Resenha de "72 horas para morrer" (Ricardo Ragazzo)

"Frenético do início ao fim"


Sinopse: Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você! “O Carro pertence à sua namorada.” Com essas palavras, Júlio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, tem a vida transformada em um inferno. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Júlio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista. 72 Horas para Morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que prenderá o leitor do início ao fim.





 Vocês sabem que policial não costuma ser muito a minha praia, e que é preciso que ele seja muito bom ao ponto de me prender. Gosto da forma rápida com a qual os livros policiais costumam se comportar, e esse é um dos grandes motivos que me levam a ler os livros desse gênero. 

Não dá para explicar melhor sobre do que livro se trata além da sinopse dele. As pessoas ao redor do delegado Júlio Fontana começam a ser assassinadas de forma brutal, e pelas pistas deixadas pelo Serial Killer, o negócio é muito pessoal. É uma vingança. Acontece que Laura, a única filha do delegado, está viva, e pelo andar da carruagem, pode ser a próxima vítima. 

O livro começa bem. Ele tem um ritmo excelente para o gênero e os ganchos de um capítulo para o outro são ótimos! O livro tem uma brutalidade marcante e verdadeira. Tive que fechar em muitos momentos pelo asco que senti com algumas coisas no decorrer da história. É um livro policial forte, com um enredo característico, e que poderia até ser bobo e comum, mas que o autor conseguiu desenvolver de forma bem pessoal e bacana. 

O que me irritou extremamente foram alguns personagens, em especial, a filha do delegado, Laura. Valei-me Senhor, tive uma vontade absurda de quebrar o pescoço da garota! 
Que menina mais demente! É impulsiva, infantil e inconsequente!
Mesmo com todas essas mortes acontecendo ao redor dela, a garota ainda se metia em mais enrascadas. E sinceramente, as vezes eu achava que ela era egoísta demais até para amar e respeitar o pai, e olhe que ela tinha 18 anos, não era mais uma criança. Traumas de infância o cacete! A gente evolui com problemas, não regride. 

O próprio Júlio me deixou bem nervosa em alguns momentos. Ele tinha uma brutalidade característica para umas coisas, enquanto outras que necessitaria desse jeito forte, ele fraquejava. Isso me dava um ódio!!!

Eu já tinha decifrado metade das pistas muito antes do próprio delegado. Ele estava bastante cego para coisas que estavam tão na cara dele. E achei que ele cedeu muito fácil para situações que não tinha necessidade de se ceder nada! E mais uma vez vou culpar a Laura. 

O livro começa exclusivamente como policial, mas depois acaba virando uma coisa um pouco mais mística. Nada que tire o real intuito da história, só que achei isso meio estranho. Tanto que não consegui me envolver com o final do livro. Fiquei com uma sensação de coisa inacabada, ou melhor, mal acabada.

Mas de modo geral o livro é um ótimo passatempo! Como disse, ele é rápido e nos faz querer acabar logo para finalmente descobrir se essas horas frenéticas irão ter um final feliz. Acho que realmente o problema aqui não foi o enredo, mas o desenvolvimento dos personagens. 

Recomendo para os apaixonados por livros policiais!