John Bennet era um garoto
muito solitário. E para diminuir sua solidão, seus pais lhe dão um ursinho de
pelúcia como presente de natal. Tanta foi a felicidade do garoto, que ele
desejou que o seu novo amigo pudesse falar também, para ter conversas de verdade
com ele. E o desejo natalino de John foi realizado.
Bem conto de fadas,
não? Mas a magia acaba por aí. Ted é um filme adulto, com cenas e linguajar
impróprios para crianças. Isso porque a trama realmente começa no futuro,
quando Bennet é um homem feito, e Ted seu parceiro de bebidas e drogas. Após
crescerem juntos, a inocência os vai abandonando, mas eles continuam amigos do
peito.
Nada abala a amizade
dos dois, que apesar de tudo, ainda mantém um tom meio infantil. Mas isso
começa a incomodar profundamente Lori, a namorada de longa data de John. Ela
tem sua intimidade com o namorado invadida pelo ursinho, que também a causa
bastante dor de cabeça com as festas e vida irresponsável que leva... E acaba
por arrastar John junto com ele.
Um ultimato da
garota vai mudar a vida dos três, e os dois amigos são forçados pelas circunstâncias
a quebrarem essa ligação infantil que os une. Ted e John, depois de velhos, precisam
amadurecer de uma vez por todas. E isso não vai ser fácil.
O filme traça
muito bem a linha entre ficção e realidade. Não tenta forçar os fatos, como se
um ursinho de pelúcia pudesse realmente tomar vida e criar uma personalidade,
sem deixar de ser, no fim das contas, um urso de pelúcia. É um filme cômico,
com uma grande lição de vida. A certeza de que todos precisamos amadurecer um
dia, e nos desapegarmos do que nos mantém presos ao passado. Porque é aí que
começa o futuro.
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Nova colunista de cinema do blog: Mallú Ferreira.
"Escritora no tempo livre e
sonhadora em tempo integral. 18 anos, faculdade de jornalismo, preferência por
terror e comédias românticas.
Mania de assistir um filme
e depois pensar em todas as lições de vida que ele traz. Fã de originalidade,
acima de tudo".