoas vão achar essa história bem bacana, mas para mim foi uma tortura concluir essas 230 páginas. 

O livro conta a história da Paige, uma adolescente apaixonada por teatro que resolve fazer um teste para um papel importante em um filme baseado em um livro que sua melhor amiga, Cassandra, ama loucamente. E não é que a menina passa? E logo para o papel principal! 

Já por dentro das gravações conhecemos seu "par romântico" em cena, Rainer, um cara que se mostra bastante amigo dela logo a princípio e que dá um suporte importante para o começo de carreira cinematográfica da menina. De início é isso o que temos, bastidores, Rainer conhecendo Paige e vice e versa. E então Jordan aparece, e bagunça o relacionamento leve desses dois, já que o cara boa pinta e misterioso parece vir carregado de problemas que fazem Paige abominá-lo, ao mesmo tempo que suspira cada vez que chega perto do cara. 

Olha, eu até gostei do livro ser narrado focando bastante os bastidores do filme. Participei de curtas e clipes e amava o clima corrido atrás das câmeras! E eu era uma dessas atrizes que não ficavam feliz apenas em atuar, eu tinha que saber como era composto uma fotografia de cena e o que diabos fazia um platô. Eu sou apaixonada por esse meio, e rever isso em um livro foi bem legal. Pena que a autora tinha uma necessidade incrível de cortar essas partes quando estava narrando. Até entendo que a maioria dos leitores estariam preocupados com o relacionamento de Paige, não com quantos frames foi feito uma cena. Eu sou estranha mesmo, fazer o que! 

Não estou mais curtindo esses dramas sentimentais adolescentes, até porque os de Paige apareceram rápidos demais. Se apaixona rápido por um, se encanta loucamente por outro... Tudo bem que nessa idade os hormônios estão pulando, mas não vamos exagerar, né? Sem contar que até esses momentos a autora tinha mania de cortar. Acho que ela curte tanto cinema que saiu batendo claquete em cada espaço que achou necessário. Pois eu acho que ela poderia ter desenvolvido muito melhor algumas cenas, e assim os romances seriam críveis para mim, e para muita gente. 

Eu até gostei do que ela faz no final, só não gostei da justificativa que deu. Foi fraca, e o prólogo mostra o quão a explicação dela parecia rasa e sem fundamento persistente. A protagonista até parecia confiante quando tomou aquela decisão, e com esse prólogo a gente percebe que ela estava se enganando como a autora nos enganou. Foi cruel! E não que me incomode com as atitudes cruéis e infantis dos personagens de modo geral, mas no caso desse me incomodou. E muito!

Enfim, é um livro bobinho pra se passar uma tarde lendo. Tem suas coisas legais, mas de modo geral não me agradou. E saber que é uma série me faz pensar na próxima burrada que a protagonista vai fazer achando que está salvando os golfinhos da extinção. Vamos esperar para conferir.