Resenha de "O primeiro dia do resto da nossa vida" (Kate Eberlen)

Título: O primeiro dia do resto da nossa vida
Autor: Kate Eberlen
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Tess e Gus foram feitos um para o outro. Só que eles não se encontraram ainda.
E pode ser que nunca se encontrem... Tess sonha em ir para a universidade. Gus mal pode esperar para fugir do controle da família e descobrir sozinho o que realmente quer ser. Por um dia, nas férias, os caminhos desses dois jovens de 18 anos se cruzam antes que os dois retornem para casa e vejam que a vida nem sempre acontece como o planejado.
Ao longo dos dezesseis anos seguintes, traçando rumos diferentes, cada um vai descobrir os prazeres da juventude, enfrentar problemas familiares e encarar as dificuldades da vida adulta. Separados pela distância e pelo destino, tudo indica que é impossível que um dia eles se conheçam de verdade... ou será que não?
O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida narra duas trajetórias que se entrelaçam sem de fato se tocarem, fazendo o leitor se divertir, se emocionar e torcer o tempo todo por um encontro que pode nunca acontecer.

Não sei vocês, mas esse livro me lembrou bastante o Simplesmente Acontece, da Cecelia Arhn. Acho que a questão da expectativa, talvez. A gente passa o livro inteiro torcendo para aqueles personagens se encontrarem. Chega a ser frustrante quando isso acontece, por conta da demora, saca? 

Então, a gente vai conhecer a história de Tess e Gus. Duas pessoas que tem um breve encontro no começo da história, e só. Isso mesmo. A gente fica esperando um romance que na verdade não está ali nas 400 e tantas páginas do livro. Mas, quer saber? Eu acho que eu teria gostado menos do livro se esse fosse o caso. 

O que mais gostei da história, foi justamente os anos em que eles passam distantes. Quem são Tess e Gus individualmente, com seus sonhos jovens, e depois frustrados por conta dos acontecimentos da vida. Não é fácil levar um livro inteiro desse jeito, mas a autora faz isso com maestria. Acredito que muitos leitores se encontraram em ambos. Nas alegrias, nas decepções... Afinal de contas, isso é viver! 

Claro que quando a gente lê um livro espera aquele tipo de coisa que não existe na vida real. Aquele conto de fadas que vai nos deixar suspirando. Acontece que normalmente quando a gente acaba esse tipo de livro, fica muito frustrado porque nada daquilo acontece em nossa vida. Pessoalmente curto mais os livros realistas. Aqueles que me mostram que não há problema em quebrar a cara muitas vezes. Isso nos faz crescer, não é? Aconteceu com Tess e Gus. 

Olha, eu realmente gostei desse livro. Como comentei, não leia cheio de esperança de vê-los juntos, e isso não é um spoiler, ok? Só que são muitas páginas do livro, e ficar ansioso não vai te fazer aproveitar as coisas boas e pequenas que ele tem para nos mostrar nos interlúdios desse romance. é um livro sobre a rotina de viver, mesmo que ela pareca chata. Pessoalmente não vejo nada de chato nisso. 

Um romance bem escrito, com uma ideia não tanto original, mas altamente funcional nas mãos dessa autora. Indico de verdade.