Resenha de "7º céu" (James Patterson)



"E nem costumo gostar de romance policial, mas esse..."

Sinopse:
 O desaparecimento do filho do ex-governador da Califórnia comove o país. A vida de Michael Campion sempre foi assunto de interesse nacional por causa de seu grave problema cardíaco. Depois de três meses de investigação, a polícia de San Francisco descobre que o rapaz foi visto pela última vez entrando na casa de uma prostituta. Enquanto trabalha no caso de Michael Campion, a sargento Lindsay Boxer e seu colega Richard Conklin começam a investigar uma onda de incêndios criminosos em mansões da cidade. Quando Lindsay convoca o Clube das Mulheres contra o Crime para ajudá-la, é a vez de sua casa ser consumida pelo fogo. Diante de dois dos casos mais difíceis de sua carreira, Lindsay se aproxima perigosamente de Richard, colocando em risco seu namoro com Joe Molinari. Ao mesmo tempo, ela participa do julgamento que coloca uma ardilosa advogada no caminho da assistente de promotoria Yuki Castellano. (SKOOB)
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Como assim passei tanto tempo sem ler James Patterson??
Vocês bem sabem que o estilo policial de escrita entrou pouquíssimas vezes aqui no blog. Acho que no máximo umas três vezes. Acredito que eu sempre tive um preconceito enorme a qualquer coisa que envolvesse mistérios, e que não fosse assinado pela Agatha Christie. Já li muitos livros nessa categoria que não eram dela, e máximo que achei deles foi “É legalzinho”. Isso até pegar algo de Patterson pra ler.

Lógico que o cara não é melhor do que minha rainha do mistério, mas ele conseguiu me fazer roer as unhas e querer pular o livro inteiro só pra ler o último capítulo. Resisti bravamente. Mas só porque é um livro fino. Rá!

7º céu é como se fosse uma continuação de outros títulos que acompanham a vida de quatro mulheres que se unem e formam um clube. O clube das mulheres contra o crime.
Apesar das histórias serem totalmente individuais, ou seja, você pode ler tranquilo sem precisar ler o anterior; existe um vínculo que as liga. Seja uma história mal acabada em um volume anterior, ou algo que acontece na vida dessas quatro e nos perdemos no meio de informações que deveriam ser importantes; e pro leitor que está começando agora, talvez não tenha essa importância.

Uma legista, uma promotora, uma jornalista e uma policial. As quatro juntas são poderosíssimas e muito divertidas. Cada uma com sua peculiaridade e talento.
Nesse volume vemos a história pelo ponto de vista da Lindsay, a policial. Ela anda investigando sobre uma nova informação do desaparecimento do filho do ex governador, e em conjunto, uns casos sobre casas de casais ricos que andam sendo incendiadas e seus donos incinerados.

Ambas as histórias conseguem convergir e não ficarem maçantes nem mal explicadas. Pessoalmente eu preferi o caso dos incêndios. O Modus Operandi dos incêndios, dava aquele gostinho de crimes em série, e sempre achei fascinante a capacidade de inteligência desse tipo de crime. E foi dessa história que descobri que na maioria dos incêndios, as estantes de livros quase não queimam porque o material deles é denso e não tem muito oxigênio. O fogo também precisa respirar.

Ok, não sou nenhuma viciada em fogo, mas sempre o achei o elemento mais incrível de todos.
Ele dança nos nossos olhos e machuca a retina se focarmos por muito tempo. O fogo é lindíssimo.

O outro caso é bem complicado. Eu tive umas 10 teorias do que poderia ter acontecido com o garoto que sumiu, e acabou que a resposta foi a primeira coisa que eu tinha descartado.
Gosto muito de cenas de tribunais. Promotoria e Defesa com aqueles discursos superconvincentes e que se eu fosse parte do juri, teria sérios problemas em escolher se o réu era culpado ou inocente.
O autor construiu bem o enredo, só que ele acabou de um modo esquisito, como se tivesse faltando algo. Eu senti falta de um final diferente, não vou mentir.

O livro veio em um ritmo perfeito, mas não gostei mesmo do final dele. Talvez isso seja a forma escolhida pelo autor pra poder prender os leitores para o próximo livro. Mas fiquei bem chateada com aquele final.

Quanto a escrita de James, nada a declarar. Ele é ótimo escrevendo e um pesquisador excelente. Engana-se quem acha que escrever livros policiais é fácil. Tem todo um contexto real que precisa ser seguido. Ele realmente é muito bom no que faz!!!

A única coisa que eu não gostei, no final das contas, foi o final (Ta, vou parar), mas em compensação, adorei as personagens por demais.

Fiquei bem curiosa pelos outros livros do Clube das mulheres contra o crime. Já coloquei na minha lista de futuras leituras. Também não gostei muito da capa, mas sou apaixonada pelo título.

Sabe CSI? Ler esse livro é como se fosse assistir a um dos episódios do programa. Amei!!
Se você gosta de livros nessa categoria, tratem de ler, já!!