Trecho de Terça (Cidades de Papel)


E novamente temos Green nessa coluna, gente!
Eu sou louca pelos livros dele, apesar de ter ficado com ressaca de todos os que li. 
Trouxe um dos meus trechos prediletos do livro, e foi bem difícil de selecionar. 
Espero que vocês gostem!!



"Talvez seja mais como o que você falou antes, rachaduras em todos nós. Como se cada um tivesse começando como um navio inteiramente à prova de água. Mas as coisas vão acontecendo... As pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... E nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. Quando começa a chover em Osprey, ele nunca vai voltar a ser o que era. Mas ainda há tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através das rachaduras deles."