Resenha de Liberta-me (Tahereh Mafi)

"Como não amar?"

Sinopse: Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante. (SKOOB)




Gosto demasiadamente dessa série! Gosto tanto que sempre termino os livros estilhaçada. 
Demorei para pegar esse volume. Tenho o primeiro na estante e estava tentando comprar o livro físico do segundo, mas depois de tanto tempo esperando acabei lendo a versão digital mesmo. Mas logicamente que ele virá para a minha estante assim que conseguir uma graninha sobrando. 

Lembrando que como esse é o livro do meio da série, não vou poder falar muita coisa dele além de minha opinião sobre algumas coisas que gostei e que não gostei. 

Bom, nossa protagonista confusa, forte e maravilhosa continua na mesma. Sem saber quem é nem a que lugar pertence no mundo. Isso no primeiro livro era bacana, mas nesse achei um pouco repetitivo. Juliette tem um poder muito além do que ela pode entender, mas acredito que isso seja somente porque ela não aceita isso. Quando a gente aceita um problema se torna muito mais fácil conviver com ele. Então o livro quase inteiro ela esta nessa de mimimi de não sei quem sou e o que quero e eu sou mal e blá blá blá! Mas do mesmo modo que a autora me chateou no desenvolvimento de Juliette, ela me encantou nas demais partes. 

Aqui temos um livro do meio e distópico, então rola algumas explicações acerca do todo e de cada um deles em específico. Entendemos um pouco sobre as "habilidades" de Juliette e dos demais na resistência, o que sempre me lembra a escola de meninos especiais do professor Xavier. rsrs

É uma distopia onde a autora foca no depois e não no antes, em como tudo começou e tal. Não me incomodei com isso, pelo contrário, acho legal ela escolher uma linha de escrita e se manter firme nela. 

Os personagens novos que aparecem são ótimos! E aqueles pouco citados no primeiro volume são melhores ainda! Me encantei pelo pai de Warner e pelas figuras decididas da resistência!

E vamos aos nosso dois meninos lindos?
 Adam esta passando por um momento bom complicado, numa luta contra um sistema e numa luta contra ele mesmo. Gostei da "habilidade" que a autora criou para o cara! Acho que ficou com um jeitinho de drama bem pessoal para Adam e para Juliette. Na verdade me senti imensamente feliz porque nunca achei que eles fossem o casal perfeito. Já Warner... Ai ai, o que dizer desse cara? 
Depois de Destrua-me meu amor por Warner dobrou e depois de Liberta-me ele simplesmente é maior do que imaginei que pudesse ser. Ele continua sendo um vilão, mas é um vilão com fundamento e que entende quem é e a que mundo pertence. Com esse livro fiquei bastante pensativa sobre o motivo ao qual se acha que o governo existente no livro é todo ruim. Acredito que muitas coisas que eles fazem sejam para evitar futuros problemas e as pessoas vejam isso como algo que os machuca e os prende. Como não é um livro que fala sobre o passado da distopia, então não se entende bem o presente dela e talvez o leitor suponha demais. E acho que a autora vai nos dar um tapa no terceiro livro. 

Observando Warner não consigo ver uma maldade forçada, e por isso todo esse meu discurso sobre o mundo distópico que eles vivem. Acho que Warner é mau quando precisa ser mau, e super acho isso digno! O amor dele por Juliette talvez o ensine algumas coisas boas e o faça ensinar Juliette a encarar a maldade dela como uma benção em alguns momentos e não como uma punição. E a melhor parte foi a explicação do motivo que Warner pode tocar Juliette. *Só amores!
Talvez eu não saiba explicar direito o meu pensamento sobre isso, e talvez eu esteja enganada nas minhas suposições, mas vou esperar a autora lançar o próximo volume, o qual já estou roendo os dedos. 

Tahereh continua com uma escrita MARAVILHOSA de poética! 
São poucos os autores que vejo usar palavras tão bonitas para descrever eventos tão feios, e ela se tornou uma das minhas prediletas por conta disso. 

Amantes de distopias? Corre para ler essa série porque ela é ótima!!!

P.S. Ah, quase ia esquecendo... Esse livro tem uma das cenas mais sensuais de todos os livros que já li dentro da temática. Eu teria jogado uma bomba na autora só pela grandeza da minha felicidade por aquela cena.