Reparação é daqueles livro que quando a gente termina quer socar alguém, ou socar até o próprio mundo por não ter exatamente quem socar. E não, não é porque o livro é ruim, mas é que ele é tão absurdamente bom, que não consigo imaginar uma existência onde McEwan não tenha escrito essa obra.
Li Reparação alguns anos atrás, mas queria resenhar para o blog, portanto estou relendo. Mas uma coisa é certa... você vai amar, se deliciar, se encantar e depois querer destruir o mundo por não ser justo com a felicidade.
“Como pode uma romancista realizar uma reparação se, com seu poder absoluto de decidir como a história termina, ela é também Deus? Não há ninguém, nenhuma entidade ou ser mais elevado, a que ela possa apelar, ou com que possa reconciliar-se, ou que possa perdoá-la. Não há nada fora dela. Na sua imaginação ela determina os limites e as condições. Não há reparação possível para Deus nem para os romancistas, nem mesmo para os romancistas ateus. Desde o início a tarefa era inviável, e era justamente essa a questão. A tentativa era tudo.”