"Ghosts" e porque livros com personagens foda são tão foda

Título: Ghosts
Autor:M.S. Fayes
Editora: Independente
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Sinopse: Aos 23 anos, e depois de muitas tormentas e conflitos familiares, Ailleen Anderson tinha se tornado uma pessoa completamente diferente. Ela havia sido criada para ser uma dama da sociedade: casar com um homem rico e de futuro promissor. Mas nada a preparara para quando em uma única noite, aos 18 anos, ter seus sonhos completamente esfacelados.
Disposta a não se tornar amarga, Ailleen deu um novo rumo ao seu destino ao entrar para a Marinha Americana.
Justin “Ghost” Bradshaw era arrogante e cínico. Não acreditava na doçura da vida, pois em mais de uma década como Fuzileiro Naval, o que viu não foi nada bonito.
Aos 32 anos de idade e sendo o melhor no que fazia, Justin não esperava encontrar, em meio ao ambiente inóspito e masculino de seu trabalho, alguém que o faria enxergar a vida de forma diferente.
Em meio aos riscos impostos pela carreira militar, o amor entre eles floresce de maneira arrebatadora, mostrando que obstáculo nenhum pode se interpor ao destino. Mesmo as sombras e os fantasmas do passado.

Hoje não saberia dizer a vocês precisamente porque peguei esse livro para ler. Possivelmente porque estava fazendo algum tipo de laboratório de escrita e a sinopse de Ghosts vende o que eu precisava naquele momento. Então meti as caras para ler, e acabei algumas horas depois querendo muito mais da história. 

Eu sou o tipo de leitora que prefere ação ao romance, mas isso não significa que eu deixe o romance de lado. Na verdade gosto muito dele em livros de ação. O negócio é ter a dose certa de cada coisa, saca? Nem extrapolar ao ponto de esquecer que existe uma problemática maior do que o que um casal pode passar, e também sem esquecer que o gostar existe independente do mundo acabando ao redor. 

Ghosts começa fantasticamente bem, mostrando uma mulher na marinha americana. Ailleen está ali para fugir de um passado tenebroso, e durante uma missão acaba entrando em um baita problema, e se metendo com Justin, que é seu superior. 

Aqui preciso dizer que amei a problemática inicial de combate da menina com a mesma intensidade com a qual detestei o exagero de Justin por causa dela. Quer dizer, sei que existe todo um lance de dever e honra e nesse caso culpa, mas talvez eu acho que ali, naquele momento, ele deveria ter sido um pouco mais racional, e não foi. O cara é chefe por um motivo, afinal de contas. 

O livro segue com eles já fora da marinha, em uma licença. Dai comecei a pegar ranço com a história, porque queria de verdade que tudo se desenvolvesse dentro das forças armadas, e não é o que acontece. A maior parte do livro é fora dela, com aquele insta love que me faz revirar os olhos. Isso deveria ter sido um estimulo para me fazer desistir, mas não, porque o ritmo da autora é de fato muito bom e ela acaba te prendendo à história até o fim dela, mesmo com as cenas de sexo em demasia e as declarações rápidas demais, ao meu ver. 

A melhor cena para mim, com certeza, é a do final. Veja bem, disse lá em cima que amo ação, e AMEI ver esses personagens em ação e tudo o que precisaram fazer com isso. Amei os coadjuvantes desse processo, eu tenho uma super queda por coadjuvantes fodões e aqui eles foram bem explorados. Queria ver mais deles? Sem sombra de dúvidas, mas fico feliz com o que a autora nos apresentou. 

É um livro com mais doses de romance do que eu gostaria, mas que segura as pontas bonito do começo ao fim. Não morri de amores, mas passo longe de desgostar. É um livro com personagens maravilhosos, e que entregam uma quantidade decente de suas maravilhas na história. 

Quanto ao título... Ghost é como chamam Justin, durante o tempo em que ele está em ação, e o motivo é tão obvio que não vejo necessidade de explicar. O porquê da autora ter usado no plural, eu acredito que seja porque, no final das contas, todos eles foram muito ghosts naquela cena do fim, e precisam ser diariamente em suas vidas como oficiais. Isso é só um palpite, mas vejo muito sentido nele. 

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