"Saudades desde já"
Sinopse: UM DIA EU POSSO ROMPER UM DIA EU POSSO R O M P E R E ME LIBERTAR NADA MAIS VAI SER IGUAL O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi a única que restou no caminho d O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira
Mais uma série fechando aqui no blog, e fico imensamente feliz que seja um final digno da série inteira, ou seja, previsível.
Tive muito medo de como a autora iria finalizar toda essa história, e posso dizer com gosto que para mim ela finalizou do jeito que eu gostaria que tivesse sido em alguns sentidos, e talvez por isso minha felicidade complacente com Incendeia-me. Penso que ela poderia ter resolvido algumas coisas que ficaram em aberto, mas eu realmente não me senti tão incomodada com o leque de possibilidades que ela deixa com esse fim. Na verdade, acredito que esse leque nos deixa com uma sensação de esperança e oportunidade, mas que por vezes é meio nauseante de tão linear.
Como é um livro de fechamento de uma série, não vou dizer o que acontece nele, mas como me senti ao ler as resoluções que a autora deu. E já vou avisando que não fiquei imensamente feliz com todas elas, mas que ela se comportou de forma digna e sensata demais com algumas pessoas dentro da história, e com outras eu quis explodir a cabeça dela. Senti a falta de um pouco de "bagaceira" aqui, mas nada que me deixasse incomodada.
Acredito que meu problema com as distopias é achar que todas elas precisam necessariamente ter uma coisa muito forte no final para funcionar comigo, e que na verdade nem é bem assim. A autora aqui criou algo com pouco movimento; nada que realmente chocasse, e que no final das contas ficou bastante crível, mesmo que rápido demais. Talvez se fosse eu teria incluído um pouco mais de morte e sangue, mas ela fez direitinho dentro da proposta dela.
Por vezes pensei que ela estivesse escrevendo para agradar um público específico. Sei lá! Achei que ela mudou um bocado a linha da história desde o primeiro livro. Como se ela fosse corajosa lá na frente para meter as caras e dar algumas ideias bacanas, e aqui ela freou o que estava disposta a fazer, porque viu que tinha um público muito específico e que esperava algo muito específico dela também.
Digo assim... Ela construiu esse final aos poucos, e isso nem se mostrou uma surpresa grande, já que ela teve calma e paciência para nos dar pistas interessantes a medida que íamos lendo. Então, eu realmente não me surpreendi com as escolhas de Juliette. Na verdade, teria odiado a garota se ela tivesse tomado rumos diferentes. Mas ainda penso que a autora poderia ter destrinchado mais essa nova personalidade da protagonista. Ela deu a entender no final de Liberta-me que Juliette viria botando pra lascar com todo mundo em Incendeia-me. E até que a proposta inicial do livro era essa, mas senti que em algum momento ela poderia ter feito mais pela menina. Que ela poderia ter mostrado essa Juliette ferrada e disposta a detonar o mundo.
Sobre a dúvida geral romântica dela, digo que eu realmente fiquei bem feliz. Tipo... Se Juliette não tivesse feito o que fez, então eu teria dado duas estrelas a esse livro. rsrsrs. Brincadeira, gente! Mas teria odiado a garota eternamente, porque vamos combinar, estava na cara que era a coisa certa - e mais gostosa - a se fazer.
Sobre os meninos, digo assim...
Adam virou um zé mané do nada. Tudo bem, ele sempre foi um zé mané, mas nesse livro ela botou pocando na personalidade do menino. Irritante e raivoso quando não se tinha necessidade, e quando realmente eu quis que ele falasse, o cara se cala e eu quero mandar ele a merda. Ah vá! Cadê o Adam que vi no primeiro livro? Cadê o cara disposto e seguro? A autora simplesmente esqueceu que ele existia na história e botou pra frente seguindo o que o público iria querer dela. Sério? Tipo, sério mesmo? #Irritada
Já Warner é sempre Warner. (*-*)
Contudo, eu não gostei do fato da autora ter justificado as "falhas" dele com coisas boas. Ela tornou bonzinho um personagem que em sua essência não deveria ser. Nunca me incomodei com o fato de Warner fazer uma maldade ou outra. Poxa, olha a vida do cara e vê que não existe como ele ser alheio a tudo. Mas daí a autora vem explicando e justificando e tornando plausível os erros dele. Caralho! O fato dele ter feito coisas erradas não quer dizer que ele não possa fazer boas a partir disso. Me sinto meio chateada com isso, poxa. É como se ela quisesse fazer o leitor se apaixonar por ele com essas explicações muito fajutas pra mim. Eu já amava Warner mesmo quando ele cometia maldades, porque no meu coração cada uma delas era justificável.
Também senti falta de um pouco de ação e tensão de batalha nesse livro. Daquela tensão pré-guerra, sabe? Cadê a distopia? Foi uma preparação muito calma e irritante. A tensão aqui é gerada pelas escolhas de Juliette, e não que eu tenha de reclamar isso, porque quando ela realmente se resolve, eu me incendiei. Até dancei aqui no quarto! Mas a sanguinária aqui sentiu falta de... pois, é, sangue! rsrsr
Achei que Incendeia-me foi um livro bem redondinho dentro da proposta dele. Como disse, fecha um ciclo e abre um leque enorme de possibilidades fortes e por vezes até temorosas. Eu gostei disso. Eu realmente gostei disso. E as últimas cenas são bem sufocantes, ainda que rápidas demais. Gostaria de tê-la visto por outros pontos de vista que não só de Juliette, mas me contentei apenas com o dela.
Já estou sentindo falta dos personagens. Na verdade, estou sentindo falta de tudo nessa história. Ela me cativou desde o primeiro livro, e vem me cativando gradativamente desde então. Continuamos com o mimimi, mas pelo menos foi o fim dele.
Se vocês não começaram a ler a série, acho que é uma boa hora para começar a ler. É uma hora perfeita para isso, na verdade. Pega logo os três e dá fim a essa agonia que durou dois anos no meu coração.