E o Oscar vai para... (Parte 3)

Finalizando meu ranking de premiações, vamos à parte final. A mais difícil e a mais esperada.

Melhor roteiro original
ü  O artista
ü  Missão madrinha de casamento
ü  Meia noite em Paris
ü  A separação
ü  Margin Call – O dia antes do fim
Acredito de todo coração que o prêmio dessa noite vai para Meia noite em Paris. O roteiro do filme de Woody Allen é realmente coisa de outro mundo. Apesar de eu não ter morrido de amores pelo filme num todo, me apaixonei pelo roteiro. Uma história linda e surpreendente. Beirando a ficção, com diálogos inesquecíveis. Ótimo mesmo.

Melhor roteiro adaptado
ü  Os descendentes
ü  A invenção de Hugo Cabret
ü  O homem que mudou o jogo
ü  Tudo pelo poder
ü  O espião que sabia demais
Eu estou em dúvida cruel nesse quesito. Não é segredo para ninguém o quanto adorei os Descendentes, e até agora, no meu ranking, ele não levou prêmio nenhum. E se vier a ganhar, acredito que seja aqui. Mas o roteiro de O homem que mudou o jogo ficou ótimo também, e é outro filme que não levou mais nenhum prêmio. Então... Putz! Fico com os descendentes se o George Clooney não ganhar de melhor ator, se ele ganhar, fico com O homem que mudou o  jogo.

Melhor atriz coadjuvante
ü  Berenice Bejo (O artista)
ü  Jessica Chastain (Historias cruzadas)
ü  Janet McTeer (Albert Nobbs)
ü  Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)
ü  Melissa McCarthy (Missao madrinha de casamento)
Acredito que Octavia Spencer leva esse prêmio, apesar de ter amado a atuação de Jessica Chastain e de Janet McTeer. O papel de Octavia é convincente e brilhante. Então meu voto vai para ela.

Melhor ator coadjuvante
ü  Kenneth Branagh (Sete dias com Marilyn)
ü  Jonah Hill (O homem que mudou o jogo)
ü  Christopher Plummer (Toda forma de amor)
ü  Nick Nolte (O guerreiro)
ü  Max Von Sydow (Tão forte e tão perto)
Queria que o Max Von ganhasse esse prêmio porque seria o único de Tão forte e tão perto, e eu simplesmente adorei esse filme. Sem contar que a atuação dele é linda e singela. Mas... Como tem tantos atores maravilhosos no ranking, devo dizer que acredito no Christopher Plummer como vencedor nessa categoria. O papel que ele faz é forte e muito belo nesse filme.

Melhor atriz
ü  Glenn Close (Albert Nobbs)
ü  Viola Davis (Historias Cruzadas)
ü  Rooney Mara (Millenium – Os homens que não amavam as mulheres)
ü  Meryl Streep (A dama de ferro)
ü  Michelle Williams (Sete dias com Marilyn)
Ok. Devo dizer que mesmo que muita gente não tenha gostado, eu amei a atuação de Glenn Close. O que parece um papel seco, na verdade é o personagem que pede isso. Eu não diria que era ela se não tivesse visto o trailer antes de assistir. Está um homem de modos ingleses perfeito. Eu amei. A Rooney Mara é uma danada. A menina se transformou nesse filme e fez um papel glorioso. Mas o prêmio vai ficar entre Viola Davis pela atuação triste e dramática em Histórias Cruzadas e Meryl Streep pela digníssima e gloriosa atuação em A dama de ferro. Acredito que Meryl leva. Ela esta fantástica nesse filme.

Melhor ator
ü  George Clooney (Os descendentes)
ü  Brad Pitt (O homem que mudou o jogo)
ü  Jean Dujardin (O artista)
ü  Gary Oldman (O espião que sabia demais)
ü  Demian Bichir (A better life)
Aqui devo dizer que queria muito que George Clooney levasse esse prêmio. Eu simplesmente chorava vendo as caras e bocas dele nesse filme. Gente é a melhor atuação dele. Está simplesmente divino e me recuso a achar que a academia vai deixar essa passar. Mas, há grandes chances de Jean Dujardin levar o prêmio, na verdade chances enormes. E não posso dizer que será injustiça porque não vai ser. O homem leva um filme mudo inteiro com feições maravilhosas. Se já difícil fazer um filme com falas, imagine passar emoção em um que não tenha fala alguma. Seria merecido também.

Melhor diretor
ü  Woody Allen (Meia noite em Paris)
ü  Michel  Hazanavicius (O artista)
ü  Alexander Payne (Os descendentes)
ü  Martin Scorsese (A invenção de Hugo Cabret)
ü  Terrence Malick (A árvore da vida)
Como esse prêmio é muito movido a quem leva o melhor filme, então acredito que Michel Hazanavicius leve. O trabalho dele está maravilhoso em O artista. Apesar, e como sempre vou ser do contra, de ter achado muito sensível a direção de Alexander Payne por Os descendentes.

