Resenha de "Métrica" (Colleen Hoover)


"Não poderia ser mais fabuloso!"


Sinopse: O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina. Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor. 





 Se eu pudesse dar mil estrelinhas a esse livro, eu daria. Ele merece todas elas e mais um pouco. 

Vocês sabem que nem sempre os livros que levam pontuação alta por aqui são romances. Na verdade, poucos romances mereceram realmente uma pontuação cinco estrelas no Irreparável. E esse foi o motivo por ter ficado tão surpresa com essa historia. E esse foi o motivo de ter ficado sem saber como escrever essa resenha. 

Layken está arrasada e revoltada. 
Seu pai acabou de morrer e ela ainda teve que sair do seu lugar de origem, do único lugar que conheceu a vida inteira. Foi morar em outra cidade porque a mãe sozinha não conseguia bancar tudo. 

E é praticamente no mesmo dia em que cai de paraquedas nessa vida nova, que ela conhece Will, o irmão mais velho de um garotinho que virou instantaneamente melhor amigo de seu irmão. 

Prestativo, o rapaz ajuda Layken de início a se adaptar ao local novo, e algo surge entre os dois. E daí algo acontece, e não posso explicar o que exatamente acontece, mas tudo muda e esses dois precisam se afastar, mesmo que não seja isso o que eles queiram. 

Eu realmente não sei como falar bem desse livro e me sentir saciada. Nada do que eu disser vai ser grande o bastante e intenso o bastante. Ele é fantástico!

Layken é uma adolescente com problemas, como deu para vocês repararem. Ela está triste e está revoltada, e a única coisa que a tira desse sofrimento que ela não consegue controlar, é Will. Falando nesse relacionamento, ele pode parecer repentino e estranho de início, mas acreditem, ele é fenomenal em cada pedacinho. 

Você não verá cenas quentes desses dois porque o amor entre eles é tão grande que a cena é algo mais entre sufocante e doce. Dá para entender? Talvez não. Nem eu mesmo entendo o que senti quando li Métrica. 

O título do livro diz respeito a um clube de Slam, que é algo que Will adora! 
Mas Carol, o que é Slam?
Um lugar com um palco, e pessoas com sentimentos demais presos ao peito. Elas sobem lá em cima e recitam coisas que escrevem e saem de lá mais leve. 
Tecnicamente é isso o que se faz num encontro de Slam, mas a autora conseguiu fazer com o que eu sentisse cada sofrimento e pedacinho de vida que corria pelo sangue daquelas pessoas corajosas lá em cima do palco. Essa é a melhor parte do livro: A poesia.

Will é viciado em poesia e isso transborda dele. 
O personagem é consistente e bem construido, aliás, tão bem construido que estou pedindo um Will para mim de presente de natal. 
Sério! Queria ter metade da coragem que esse cara teve. Apenas metade da força de vontade. Will é Will, e não se tem como bater isso. Personagem divino! Divino! Mil vezes divino!

E para aqueles que acham que o livro gira em torno de poemas e romance, podem ir tirando o cavalinho da chuva, porque ele também é doloroso. Doloroso à beça! 
Me peguei chorando em três momentos do livro, e acho que chorarei todas as vezes que for reler, porque logicamente que irei reler. 

A amiga de Layken é o que há! Sério, não lembro a última vez que me encantei tanto com uma coadjuvante. Na verdade, a cena que mais chorei no livro foi com ela. A história dela também daria um ótimo enredo! 

Ai, gente! Eu poderia passar o dia aqui escrevendo e não conseguiria fazer vocês sentirem o que senti lendo Métrica. Ele é duro e real e lindo e mágico!

O livro me tocou de uma forma que não consigo tira-lo do meu lado. Não consigo me desapegar dessa história. E não estou com presa nenhuma para isso. 

Se vocês precisam de mais um motivo para ler, pensem assim: Ele vai tirar seus pés do chão, de uma forma brusca, de uma forma pegajosa, de uma forma anormal. Mas só o fato de tirá-lo do chão, é motivo para ler. Quem não gosta de voar?