5 motivos para ler "Os números do amor"

Título: Os Números do amor
Autor: Helen Hoang
Editora: Paralela
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Sinopse: Um romance que prova que o amor muitas vezes supera a lógica.Já passou da hora de Stella se casar e constituir família — pelo menos é isso que sua mãe acha. Mas se relacionar com o sexo oposto não é nada fácil para ela: talentosa e bem-sucedida, a econometrista é portadora de Asperger, um transtorno do espectro autista caracterizado por dificuldades nas relações sociais. Se para ela a análise de dados é uma tarefa simples, lidar com os embaraços que uma interação cara a cara podem trazer parece uma missão impossível. Diante desse impasse, Stella bola um plano bem inusitado: contratar um acompanhante para ensiná-la a ser uma boa namorada.
Enfrentando uma pilha cada vez maior de contas, Michael Phan usa seu charme e sua aparência para conseguir um dinheiro extra. O acompanhante de luxo tem uma regra que segue à risca: nada de clientes reincidentes. Mas ele se rende à tentação de quebrá-la quando Stella entra em sua vida com uma proposta nada convencional.
Quanto mais tempo passam juntos, mais Michael se encanta com a mente brilhante de Stella. E ela, pela primeira vez, vai se sentir impelida a sair de sua zona de conforto para descobrir a equação do amor.

Motivo 1: A premissa. 
Stella é autista e tem muitos problemas para se relacionar. Pensando na solidão que sente, e sabendo que do jeito que ela desconhece de tudo, é bem provável que afaste mais do que conquiste homens, ela decide contratar um profissional. Um garoto de programa para ensiná-la como fazer sexo e agradar o parceiro. Premissa muito boa, não é? Promete! 

Motivo 2: Não é só um livro hot
Eis a melhor parte, não é apenas um livro hot. Desse tipo de livro com hot eu curto, porque não é um monte de cenas soltas repetindo a mesma coisa, que é o fazer sexo. Existe um contexto, e um contexto bem trabalhado. Tanto que o livro não fica cansativo, e sou muito exigente com livros com sexo incluso. Acho um saco! 

Motivo 3: Os personagens
Não poderiam ser mais diferentes. Stella é minimalista, contida, sincera demais ao ponto de não saber quando parar, e tímida. Dan não é esse bad boy de livros com garotos de programa, que exala sexualidade. Ele é lindo, mas eu tive mais vontade de ninar o garoto do que colocar na cama (no sentido sujo). Eles são muito lindos juntos, sério! A autora conseguiu fazer dois personagens que são únicos e perfeitos sozinhos, e que em conjunto formam uma unidade muito delicada e bem construída. E os empregos deles? Super diferentes! Ela é uma econometrista e ele um alfaiate (quando não come mulheres por dinheiro). 

Motivo 4: O desenvolvimento do relacionamento. 
Nada de instalove por aqui. De início tudo é só mais uma transação comercial entre ambos. E mesmo que o livro seja fino, as coisas se desenvolvem de maneira correta e singela. Você sente amor por eles quando percebe que sentem amor um pelo outro, e isso é bem difícil para ambos. Stella acha que não é capaz de manter qualquer tipo de relacionamento por causa do autismo, e Dan acha que não consegue porque ele é uma cria do pai, que foi a pior pessoa que ele conheceu. 

Motivo 5: A delicadeza da resolução dos problemas individuais de cada um
Como citei no motivo quatro, os dois personagens tem suas problemáticas isoladas e usam o relacionamento se firmando entre eles para explorar o que achavam que não fossem conseguir, e expurgar aquilo que detestam. Ainda assim, eles não mudam completamente, o que achei genial da autora porque não existe esse tipo de mudança. O que pode mudar é a maneira como você encara seus defeitos e problemas. Gênio!

É um livro maravilhoso, gente! Sério. Não morro de amores por romances água com açúcar, nem por livros hot, mas acho que a autora soube mesclar bem ambos aqui, ao ponto de criar algo que realmente vale a pena ser citado como um dos melhores livros que li no ano.