Melhor filme
Ø  O Artista
Ø  Cavalo de guerra
Ø  Os descendentes
Ø  Tão forte e tão perto
Ø  Meia noite em Paris
Ø  A árvore da vida
Ø  Histórias cruzadas
Ø  A invenção de Hugo Cabret
Ø  O homem que mudou o jogo

O negócio esse ano está muito difícil. Fato!
O artista é sobre a mudança do cinema mudo para o cinema falado. E detalhe: O filme é mudo além de ser preto e branco. Isso mesmo gente, igual aos filmes de antigamente. Os atores são fantásticos e o roteiro é excelente. A fotografia e direção de arte não pecam em nada. O filme é belo e sensível com toques de humor muito inteligentes. E não é entediante hora nenhuma. Resumindo... É fantástico!
Os descendentes é sobre como a vida da gente pode dar reviravoltas. O protagonista tem sua esposa em coma, devido um acidente, e fica com a guarda das filhas (super problemáticas) e tem que lidar com a venda de um terreno que é herança familiar, com os problemas de ser pai sozinho e com um possível adultério por parte da mulher dele. George Clooney esta excelente no papel. A direção é muito sensível e capta coisas bobas tornando elas enormes. O roteiro é delicioso e o visual é paradisíaco. Eu me apaixonei pelo filme.
Tão forte e tão perto A narrativa de Tão Forte e Tão Perto gira em torno do excepcional Oskar Schell, que aos 9 anos já é inventor amador, admirador da cultura francesa e pacifista. Depois de encontrar uma misteriosa chave que pertencia a seu pai, morto nos atentados de 11 de setembro, o garoto embarca em uma incrível jornada – uma busca frenética por um segredo cruzando as cinco regiões de Nova York. Ao percorrer a cidade, ele encontra pessoas de todos os tipos, todos sobreviventes em seus próprios caminhos. Esse é meu tipo de filme. Ele tem um trabalho excelente de atores, o menino que faz o Oscar esta perfeito. A sensibilidade de algumas passagens de cena é coisa de doido, bem parecidas com os de Hugo Cabret. O roteiro é lindo, o lance do pandeiro para dissipar o nervosismo foi um toque maravilhoso. Pra mim, o melhor filme desse ano.
Meia noite em Paris conta a história de um escritor que esta noivo e que é apaixonado pela cultura e os antigos artistas de Paris. Durante uma viagem com a família a cidade luz ele descobre que em uma esquina específica da cidade, em um horário certo ele pode voltar ao tempo e conhecer os escritores e artistas que ele admira vivendo na época a qual ele é fascinado. O filme parece ser bobo, e em muitos momentos ele me incomodou, mas confesso que num todo é encantador. O roteiro é muito bom mesmo e a arte do filme, o conjunto de figurino, cenário e fotografia é lindo demais. Os diálogos são típicos dos filmes de Woody Allen e a carga dos personagens é uma delícia. Mas não gostei muito do final.
Histórias Cruzadas ambientado no Mississipi da década de 60, conta a história de uma garota que provoca muita confusão na cidade quando resolve escrever sobre as mulheres negras que sempre cuidaram das famílias do sul juntando entrevistas delas na intenção de publicar em um livro. O filme tem um roteiro muito bom, bastante elaborado com tempos de silêncio perfeitos e com diálogos sem igual. As atuações do elenco negro são excelentes. Mas entre muitos pesos concorrendo nessa categoria, no meu ver, não levaria o prêmio maior não.
A invenção de Hugo Cabret conta a história de um garoto que ficou órfão e que mora no relógio da estação de trem de Londres. O pai antes de morrer deixou um mistério a ser desvendado, e ele sente que desvendá-lo é o único modo de manter o pai sempre por perto. Eu nem tenho palavras para descrever esse filme. Ele é sensacionalmente belo. Ele tem um visual esplêndido e uma fotografia de matar qualquer fotografo de inveja. O elenco infantil é inédito na minha visão, e por isso perfeito para este filme. O roteiro é bonito e tem cenas que você sente que esta realmente dentro da tela e não quer sair mais nunca. Sem contar a trilha sonora muito linda e a sensibilidade de direção em momentos marcantes. E como total fã de livros e filmes infantis, eu adorei este filme.
O homem que mudou o jogo fala sobre como o gerente do time de baseball Oakland Athletics desenvolve um sofisticado programa de estatísticas para o clube, que fez com que ficasse entre as principais equipes de esporte nos anos 80. Não sou muito chegada a filmes de esportes, mas tenho que dar o braço a torcer por muitos deles, esse é um. Especialmente pela atuação madura de Brad Pitt e pelo roteiro bem amarradinho. Não é um filme que venceria facilmente essa competição, mas a academia não deixaria de colocá-lo.

Finalmente:
Para vocês verem como a academia é doida com suas escolhas, o filme que eu mais gostei foi aquele que quase não teve indicações. Amei Tão forte e tão perto, mas como sei que ele não tem chances vamos aos outros.
Eu queria muito ver Os descendentes como vencedor. Pelo conjunto de atuações maravilhosas, pelo roteiro simples e forte e pela sensível direção. Mas acredito que quem levará o prêmio seja o aclamado O artista, o que também vai ser muito justo. O filme é totalmente novo apesar da temática antiga. Ele é até uma sátira para os filmes em 3D que vemos ultimamente e que deixamos de lado muitas vezes o que foi tradição. A mensagem do filme junto com o visual e a idéia provavelmente dará a estatueta para esse maravilhoso espetáculo cinematográfico.


Essa semana volto para comparações do meus prêmios com os que ganhou. 
Estarei assistindo o Oscar a noite. Até mais então!!