Resenha de "Um Milhão de Sóis" (Beth Revis)



"E conseguiu ser melhor do que o primeiro"

Sinopse: Descubra os segredos que Godspeed esconde nessa eletrizante sequência de Através do Universo. Já se passaram três meses desde que Amy foi desconectada. A vida como ela conhecia chegou ao fim. E para onde quer que ela olhe, enxerga apenas as paredes da nave espacial Godspeed. Mas ainda pode haver esperança. Elder assumiu a liderança da nave e ¬finalmente se vê livre para agir de acordo com seus desejos: sem mais Phydus, sem mais mentiras. Quando Elder descobre os terríveis segredos da nave, ele e Amy correm em busca da verdade por trás da vida em Godspeed. Eles precisam se unir para desvendar um grande mistério, posto em ação centenas de anos antes. Seu sucesso ou fracasso determinará o destino dos 2.298 passageiros. Porém, a cada passo, a jornada se torna ainda mais perigosa, a nave, cada vez mais caótica, e o amor entre eles, mais impossível de se concretizar. 

Esperei por esse livro bem menos do que achei que iria esperar. O lançamento dele foi rápido e altamente doloroso para mim porque é uma série viciante e eu estava sem dinheiro para comprar. Mas Deus é bom, e um mês depois colocou meu aniversário para que eu o adquirisse, e eu o fiz. 

Um Milhão de Sóis continua contando a história de Amy, uma garota que foi congelada junto à sua família que é responsável por deixar habitável um novo planeta que foi descoberto recentemente. A ideia era eles ficarem dormindo até chegarem ao destino, mas acontece que em Através do Universo, alguém acorda essa garota, que se vê só, em uma nave espacial repleta de pessoas que ela não entende, e correndo riscos que entende tão pouco. 

Em Um Milhão de Sóis nossa garota ainda esta tentando se adaptar a esse novo lugar, mas continua sem sucesso, e pior do que isso, com medo da forma como as pessoas olham para ela e a tratam. Elder continua lindo e um tanto perturbador, visto que ele substitui o Eldest e o trabalho da nave recai inteiro sobre ele. Com apenas dezesseis anos, o garoto tem que tomar conta de todas as pessoas da nave e tentar descobrir mais sobre as notícias bombásticas que ele fica sabendo no final do livro anterior. 

Esse livro é daquele tipo onde o Caos impera absoluto, e por conta de alguns acontecimentos, eu acabo o encaixando na categoria de distopia. Ele tem MUITO do que os livros distópicos tem, com a diferença de ser bem longe da Terra. 

Como o livro do meio, achei que ele fosse ser fraco, mas me enganei completamente. 
Vocês sabem o quanto sou viciada no primeiro volume dessa série, e tive muito medo de me decepcionar, mas não aconteceu. 


A autora tem uma certa mágica em criar situações que envolvem outras anteriores e nos deixar presos pelas que ainda acontecerão. Como os capítulos são alternados entre Amy e Elder, ela consegue manipular o leitor de uma capítulo à outro numa facilidade incrível. 

Os acontecimentos desse livro são bem mais fortes na parte social da convivência, e quase não se vê o romance no meio, mas isso nem me incomodou. Acho que esse livro tem como forte justamente essa nave, as pessoas que vivem dentro dela e todo o espaço à volta de Godspeed. Ou melhor dizendo, todo o mistério do espaço ao redor dessa nave. 

Sim, nesse livro vemos algo além dessa nave, e pode acreditar, é de deixar os cabelos em pé. 


Elder com toda a sua função de comandante geral e todos os seus problemas. Amy tentando achar as pistas que foram deixadas para ela na intenção de descobrir o grande segredo que envolve Godspeed. Ambos  estão super sufocados e encrencados por suas atividades. E é onde os personagens começam a me agradar. 

Até então eu via Amy e Elder de forma bem superficial, mas esse livro encheu meus olhos para a perseverança da garota e para a liderança de Elder. 

Como o livro anterior, o vilão desse livro é bem real, e foi um grande mistério até perto do final do livro. Adoro o fechamento que Beth deu aos dois livros dessa série. O outro termina de forma acolhedora, esse de forma libertadora, como será que irá terminar o terceiro?

Gosto muito dessa série, muito mesmo, e indico!