Resenha de "Sociedade Secreta: Rosa e Túmulo" (Diana Peterfreund)

"Ainda tentando me encantar"

Sinopse: Amy Haskel é editora da revista literária da faculdade e acredita que logo será convocada para a sociedade secreta Pena & Tinta. Mas tudo muda quando ela se torna uma das primeiras garotas convidadas a integrar a Rosa & Túmulo, a sociedade secreta mais poderosa - e infame - do país. Amy vê sua vida virar do avesso depois que se transforma em uma Coveira (como são chamados os integrantes da Rosa & Túmulo) - não consegue estudar, se afasta dos amigos e está prestes a perder seu quase-namorado. E é só o começo. Em nome da sociedade, Amy deverá assumir a liderança de uma grande conspiração que envolve dinheiro e poder, e que tem (grandes) chances de destruir sua vida.




Sei que vou apanhar depois dessa resenha. 


Bom, sempre ouvi maravilhas desse livro. Sempre vi resenhas perfeitas o elogiando e vídeos perfeitos falando bem dele e o colocando em várias tags do mundo literário. E até a premissa dele é muito interessante. Sempre gostei desse lance dessas sociedades secretas universitárias que alguns países tem, principalmente Os Estados Unidos. Então foi movida a isso que comecei a ler Sociedade Secreta: Rosa e Túmulo. Passei metade do livro morrendo de tédio e a outra metade morrendo de indignação. 

Amy é uma menina esforçada. Só tira notas boas e é editora de um dos jornais da universidade. Ela está na época de ser chamada por alguma sociedade secreta do Campus, e espera de coração que seja a Pena & Tinta, que é a sociedade dos literários. Qual a surpresa de Amy quando ela recebe uma carta com um símbolo bem diferente, e invés de penas e tintas, foram rosas e túmulos. Ela tinha sido convocada pela maior sociedade secreta do lugar, quiçá do mundo, para surpresa geral de Amy, que até aquele momento achava que a sociedade era apenas masculina.

Algumas superstições acerca da Rosa & Túmulo foram quebradas quando ela entrou na sociedade, e outras tantas foram adquiridas. Eles deixaram de ser os seres míticos que ela acreditava que eram, e passaram a ser encarados como pessoas normais numa sociedade de gente que tem dinheiro demais.

Amy se afastou da melhor amiga, do quase namorado e de tantas outras obrigações da universidade, como por exemplo, ler Guerra e Paz. Mas estar numa sociedade, e melhor, na maior delas, era tudo o que Amy mais queria para incrementar o seu currículo já bastante cheio.

Só que algumas coisas acontecem no meio tempo em que ela foi chamada para a Rosa & Túmulo. Isso força Amy a fazer algumas escolhas e fazer coisas que ela julgava não ser capaz. Estar numa sociedade nunca tinha sido tão difícil quanto agora. 

Olha, eu acho que meu problema com esse livro foi porque criei expectativas demais nele. 
A autora tinha um contexto incrível para criar uma história porreta de boa! Um pouco policial, e até um pouco de magia iriam dar um ar mais fantástico a história. Ela poderia se tornar até algo com teoria da conspiração, mas nada foi feito além de um bando de jovens com dinheiro demais e pouco o que fazer para gastar o tempo.

Amy é um personagem bastante superficial. As vezes acho que ela não sabe o que quer, nem quem quer. Quando entendo Amy por um tipo de perspectiva e acredito nas coisas que ela faz, daí a protagonista faz alguma coisa bem ao contrário e me deixa simplesmente sem saber o que pensar. 

A trama da história é boba. Boba demais!
Poxa, com um mundo de sociedades secretas e a autora cria um enredo babaca desses, Pfv! 
Metade do livro foi só na iniciação de Amy, e até ai tudo bem, porque achei legal vê-la sendo iniciada. Os rituais são bacanas e meio loucos. A outra metade é na problemática do livro, que começou de maneira bem legal, e achei que o negócio iria funcionar, mas daí tudo passa a resultar numa coisa sem muita grandeza, e que não faz muito o estilo Rosa & Túmulo que a autora quis transparecer.

Tirando a melhor amiga de Amy e o quase namorado dela, não consegui me apegar a ninguém na história, nem aos bonitões. Fala sério! 

Os antigos membros do clube, que deveriam ser a voz da austeridade, são um bando de velhos sem nada pra fazer e com uma tendência demasiada de denegrir a imagem dos filhos que tentaram criar, depois de muita grana e muito tempo, na frente de outro bando de babacas.

Mas vou dar o braço a torcer, a danada da autora tem um estilo que te prende até o final do livro.
Fiquei esperando que algo de interessante acontecesse. Fui nisso até o fim. Primeiro porque precisava descobrir se iria acontecer alguma coisa legal, e depois porque realmente a narrativa é bacana. 

Mas tirando alguns momentos bem questionáveis de Amy, a história em geral me agradou bem pouco. 
Não tenho pretensão de ler a continuação, mas se por acaso ela aparecer na biblioteca da universidade, eu até pego para ver se é melhor do que o primeiro volume, e espero que seja.

Dei quatro estrelas ao livro porque a premissa dele é boa, porque a metade do livro é bem interessante e porque a narrativa da autora é rápida e divertida. Mas se fosse apenas pelo enredo, acho que não teria dado mais do que dois. Mas veja bem, a ideia da sociedade é DIVINA! Só acho que a autora se perdeu no enredo dessa história em específico. 

Mas fica a dica. Ou não.