Resenha de "A Escolha" (Kiera Cass)









Sinopse: A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois que a última página for virada.


E mais uma série que eu estou acabando aqui no Irreparável!!! #SóQueNão
Pois é, passeia na internet a notícia de que a Kiera não ficou tão satisfeita com três livros - ou os
editores descobriram que livros sobre princesas com vestidos de baile distópicas dá dinheiro - e resolveu escrever mais. Quantos? Eu não tenho a mínima ideia, e agora eu tenho medo de procurar saber, já que não senti necessidade alguma de uma continuação para essa história, mas que não costumo parar séries no meio. Estava aliviada por ter terminado mais uma? Sim. E agora? Só restou a tristeza e olhos revirando. Ou algo do tipo Adriana Esteves naquela novela que ela está meio (Totalmente) doida. 

Então, vamos dizer que aqui temos o fechamento da situação que se inicia no primeiro livro. Essa coisa do Maxon escolher uma futura rainha e esse babado todo que precisou de três livros para acontecer. Sim, nosso príncipe é bem inseguro. Até entendo a insegurança dele, mas me deu nos nervos nesse livro. 

Sinceramente? Terminei o livro anterior achando que a autora iria nos mostrar um outro lado da moeda. Mostrar um pouco os rebeldes e suas ideias, causas e tal. Já sabíamos que um certo ser de autoridade não era essas coisas de decente, então eu realmente esperei ver o que acontecia do outro lado das linhas inimigas. E a autora até dá um pouco disso, mas sabe quando você mostra um pirulito do tipo Wonka para uma criança, mas não dá? Foi exatamente isso ai! Me senti sendo sugada, e depois jogada na lixeira por um jato de água fria. 

Um problema sério que vejo em Cass escrevendo é que ela não curti, ou não quer mesmo, escrever as cenas de ação. Normalmente nós ficamos no escuro quando o assunto é esse. Acontece de America estar num armário secreto ou no meio do nada quando uma batalha está se iniciando em algum lugar distante. E a autora coloca uma visão panorâmica disso? Claro que não! Só América escondida, e toda a aflição da possível futura rainha dentro do armário secreto. Quase um Harry Potter embaixo da escada. 

Não vou dizer que não me divirto com os livros. A escrita dela é rápida, e o enredo até tinha algo de promissor. Tive um preconceito triste antes de começar a ler essa série. Big Brother e Diário de uma Princesa no meio da distopia? Não! Eu sou uma amante de sangue nos distópicos, gente. Não curto a lenga lenga do romance o tempo todo. Acho que por isso minhas distopias prediletas sejam aquelas onde o romance é sempre o pano de fundo, e como em A Seleção o pano de fundo é a distopia, isso me irritou um bocado. Mas isso não quer dizer que as pessoas não irão gostar. As eternas apaixonadas adorarão essa briga sentimental de America pelo lindo príncipe Maxon, e o amor de infância, Aspen. Aliás, Aspen até começa bem nesse livro, mas em algum momento ele desaparece da trama principal. Produção, dá para trazer Aspen de volta, please? Gosto do cara. 

Temos muitas nuances a ser exploradas nessa história, e algumas até funcionaram. Por exemplo, eu gosto do jeito atrevido e impulsivo que America faz o público ver a realidade das coisas, mas concordo com Maxon quando ele comenta que essa impulsividade dela não é legal o tempo todo, e que ser paciente também é uma característica apreciável em uma princesa. Uma vez, ok! Duas? Ah vá, América! Vai ser demente assim na China! 

Mas se me perguntarem onde fica a parte em relação aos rebeldes, eu digo que fica em algum lugar entre um vestido para um baile, e um sorriso de um príncipe. Ou seja, não aparece a não ser por um leve sopro invernal. 

Tem-se uma visão legal sobre a rainha, e uma exploração sobre a personalidade do rei. Gostei disso. E a cena mais legal para mim nesse livro, pode ter certeza de que foi a última. Essa para mim valeu todos os três livros, e foi de uma humanidade bacana. Tudo bem que Cass nessa história não é a rainha da realidade, mas ela estava escrevendo para adolescentes, e não esperava muito dela em relação a isso. Depois que acabei A Elite entendi que não adiantava criar expectativas sanguinárias nessa série. Não rola, ok?! Então se você quiser ler por conta da distopia, nem insista. Se seu lance for um romance Big Brother palacial, então leiam que vocês vão gostar. 

E agora é só esperar para ver o que a mulher vai fazer com o próximo livro. Imploro por cenas de ação, autora!