Resenha de "Todo mundo que vale a pena conhecer" (Lauren Weisberger)



"Preguiça de elaborar o final?"

Sinopse: O delicioso "O Diabo Veste Prada", com suas alfinetadas no mundinho das revistas de moda, tornou-se best seller no mundo todo. Em seu segundo romance, "Todo Mundo que Vale a Pena Conhecer", Lauren Weisberger volta com mais uma saborosa sátira, mirando o restrito universo das festas mais badaladas de Nova York. 
Bette Robinson só anda apressada pelas ruas de Manhattan, correndo pra baixo e pra cima, em seu emprego "semi-escravidão" no banco UBS. Ela já está cansada das 80 (!) horas de trabalho semanais, do cubículo claustrofóbico e das detestáveis frases-do-dia de seu igualmente detestável chefe. Aos 27 anos, a impulsiva Bette tem a certeza de que não vai sentir saudades do emprego. Ela decide se arriscar: simplesmente pede demissão, diz adeus e bye- bye.
Graças a um tio colunista social, Bette conhece a diretora da Kelly & Company, a agência de RP e Eventos mais bacana de Nova York. De uma hora para outra, ela tem um emprego novinho em folha, cuja principal exigência é ver e ser vista. As novas responsabilidades de Bette passam a ser - morra de inveja! - freqüentar as boates mais descoladas de Nova York e organizar as festas mais concorridas, de preferência as que atraiam celebridades como Jerry Seinfeld, Jay-Z e James Gandolfini.(skoob)
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Peguei esse livro na estante da faculdade com muita curiosidade. É raro encontrar livros modernos de ficção por lá, principalmente um chick-lit. Mas não é que achei uma pequena prateleira deles? Acho que vou economizar um bocado esses dias. rsr

O livro, que vamos chamar de TMQVPC, porque o nome mesmo é enorme; foi escrito pela mesma autora de O Diabo veste Prada. Não li o livro do Prada, mas vi o filme, e o adoro! Foi o único impulso para pegar um livro de uma autora que não conheço.

Bem, a vida de Bette está horrível. Ela trabalha em um emprego que odeia, não tem tempo pra quase nada, além de sair com a melhor amiga, as vezes, e reclamar do seu chefe irritante.
Então um belo dia ela chuta o pau da barraca e pede demissão. Passa por um período de calmaria: Se alimentando de comidas nada saudáveis e assistindo seriados de mulherzinha na TV. Daí seu tio, que trabalha com jornais, resolve conseguir um emprego para ela numa agência de RP. Então invés de ir pra casa todas as noites cuidar do cachorro, ela tem que ir para festas e boates e se divertir a noite inteira, tudo por conta da empresa. Poderia ter emprego melhor? 


Mas eis que nossa protagonista começa a entrar em situações meio perigosas: Como se envolver com o cara mais gato e badalado da cidade, e sair em todas as colunas de fofoca por conta disso. A chefe dela adora tanto a publicidade que resolve querer que ela continue num romance (que na verdade não existe), só para manter o público. 


Bette começa a perceber como esse mundo de glamour e de não precisar enfrentar filas para entrar nas boates, é muito esquisito. Pessoas que usam drogas para ficar em pé a noite inteira. Que transam com pessoas e no outro dia nem sabem quem elas são. Bette começa a negligenciar os amigos de verdade, porque o trabalho toma até seus natais e feriados. E é ai que ela percebe que há alguma coisa de errado no seu novo trabalho perfeito. 

Ok. O enredo tem tudo para ser um sucesso, para ser um livro de mensagens e de alguma forma, ser um livro que realmente ajudaria as pessoas a refletir sobre suas prioridades. Mas ele se mostra um livro um tanto... Decepcionante. 

Ele começa bem. Tem personagens bem trabalhos e enredos secundários bem bacanas, e altamente previsíveis; mas as coisas vão acontecendo e você fica com vontade de matar a autora. Ela correu para dar final ao livro, e portanto ele ficou muito mal explicado. 


Eu gosto da protagonista. Ela é doida, sonha acordada, tem quedas por homens gostosos (Ah, por favor, e quem não tem?) Ela participa de um clube de viciadas em livros de banca (Pra mim, isso foi a melhor coisa do livro). Enfim, Bette tem peculiaridades bem bacanas. Só me irritou quando ficou de conversa fiada pra cima do mocinho. Ora bolas, se quer vai atrás, poxa! 

O mocinho é bem fofo mesmo. Mas confesso que o livro não explica  de uma forma clara, nada sobre ele. Quando você acha que o esta conhecendo, eis que ele some na história com uma desculpa bem boba, e fica parecendo que ele é um idiota. Para mim, ele poderia ter mil trabalhos, mas sempre se pode entrar em contato por telefone, email, sinal de fumaça. Acabei não gostando dele. ¬¬

Na verdade, posso dizer que tirando o tio de Bette, Will, todos os personagens me pareceram um bando de idiotas vestidos com penas rosas e regados a êxtase e álccol. Eles são muito superficiais e ridículos. Mas vai ver era essa a intenção real da autora. 

Não gostei do romance, não gostei da forma como o livro acabou, e pior, ele não funcionou para me fazer dar uma risada sequer. 

Terminei o livro porque ele começou bem, e imaginei que a autora fosse dar uma final maravilhoso a ele. Acabou que o final foi uma merda. O livro decresce. 

Mas pelo menos você pega umas dicas de organização de eventos e de como não se comportar quando se tem amigos fúteis e idiotas. Também gosto da Bette (quando ela não esta sendo imbecil), e  do clube de romances de banca. 

Não sei se tenho coragem de ler outro livro dessa autora. 
#TraumatizeiGeral# 
Mas tentarei não julgar o resto antes de ler. Prometo. 

Ele só serve para uma leitura quando não se tem nada mais para ler. Fiquei com muita raiva porque passei três dias lendo esse livro de quase 500 folhas, e teve um final daqueles. Ah, por favor!