Resenha de "Enders" (Lissa Price)

"De todo, não foi ruim,"

Sinopse: Depois que a Prime Destinations foi demolida, Callie pensou que teria paz para viver ao lado do ir- mão, Tyler, e do amigo, Michael. O banco de corpos foi destruído para sempre, e Callie nunca mais terá de alugar-se para os abomináveis Enders. No entanto, ela e Michael têm o chip implantado no cérebro e podem ser controlados. Além disso, o Velho ainda se comunica com Callie. O pesadelo não terminou. Agora, Callie procura uma maneira de remover o chip – isso pode custar sua vida, mas vai silenciar a voz que fala em sua mente. Se continuar sob o domínio dos Enders, Callie estará constantemente sujeita a fazer o que não quer, inclusive contra as pessoas que mais ama. Callie tem pouco tempo. Obstinada por descobrir quem é de fato o Velho e desejando, mais que tudo, uma vida normal para si e para o irmão, ela vai lutar pela verdade. Custe o que custar. 


Callie Woodland finalmente alcançou seu objetivo: destruir a Prime Destinations e como consequência game-over para o Velho, afinal nenhum Enders irá mais alugar corpos dos Starters para os seus estranhos objetivos - quem leu o primeiro livro sabe bem o que tô falando.

Enfim, enfim, Callie agora é uma garota rica, uma vez que Helena, sua última inquilina lhe deixou metade da herança e – amém – ela e seu irmão Tyler não precisarão morar na rua, eles finalmente formariam uma família feliz, juntos com o Michael, melhor amigo de Callie, mas como nem tudo são flores... ter dinheiro e uma vida confortável nunca foi sinônimo de paz e felicidade nem aqui nem na China.

A verdade é que o Velho ainda está à solta aterrorizando todos os Metais, uma vez que um Starters passou pelos procedimentos da Prime Destinations é um caminho sem volta, já que o chip instalado em suas cabeças são, digamos assim, impossíveis de serem removidos. O Velho está a caça de todos os Metais, principalmente Callie, sua principal peça nesse jogo, mas por quê…?

A questão é que, o Velho ainda consegue controlar os Metais e para piorar tudo, Callie tem que conviver com a voz do Velho em sua cabeça. De inicio isso lhe desespera e a garota não sabe como arrancar o chip de sua cabeça sem ser morta no processo, já que o chip se torna uma bomba quando se tenta remove-lo. Mas, quando Callie começa a ouvir a voz do pai dentro de sua cabeça, ela sabe que tem de lutar com unhas e dentes para a alcançar seu “novo” objetivo: acabar com o Velho de uma vez por todas!

Então, nessa brincadeira ela acaba que conhecendo Hyden, que mais tarde revela ser filho do Velho e um dos idealizadores da tecnologia dos chips. Hyden não sabia que tinha entregado uma arma ao pai quando o ajudou a criar a tecnologia e agora os dois - Callie e Hyden - precisam encontrar uma maneira de parar o Velho, já que o vilão está decidido a vender a tecnologia dos chips junto com os Metais para um grupo de terroristas. Mas nem tudo é o que parece e confiar em qualquer pessoa nunca foi algo inteligente.

Bem. Graças a Deus eu nunca tive uma grande expectativa com esse livro por que (a) as capas dessa serie sempre me seduziram e (b) acho que a editora demorou demais para publicar a continuação, fazendo com aquele gás caísse por terra.

O que eu achei do livro? Legal. Assim, Starters com toda a certeza dá um banho em Enders, por quê? Bem, a Callie meio que se tornou uma garota muito sentimentalista, ai, credo, às vezes é um porre, ela não tinha aquela atitude inicial de ir e lá e fazer, passou o livro inteiro guiada pelos pensamentos dos outros, em nenhum momento ela disse: Para tudo, agora vamos fazer do meu jeito e acabar com tudo (é isso que esperamos dos protagonistas nesse tipo de literatura, não?).  E outra, todos os nossos “amigos” eram pegos de surpresa o tempo inteiro - acho que eles foram criados para serem burros nesse livro. Passei metade do livro me perguntando quando iríamos ir para a parte que realmente importa, uma vez que, ao meu ver a autora preferiu encher linguiça antes de ir para o show bis do que fazer um livro perfeito - já que o enredo tem tudo para ser uma historia fodasticamente foda (risos).

Mas então chegamos à metade do livro - quase no fim - e descobrimos que nem tudo está perdido e que pelo menos a autora conseguiu me tirar do tédio e é ai que tenho de bater palmas e dizer: meu bem, eu bem que desconfiava, obrigado pelo presentinho, adoro mentiras!

Do todo o livro não é ruim, apenas inicialmente demorado. Oquei, oquei, agora o melhor a fazer é vocês lerem Enders e tirar suas próprias conclusões, nem tudo é cem por cento bom, nem cem por cento ruim (Matheus, pare de arrancar falas de reallity - risos).